O conceito de economia colaborativa, que também é denominada como economia compartilhada ou em rede, vem sendo vista como um movimento que visa conscientização das pessoas para que se busque uma percepção diferente do mercado e das relações de consumo.
O conceito de uma economia colaborativa representa uma força que gera impactos na forma como vivemos e como realizamos negócios.
A economia colaborativa representa o entendimento do fato de que, em virtude do agravamento dos problemas sociais e ambientais, o acúmulo dos recursos deve ser substituído pela divisão dos mesmos. Serviços que utilizam esse conceito, como Uber e Airbnb comprovam que essa tendência vem crescendo.
No artigo de hoje você vai entender o que é o conceito de economia colaborativa e porque essa é uma tendência no mercado. Confira.
O que é economia colaborativa?
Economia colaborativa é um conceito que vem sendo utilizado cada vez mais, e o que esse conceito significa está se tornando algo cada vez mais importante no mercado, uma vez que é uma ótima forma para que as pessoas e as empresas consigam reduzir os seus gastos.
Uma economia colaborativa implica em uma economia na qual os bens e os serviços são obtidos de forma compartilhada pelas pessoas.
Para citar um exemplo prático, imagine que você precise de uma serradora elétrica. Nesse caso, ao invés de ir até uma loja de materiais de construção e adquirir uma, você pode usar um app para alugar esse objeto para realizar o que você precisa.
Dessa maneira, você fica de posse do produto apenas enquanto precisa usar o mesmo e depois, devolve para o dono, que poderá alugá-lo para que outras pessoas o utilizem novamente.
Em inglês, o fenômeno é conhecido sharing economy (economia de compartilhamento, em tradução livre), e pode fazer com que você poupe até 25% do que gastaria se você adquirir os mesmos produtos da forma tradicional.
Segundo uma pesquisa realizada pela Folha de São Paulo, o orçamento de uma festa de casamento utilizando bens e serviços adquiridos de forma tradicional chega a custar 24,3% mais do que um orçamento realizado apenas com produtos e serviços adquiridos por meio de serviços de economia colaborativa.
Para esse novo conceito de economia, os sites e apps para celulares são os melhores veículos para expor plataformas de compartilhamento.
É através desses ambientes online que muitos negócios inovadores têm entrado no mercado, tais como:
- Aluguel de vagas em garagens;
- Vendas de roupas e calçados usados;
- Contratação de prestadores de serviço, como guias turísticos, garçons, e diversos outros;
- Troca de favores e de itens entre pessoas que residem perto umas das outras;
Alguns dos serviços no modelo de economia colaborativa são baseados não apenas no aluguel de itens ou na prestação de serviços, mas também na troca, realizando o antigo escambo.
Professores de idiomas, por exemplo, podem trocar suas aulas de espanhol com outros professores de inglês, ao invés de receberem dinheiro pelo serviço prestado.
O modelo pode ser usado tanto para economizar dinheiro quanto para levantar uma grana extra, não existindo, na prática, nenhum limite para o compartilhamento nesse caso.
Em uma pesquisa rápida, é possível notar, inclusive, que esse estilo de vida sequer é algo novo, uma vez que povos indígenas e comunidades mais antigas já adotavam o compartilhamento, na forma de escambo, como dissemos acima.
Um bom exemplo de negócios no modelo de economia colaborativa é também o coworking.
O coworking é uma forma de compartilhamento dentro do mercado de trabalho, onde diversas empresas diferentes podem utilizar o mesmo escritório ao mesmo tempo.
Em alguns casos, uma das empresas realiza o aluguel do espaço, de forma geral, aquela que se instalou lá primeiro. E então outras empresas passam a ocupar o mesmo local, mas ao invés de dividirem o aluguel, pagam pelo espaço com a prestação de serviços para essa primeira empresa.
No fim das contas, a economia colaborativa se trata de um paradigma econômico novo que pode vir a mudar completamente a forma como os produtos são ofertados no mercado.
Através desse conceito de compartilhamento e troca de bens e de serviços, serão as pessoas, de forma autônoma, que disponibilizarão os mesmos ao mercado, coisa que antes apenas as empresas especializadas é que faziam.
Além de garantir uma redução nos custos, essa nova maneira de distribuição de recursos, bens e serviços também é responsável pela democratização do trabalho e do acesso aos produto.
