Elimine as dívidas e comece a investir de verdade.
Cresce o número de endividados no Brasil e atualmente mais de 60 milhões de brasileiros possuem dívida ativa. Em meio à pandemia, a estatística tende a aumentar com o volume de desempregos.
Para aqueles que estão endividados, a missão de aniquilar as dívidas é tão árdua quanto apagar um incêndio. O fogo, por sua vez é os juros compostos das contas que insistem em crescer de forma exponencial.
Pensando nisso, criamos 6 passos práticos para apagar este incêndio e terminar o ano sem dívidas e até mesmo diminuindo consideravelmente.
- O que você fez de errado?
Antes mesmo de começar a pensar, quais são os débitos que possui, é importante entender a causa raiz.
Acima de tudo, anote as três principais causas no papel para compreender em quais situações fizeram com que você se endividasse.
Geralmente, a maioria dos brasileiros não fazem dívidas por itens de sobrevivência, e sim, para pagar os produtos que poderiam ter se programado para desembolsar à vista e com desconto.
Uma das opções pode ser a facilidade de pagamento com o cartão de crédito. Contudo, o cartão em si não é o problema. Tal fato, nos leva a refletir que a compulsão e a falta de planejamento são a real causa.
Como resultado, os juros do cartão de crédito podem fazer a dívida triplicar de valor em apenas um ano. Por isso, muita atenção antes de fazer compras com esta forma de pagamento.
Em segundo lugar, é possível listar que está vivendo fora do seu padrão de vida. Em outras palavras, o erro está em “dar o passo maior que a perna” comprando, sem necessidade, itens que possam aumentar seu status. Seja uma roupa mais cara e até mesmo sair para baladas e eventos, sendo que o orçamento é para apenas um no mês.
Saber diferenciar em quais situações você consome é o primeiro passo para acabar com as dívidas.
- Liste suas dívidas
Este segundo passo será, sem dúvidas, o mais doloroso. Por isso, separe no mínimo 2 horas para fazer o levantamento de todos os seus débitos
Além disso, anote qual o valor que pegou emprestado. Ou seja, o valor inicial livre de juros. Feito isso, veja quanto já foi liquidado frente ao valor atual do débito.
Se já pagou o valor inicial e está apenas liquidando os juros, certamente os bancos podem diminuir o valor total da dívida e até mesmo finalizá-la.
Por isso, na sua lista de controle precisa contemplar: Valor inicial, quanto foi liquidado, número de parcelas e, principalmente, percentual de juros.
Identificar quais as parcelas possuem os maiores juros é essencial. Confira o exemplo abaixo.
Maria possui dois débitos. No primeiro, são 4 parcelas de R$100,00 com juros de 13% de juros ao mês referente a um cheque especial.
O segundo parcelamento custa R$400,00 mensais com juros de 3% ao mês referente a um consignado.
Se Maria esquecer de pagar o primeiro parcelamento, terá juros de R$20,80 enquanto no segundo será de R$12,00. Desta forma, uma alternativa seria não efetuar o pagamento do segundo parcelamento e pagar à vista o primeiro débito com desconto após negociação com o banco. Assim, poderá pagar os R$12,00 de juros do segundo parcelamento e aniquilar o primeiro.
Desta forma, priorize os débitos que possuem mais juros e se possível negocie inclusive diminuição desta taxa.
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Parar de fazer novas dívidas
Pode parecer uma dica óbvia. Mas, para muitos não é! Pois, o que muitos brasileiros fazem é pegar um empréstimo para liquidar o primeiro.
Esta tática só funciona se a taxa de juros for menor. Contudo, após listar as dívidas, assuma a responsabilidade e tome as rédeas da situação para que não aconteça novamente.
Entender que estar endividado é uma situação TEMPORÁRIA te dará forças para enfrentar. Afinal, ninguém gosta de trabalhar apenas para pagar contas. Viver desta maneira causa insônia, irritação e em casos mais críticos depressão e separação de casais.
Por isso, comece a viver dentro do seu padrão de vida assumindo as responsabilidades para aniquilar os débitos. Pois, as dívidas não possuem fundo do poço.
Os juros compostos, fazem o efeito bola de neve, é benéfico quando o valor está investido, mas, quando se trata de dívidas, pode fazer muitas pessoas se desesperarem.
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Gerar renda
De forma simples existem duas formas de eliminar os débitos: Gastando menos, ganhando mais ou diminuindo os juros.
Por isso, entenda o seu padrão de vida e corte todos os gastos desnecessários. Em segundo lugar, pense em formas para gerar renda. Seja vendendo seus objetos e roupas que não precisa para amigos, ou até mesmo, gerando renda extra na internet.
Se a dívida for muito alta, considere inclusive viver de aluguel ou vender o carro.
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Quitação
O esperado momento de quitação deve ser feito de forma estratégica. Conforme o exemplo anterior verificamos que é necessário priorizar os parcelamentos que possuem a maior taxa de juros.
Além disso, vale a pena negociar as dívidas. Pelo fato de os bancos conseguirem seus lucros, sobretudo com os juros, pode não ser uma tarefa fácil. Por isso, persista na negociação até que consiga uma redução. Seja ligando na central de atendimento ou indo à agência bancária.
Caso o seu banco não tenha interesse em diminuir o valor ou a taxa de juros, faça a portabilidade de dívidas para instituições financeiras que tenham melhores condições.
Outra forma de conseguir uma quitação é solicitando à sua empresa um adiantamento do décimo terceiro salário. Com este valor em mãos pode negociar vários débitos à vista e com desconto.
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Reserva de emergência
Feita a quitação está na hora de pensar no seu colchão financeiro. Esta reserva precisa estar aplicada em investimentos que você possa resgatá-los a qualquer momento.
Desta forma, a liquidez diária é fundamental para que este resgate imediato aconteça.
Em linhas gerais, o ideal é ter seis meses do seu custo de vida aplicados. Para escolher os melhores investimentos pensando neste objetivo, acesse o APP Renda Fixa e sinta-se à vontade para tirar suas dúvidas com um de nossos especialistas.
Este custo de vida precisa contemplar não somente os gastos fixos, mas os custos variáveis como, por exemplo, lazer e saúde também.
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Bons investimentos e até a próxima!