Ao investir no mercado financeiro, é fundamental pensar nas metas que você tem, assim como nos prazos em que deseja realizar cada um desses planos. Dessa forma, é possível fazer aportes mais adequados e tomar decisões mais estratégicas.
Nesse sentido, se você tem objetivos a curto, médio ou longo prazo, é válido saber qual é o melhor investimento para cada horizonte de tempo. Assim, você poderá alcançar os resultados que deseja, além de diminuir riscos e evitar problemas desnecessários.
Neste conteúdo, você verá qual é o melhor investimento de curto prazo. Portanto, se você tem metas para realizar dentro de um ano, continue acompanhando a leitura!
Existe um único investimento que seja o melhor para o curto prazo?
Como investidor, é importante ter em mente que o mercado financeiro é bastante amplo. Nele, há diversas alternativas, tanto na renda fixa quanto na renda variável — sendo que cada uma delas tem características e propósitos específicos.
Por esse motivo, é difícil afirmar que exista apenas um investimento que seja melhor para o curto prazo. Até porque isso também varia conforme o perfil de investidor de cada pessoa — demonstrando até que ponto ela aceita correr riscos no mercado — e seus objetivos.
Agora, apesar de não haver o investimento “perfeito” para o curto prazo, vale saber que existem algumas alternativas que costumam ser interessantes para esse horizonte de tempo. Elas se caracterizam por características como liquidez, baixo risco ou retorno conservador.
Qual é o melhor investimento a curto prazo? Conheça 6 alternativas
Você entendeu que o melhor investimento a curto prazo é aquele que atende às suas necessidades, expectativas de ganhos e tolerância a riscos, certo? Portanto, para fazer suas escolhas, é preciso conhecer as características das alternativas.
Veja os principais investimentos para esse horizonte temporal!
1. Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título público pós-fixado emitido pelo Tesouro Nacional. Ele faz parte da renda fixa e, na prática, funciona como um empréstimo para o Governo Federal.
Quando você investe no Tesouro Selic, o seu dinheiro é emprestado para o Governo, sendo que todo dia útil ele rende a variação da Selic — a taxa básica de juros da economia nacional. Por esse motivo, ele é classificado como pós-fixado.
Se a taxa Selic sobe, a rentabilidade do Tesouro Selic segue na mesma direção. Por outro lado, se ela é reduzida, o mesmo acontece com o rendimento desse título. Esse título possui liquidez diária e sofre menos impactos da marcação a mercado. Isso significa que, em caso de resgate antes do vencimento, você corre menos riscos de perdas.
E os outros títulos do Tesouro? Eles também são interessantes para o curto prazo?
Antes de prosseguir com a lista de investimentos a curto prazo, é válido mencionar os outros títulos do Tesouro, como o Prefixado e o IPCA+. Assim como o Selic, essas aplicações têm liquidez diária.
No entanto, se você resgatá-las antes da data de vencimento, os investimentos podem ser impactados pela marcação a mercado. Então há o risco de você perder dinheiro, caso precise do capital antes do prazo.
Nesse caso, é preciso considerar se o vencimento estará adequado ao prazo do seu objetivo, já que a rentabilidade é garantida nessa data. Do contrário, os riscos ficam mais elevados — e nem sempre isso será adequado aos seus objetivos. Esse cuidado vale também para as demais oportunidades que você conhecerá neste conteúdo.
2. CDB
O CDB (certificado de depósito bancário) é outra opção de investimento para quem possui objetivos pessoais de curto prazo. Assim como o Tesouro Selic, ele faz parte da renda fixa e funciona como um empréstimo — a diferença está em quem emite e recebe o dinheiro.
No caso dos CDBs, a emissão é realizada por instituições financeiras, e o dinheiro que você investe é destinado a bancos. Por isso, esse investimento é classificado como um título privado.
Vale ressaltar que os CDBs possuem diferentes tipos de rentabilidade — pós-fixada, prefixada e híbrida. Quando um CDB tem liquidez diária, ele costuma render a variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) — um índice bem próximo da Selic.
Se a Selic está, por exemplo, em 10,75% ao ano, o CDI pode ficar em torno de 10,65% a.a., por exemplo. Geralmente, os CDBs remuneram um percentual do CDI, como 100% ou 120% do CDI.
Mas, por estar ligado à Selic, o rendimento do CDB atrelado ao CDI oscila conforme a variação dessa taxa. Por fim, quando a aplicação tem liquidez diária , ela pode ser resgatada em qualquer dia útil — mas é preciso atenção, pois nem todos oferecem essa possibilidade.
3. Fundos DI
Prosseguindo com as opções de investimento de curto prazo estão os fundos DI. Como você já sabe o que é CDI e Selic, fica mais fácil compreendê-los.
Os fundos DI são um veículo de investimento coletivo — eles não são títulos, como o Tesouro Selic e os CDBs, mas investem neles. Em razão disso, o seu funcionamento é um pouco diferente.
Na prática, um fundo DI é formado por diversos cotistas e, à frente dele, há o gestor, que estrutura o portfólio do investimento priorizando alternativas pós-fixadas ligadas ao CDI e à Selic. Ele faz isso com os recursos do investidor que compra as cotas do fundo, expondo-se aos resultados dele.
Vale saber que esse tipo de fundo de investimento tem liquidez diária. Mas é preciso ter atenção às taxas cobradas antes de investir, como a de administração.
4. Outros fundos de renda fixa
Também há outros fundos de renda fixa, que não ficam restritos apenas a investimentos ligados ao CDI ou à Selic.
Esses fundos são mais abrangentes, podendo incluir títulos públicos e privados com diferentes características. Portanto, é possível encontrar veículos que investem em títulos públicos, CDBs, letras de crédito imobiliário e do agronegócio (LCIs e LCAs), debêntures, entre outros.
Desse modo, ao comprar cotas dessa modalidade, o investidor está exposto a diferentes níveis de risco dentro da renda fixa. Porém, você deve pesquisar sobre a liquidez desse fundo para entender se ele atende ao seu objetivo de curto prazo, já que nem sempre ela é diária.
5. LCI e LCA de curto prazo
A LCI (letra de crédito imobiliário) e a LCA (letra de crédito do agronegócio) são títulos de renda fixa que possuem características semelhantes às dos CDBs. A única questão é que essas alternativas não têm liquidez diária. Então você não consegue reaver o seu dinheiro investido tão rapidamente.
Porém, se você tem uma meta para daqui a 12 meses, por exemplo, e tem certeza de que não precisará do dinheiro antes desse período, pode considerar uma LCI ou uma LCA de curto prazo. O principal atrativo dessas aplicações em relação às anteriores é que elas são isentas de Imposto de Renda para pessoa física.
Como visto, é difícil afirmar qual é o melhor investimento a curto prazo. Afinal, existem diferentes alternativas, e cada uma funciona melhor para um perfil e para objetivos específicos. Porém, você conheceu as 6 principais para considerar na hora de estruturar e diversificar seu portfólio.
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