Os pilares do sucesso da economia colaborativa
A economia colaborativa tem feito bastante sucesso, não apenas no Brasil, mas em torno de todo o mundo.
O que garante o sucesso desse novo modelo de funcionamento do mercado, é a união de três pontos, que podem ser vistos como os pilares da economia colaborativa e que garantem que o modelo se torne cada vez mais atraente, enquanto a sociedade também evolui.
Os três pilares para o sucesso da economia colaborativa são:
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O pilar social
Onde é possível destacar o aumento da densidade populacional das cidades do mundo, que faz com que seja necessário pensar em conceitos como a sustentabilidade dos negócios, incitando o desenvolvimento de um sentimento de comunidade e uma abordagem dotada de altruísmo;
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O pilar econômico
Aqui, o foco vai para os produtos com estoque excedente ou sem uso, o que garante que a flexibilidade financeira possa aumentar, dando preferência ao acesso a esses produtos e não a acumulação dos mesmos, além de aumentar o capital de risco;
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O pilar tecnológico
Com o advento e a democratização do uso da internet, a economia colaborativa é beneficiada em função do acesso cada vez maior às redes sociais e aos dispositivos e plataformas para celulares, bem como a utilização de sistemas de pagamento online.
No artigo de hoje você conheceu melhor o conceito de economia colaborativa, uma tendência que vem alterando o funcionamento do mercado financeiro nos últimos anos, facilitando a troca de produtos e de serviços sem manter o foco no lucro.
No modelo de economia colaborativa, o mais importante é o acesso e não a posse do bem
Ao analisarmos o que a economia colaborativa propõe, é possível perceber que dentro desse modelo de mercado e de consumo, o mais importante é que as pessoas tenham acesso a determinado bem ou serviço, e não que tenham a posse dos mesmos.
O que esse conceito econômico pretende valorizar é a experiência em detrimento do consumo crescente de produtos.
Isso funciona, porque, segundo diversos estudos em Psicologia, os bens materiais, apesar de serem capazes de oferecer uma sensação de felicidade para as pessoas, essa sensação dura apenas um período de tempo limitado.
A felicidade de fato, dessa maneira, só pode ser encontrada quando se dá através do compartilhamento de experiências.
As mesmas pesquisas apontam que as pessoas podem se sentir muito mais felizes a partir do momento em que podem compartilhar experiências com outras pessoas.
E a possibilidade de se sentir conectado a outra pessoa é bem maior quando podemos nos identificar com a nossa experiência e quando ambas possuem o mesmo tipo de bem.
Seres humanos podem ser descritos como o resultado da soma das experiências que vivenciaram e, nesse sentido, a economia compartilhada cumpre uma excelente função, que é a de gerar oportunidades para que as pessoas possam se conectar e trocar experiências.
Dessa forma, o conceito de economia colaborativa pode auxiliar tanto pessoas autônomas quanto pequenos empresários a economizar recursos e até mesmo a ganharem dinheiro, restaurando e desenvolvendo laços com a comunidade da qual fazem parte através da troca de bens e de serviços.
Os resultados da economia colaborativa
A expansão da aplicação do conceito de economia compartilhada, gera diversos resultados diretos em relação à forma como as empresas oferecem seus produtos ao público.
Com o decorrer do tempo, essa nova forma de aquisição de bens e de serviços, poderá ter como resultado a redução dos custos de maneira geral.
Em virtude disso, as empresas que obterão mais sucesso no mercado, serão aquelas que puderem organizar de forma mais inteligente a estrutura de suas finanças.
Outro resultado é que as empresas em geral, irão procurar por parceiros para solucionar problemas e entregar resultados.
Já é comum ver empresas de alimentação e restaurantes, por exemplo, que ao invés de montarem seus sistemas próprios de entrega, usam plataformas de serviço compartilhado, como é o caso do Uber Eats e do Ifood.
Os relacionamentos comerciais deverão focar no longo prazo, já que as margens para o compartilhamento de bens e de serviços vão se estreitando cada vez mais.
Dessa maneira, é importante para as empresas que elas busquem priorizar relações duradouras com sua clientela. Sendo necessário, para tanto, que as mesmas sejam capazes de oferecer experiências grandiosas e significativas em relação ao consumo para o público.
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