Se proteger dos riscos
atrelados ao mercado financeiro é fundamental para ter sucesso nos seus
investimentos. Nesse sentido, uma das estratégias mais utilizadas pelos
investidores é montar uma carteira diversificada.
Embora seja bastante útil para
proteger seu capital de desvalorizações, a diversificação não envolve apenas
fazer aportes em diversos ativos e títulos. Para que seja possível alcançar o
objetivo proposto, a estratégia precisa considerar as características dos
investimentos.
Neste artigo, você entenderá a
importância de ter uma carteira de investimentos diversificada e como colocar
essa estratégia em prática com a renda fixa. Vamos lá?
O que é uma carteira de investimentos?
Para começar, é preciso
entender que a carteira de investimentos é o conceito que reúne os diferentes
produtos e ativos financeiros que você tem. Eles são escolhidos pelo investidor
conforme seu perfil e objetivo, podendo envolver alternativas de renda fixa e
de renda variável.
Outro conceito importante é a
carteira diversificada. Trata-se de um portfólio formado por investimentos
distintos e selecionados de acordo com uma estratégia de diversificação específica. O objetivo é diluir
os riscos e aumentar o potencial de retorno.
Assim, em vez de o investidor
investir todo o seu dinheiro no mesmo título de renda fixa, por exemplo, ele
monta um portfólio formado por alternativas com características distintas.
Quais são os investimentos de renda fixa disponíveis no mercado?
Após saber o que é uma
carteira de investimentos, é preciso conhecer os investimentos de renda fixa
que podem ajudar a compor um portfólio diversificado.
Vale saber que essa classe se
caracteriza pela previsibilidade de ganhos. Afinal, ao investir em um título de
renda fixa, o investidor sabe qual será a lógica de rentabilidade da aplicação.
Dessa forma, um dos destaques
dessa classe de investimentos é a segurança que ela oferece. Porém, isso não
significa que a renda fixa não apresenta riscos. Na verdade, eles existem — mas
são menores que os apresentados pelos investimentos de renda variável.
Nesse contexto, vale destacar
o risco de crédito. Ele está relacionado à probabilidade de o emissor do título
não conseguir arcar com suas obrigações financeiras. Para reduzir esse risco,
algumas aplicações de renda fixa contam com a cobertura do Fundo Garantidor de
Créditos (FGC).
Entretanto,
também existem títulos sem essa segurança — geralmente, com maior potencial de
retorno. Assim, surgem diversas oportunidades para diversificar a sua
estratégia.
Confira agora os principais
investimentos dessa classe que podem ser utilizados para montar uma carteira
diversificada.
Títulos públicos
Os títulos públicos são
emitidos pelo Tesouro Nacional e negociados na plataforma do Tesouro
Direto. Logo, os valores obtidos são usados pelo Governo Federal para
financiar as suas atividades.
Essas aplicações podem ser de
três tipos principais:
Tesouro Selic: acompanha
as variações da Selic, a taxa básica de juros brasileira;
Tesouro Prefixado:
rende de acordo com uma taxa anual fixa;
Tesouro IPCA: remunera
uma taxa anual fixa mais o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo).
Títulos privados
Os títulos privados são
emitidos por empresas. Muitos deles estão ligados a instituições financeiras. É
o caso do certificado
de depósito bancário (CDB), emitido pelos bancos para captar recursos e
utilizá-los para diferentes finalidades.
Cada título privado pode ter
características distintas em relação ao prazo, liquidez e segurança. Diversas
aplicações emitidas por bancos são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos
(FGC), que faz o ressarcimento ao investidor, caso a instituição entre em
falência.
A entidade garante o pagamento
do montante aportado acrescido dos lucros até o limite de R$ 250 mil por CPF e
instituição, além de um limite global de R$ 1 milhão renovável a cada 4 anos.
Portanto, o FGC funciona como uma segurança extra para alguns títulos de renda
fixa.
Títulos de crédito privado
Essa é uma subclassificação
dos títulos privados em que os títulos são emitidos por instituições não
financeiras. Um exemplo de aplicação dessa categoria são as debêntures.
Em geral, títulos do crédito
privado têm baixa liquidez e prazos de vencimento maiores. Além disso, eles não
contam com a proteção do FGC, o que pode aumentar os riscos — mas também o
potencial de retorno das aplicações.
Fundos de renda fixa
Por fim, existem fundos de
investimento que concentram seus recursos em títulos de renda fixa. Eles
funcionam como veículos financeiros coletivos, que envolvem a participação de
diversos investidores com um objetivo em comum.
Para participar dos resultados
do fundo é necessário adquirir cotas. O capital reunido é administrado por um
gestor profissional, que escolhe os investimentos de acordo com a estratégia
definida previamente.
Por que ter uma carteira diversificada em renda fixa?
Como você viu, existem muitas
possibilidades na renda fixa. Nesse contexto, a diversificação visa equilibrar
a relação entre risco e retorno da sua carteira. Ao fazer aportes em
alternativas variadas, seus recursos não ficarão restritos a apenas uma ou
poucas condições do mercado.
Isso pode trazer mais
segurança para o seu patrimônio. No entanto, é importante ter cuidado para não
fazer uma falsa diversificação do seu portfólio. Esse equívoco acontece quando
você investe em diversos títulos com características similares, por exemplo.
É o caso de investir em um
título do Tesouro Selic e em um CDB pós-fixado atrelado ao CDI (Certificado de
Depósito Bancário). Como o CDI acompanha as variações da taxa básica de juros,
uma eventual queda na Selic afetaria todo o seu portfólio.
Por isso, as alternativas
escolhidas devem ser descorrelacionadas ou ter correlação negativa. Assim, elas
não terão o mesmo comportamento diante de uma determinada condição do mercado.
Do mesmo modo, investir em
diversas aplicações do mesmo emissor pode ampliar o risco de crédito. Em caso
de inadimplência, todo o seu patrimônio será afetado.
Além disso, a diversificação
com títulos de renda fixa deve ser orientada de acordo com o seu perfil de
investidor e objetivos. Isso ajuda a entender a proporção de investimentos
dessa classe na sua carteira.
Um investidor conservador, por
exemplo, tem menos tolerância aos riscos. Logo, ele pode ter mais títulos de
renda fixa na carteira. Já o investidor arrojado pode utilizar esses
investimentos em menor porcentagem, apenas para equilibrar os riscos de outras
alternativas.
Como investir em renda fixa?
Ficou interessado em investir
em renda fixa para diversificar a carteira? Para isso, você deverá abrir conta
em uma instituição financeira. Ela ficará responsável por intermediar as
negociações entre você e os emissores dos títulos.
Para escolher as alternativas
mais adequadas para a sua carteira, você pode contar com o App Renda Fixa. Ele disponibiliza ferramentas que permitem
pesquisar e comparar investimentos em diversas instituições existentes no
mercado.
Assim, você pode abrir conta
naquela que tiver um portfólio mais completo para suas necessidades, por
exemplo. Isso ajuda a colocar a estratégia de diversificação em prática com
mais facilidade.
Agora você sabe como ter uma
carteira de investimentos diversificada com renda fixa. Dessa forma, é possível
equilibrar os riscos e aumentar o seu potencial de retorno, o que possibilita
alcançar seus objetivos mais rapidamente.
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