A utilização de alguns termos geralmente causa dúvidas para quem está começando no mundo dos investimentos. Esse é o caso de saber o que significa rentabilidade e qual é a sua diferença para o rendimento.
Embora os termos sejam usados como sinônimos, é essencial conhecer as distinções entre eles, além de saber quais são os tipos de rentabilidade existentes. Ao identificar claramente esses conceitos, você não se confundirá ao analisar seus investimentos.
Quer conhecer as definições de rentabilidade e rendimento de maneira aprofundada? Continue a leitura e confira mais informações sobre os termos!
O que significa rentabilidade?
A rentabilidade é um fator essencial para se considerar antes de realizar um investimento. Ela é representada por porcentagem que indica a evolução do patrimônio investido em um determinado período.
Para exemplificar, uma rentabilidade de 4% ao ano significa que o capital investido aumentou em 4% em 12 meses. Esse percentual pode ou não ser mantido no período seguinte.
No caso da renda fixa, as regras de rentabilidade são definidas desde o início do investimento — embora nem sempre seja possível entender o percentual exato antes do aporte. Já na renda variável, ela é histórica ou projetada, pois não há garantias de lucros futuros.
De modo geral, além do potencial de ganhos, há dois outros pontos para analisar: a segurança e a liquidez. A primeira está relacionada aos riscos do investimento e a segunda com a facilidade de converter o ativo em dinheiro. Juntos, esses conceitos mais a rentabilidade formam o chamado tripé de investimento.
O que é rendimento?
No contexto de investimento, é comum que o rendimento se confunda com a ideia de rentabilidade. Porém, como você viu, a rentabilidade é a taxa percentual de mudança do patrimônio em relação ao capital inicialmente investido.
Já o rendimento se relaciona ao valor de ganho ou perda do investimento — por exemplo, R$ 10 ou R$ 100. Portanto, é possível calcular a rentabilidade e o rendimento de uma mesma aplicação. Porém, o processo acontece de formas diferentes.
Para entender melhor, imagine um investimento de R$ 400,00 que resultou em R$ 440,00. Aqui, a rentabilidade foi de 10%, enquanto o rendimento foi de R$ 40,00.
Quais são os tipos de rentabilidade?
Agora que você já sabe diferenciar os termos, é importante se aprofundar nos tipos de rentabilidade existentes. Existem algumas classificações diferentes e elas são definidas conforme a aplicação de taxas, como Imposto de Renda (IR), corretagem e administração.
A seguir, entenda melhor como os principais tipos de rentabilidade funcionam!
Rentabilidade nominal
A rentabilidade nominal não inclui custos envolvidos em um investimento e, portanto, se caracteriza como o retorno bruto obtido. Por exemplo, imagine um título prefixado de renda fixa com rentabilidade de 8% ao ano.
Esse valor não considera os custos com o Imposto de Renda e os efeitos da inflação. Como ele reflete apenas o percentual geral de retorno obtido, ele é denominado como rentabilidade nominal.
Rentabilidade líquida
Já a rentabilidade líquida desconta as taxas e custos que envolvem o investimento. Para exemplificar, imagine que um investimento de R$ 2.000,00 obteve retorno nominal de 10%. Nesses R$ 200,00 de ganhos, o Imposto de Renda incidiu em 15%.
Consequentemente, o retorno não foi de R$ 200,00, mas de R$ 170,00. Dessa forma, a rentabilidade líquida foi de 8,5%.
Rentabilidade real
Outro tipo de rentabilidade é a real. Ela representa o resultado percentual do valor já com o desconto da inflação. Logo, essa categoria indica o avanço concreto do patrimônio, considerando os efeitos do avanço dos preços no capital do investidor.
Rentabilidade negativa
O próprio nome sugere o significado da rentabilidade negativa. Ela ocorre quando o montante final é menor do que o capital inicial investido. Assim, ela mostra a perda que aconteceu com a realização do aporte.
Para exemplificar, imagine um investimento que rende abaixo da inflação. Quando a rentabilidade real for calculada, o valor será negativo. Isso significa que o patrimônio não evoluiu e, na verdade, diminuiu com o tempo, indicando uma rentabilidade negativa.
A rentabilidade negativa também pode ser resultado de prejuízos no investimento. Se você investir em ações e vendê-las por um preço inferior ao pago na compra, a rentabilidade será negativa.
Como escolher os investimentos mais adequados?
Após entender a diferença entre rentabilidade e rendimento, você já pode analisar quais investimentos são mais vantajosos para sua carteira. Isso porque existem diversas oportunidades no mercado financeiro.
Para quem está começando a investir, as aplicações de renda fixa podem ser mais interessantes porque trazem mais segurança do que os ativos de renda variável. Portanto, é preciso analisar o tripé de investimentos, seu perfil de investidor e os objetivos financeiros para fazer boas escolhas.
Ainda, é preciso considerar o potencial de conquistar uma rentabilidade real, para ter um avanço no patrimônio. Como a previsibilidade é uma característica da renda fixa, veja algumas possibilidades para avaliar:
Títulos do Tesouro
Os títulos públicos negociados no Tesouro Direto servem para o Governo Federal captar recursos e são considerados os investimentos mais seguros do mercado nacional. Eles também apresentam liquidez diária, pois o Tesouro Nacional garante a recompra.
Considerando as diferenças na rentabilidade e em outras condições, há quatro tipos principais de aplicações:
● Tesouro Prefixado: a rentabilidade é fixa, podendo ser paga de maneira semestral ou ao final do investimento;
● Tesouro Selic: a rentabilidade varia com a taxa Selic;
● Tesouro IPCA+: parte da rentabilidade está associada ao Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) e a outra parte é fixa. O rendimento é pago semestralmente ou ao final do investimento, superando a inflação.
● Tesouro RendA+: apresenta rendimento híbrido, com resgates realizados em 240 parcelas mensais (20 anos).
Títulos privados
Os títulos privados podem apresentar rentabilidade maior que as aplicações públicas por terem mais riscos. Entre os tipos, há o certificado de depósito bancário (CDB) e as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), por exemplo.
Essas aplicações podem ter rentabilidade prefixada, híbrida ou pós-fixada. Nesse último caso, é comum que os ganhos sejam definidos por uma porcentagem do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), um índice que fica pouco abaixo da Selic.
Os três títulos de exemplo são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A cobertura é de R$ 250 mil por CPF e por instituição, com um teto global de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos.
Fundos de investimento
Você também pode recorrer aos fundos de investimento. Esses são veículos financeiros coletivos que permitem participar de seus resultados a partir da aquisição de cotas. Nessa modalidade, um gestor é remunerado, principalmente, pela taxa de administração e faz a escolha dos investimentos de acordo com a estratégia definida previamente.
Existem diversos tipos de fundo, tanto na renda fixa quanto na renda variável. No caso da renda fixa, você pode encontrar fundos ligados à inflação, ao desempenho do CDI e a diferentes tipos de títulos. Aqui, vale destacar que as regras de liquidez, os riscos e o potencial de retorno podem variar.
Agora você já sabe o que significa rentabilidade e sua diferença para o conceito de rendimento. Na hora de investir, é preciso considerar essas questões para analisar os resultados obtidos e embasar a sua tomada de decisão.
Gostou deste artigo? Continue aprendendo como funciona o investimento no Tesouro Direto!