Investidores
precisam considerar diferentes fatores que podem impactar consideravelmente a
rentabilidade dos seus ativos, como é o caso de taxas e impostos. O IOF é um
exemplo de tributação que deve ser observada durante a escolha dos
investimentos para compor a carteira, especificamente quando se trata de renda
fixa.
O tributo
ainda incide sobre operações financeiras, como câmbio, cartão de crédito e
financiamentos. Ainda, sua alíquota varia conforme o tipo de transação e, por
esse motivo, quem deseja investir precisa considerar possíveis contribuições a
ele.
A seguir,
você descobrirá detalhes sobre o IOF, quando ele incide sobre os investimentos
e como obter isenção desse imposto. Assim, é mais fácil aumentar a sua
rentabilidade como investidor!
O que é IOF?
IOF é sigla para Imposto sobre Operações
Financeiras, um tributo com incidência em operações cambiais e de crédito, em
compras internacionais, seguros e naquelas relativas a investimentos. Ele é
cobrado pelo Governo Federal e tem o objetivo de arrecadar recursos para o
país.
Em
relação a investimentos, o seu cálculo é feito conforme a duração do aporte,
sendo mais elevado nos primeiros dias e diminuindo gradualmente ao longo do
tempo.
Como o imposto incide sobre os investimentos?
Após
entender esse tributo, é hora de saber a maneira como o IOF pode afetar os
investimentos. Para começar, é válido entender que esse imposto não incide
sobre todas as alternativas do mercado financeiro
A seguir,
confira exemplos de investimentos sobre os quais há incidência de IOF:
●
alguns
títulos de renda fixa, como as aplicações do Tesouro Direto, certificados de
depósito bancário (CDBs), letras de crédito imobiliário (LCIs) e
letras hipotecárias (LH);
●
clubes de investimento;
●
fundos
de investimento de curto e longo prazo (entre os quais estão os de renda fixa,
os cambiais e os multimercados).
O IOF é
aplicado sobre os rendimentos desses títulos e fundos, antes da incidência do
Imposto de Renda (IR) — ou seja, sobre o ganho total. Ele não considera os
eventuais descontos de taxa de performance ou de administração, se houver.
No
entanto, sua incidência ocorre apenas quando o resgate é feito em prazo
inferior a 30 dias após o aporte. Logo, o seu impacto se dá sobre o resgate no
curtíssimo prazo.
Quais são as alíquotas
do IOF e como são cobradas?
Você já
sabe como o imposto é cobrado em relação aos investimentos. Agora, é o momento
para conhecer suas alíquotas e como elas afetam a rentabilidade desejada pelos
investidores em suas aplicações.
O IOF tem
tributação regressiva. Dessa forma, quanto mais tempo o investimento tiver,
menor será a sua alíquota. O recolhimento se inicia à taxa de 96% e reduz até
0% sobre os rendimentos após 30 dias.
Para
ilustrar, confira a tabela de cobrança do IOF:
Dias após a aplicação |
IOF (%) |
Dias após a aplicação |
IOF (%) |
1 |
96 |
16 |
46 |
2 |
93 |
17 |
43 |
3 |
90 |
18 |
40 |
4 |
86 |
19 |
36 |
5 |
83 |
20 |
33 |
6 |
80 |
21 |
30 |
7 |
76 |
22 |
26 |
8 |
73 |
23 |
23 |
9 |
70 |
24 |
20 |
10 |
66 |
25 |
16 |
11 |
63 |
26 |
13 |
12 |
60 |
27 |
10 |
13 |
56 |
28 |
6 |
14 |
53 |
29 |
3 |
15 |
50 |
30 |
0 |
Observe
que no dia 30 a alíquota do tributo é igual a zero. Então, investimentos com
resgate superior a esse período têm isenção do imposto, gerando economia na
tributação para investidores de renda fixa.
É possível conseguir
isenção do IOF nos investimentos?
Na tabela
regressiva, o IOF pode corresponder a mais de 90% dos rendimentos de um
investimento quando ele é resgatado em poucos dias após a aplicação. Dessa
maneira, é interessante saber como se isentar desse tributo para aumentar a
rentabilidade.
Quando
há incidência de IOF regressivo, basta manter a alternativa até o prazo mínimo estabelecido,
de 30 dias, para não ser necessário recolher o tributo. Caso os valores
aplicados sejam resgatados com 30 dias ou mais, o investidor ficará isento do
imposto sobre os rendimentos obtidos.
Quais são os casos em que há isenção da cobrança do IOF?
Como você
viu, ao esperar por um mês para resgatar o montante investido, é possível ter
seus investimentos livres da cobrança de IOF. Mas você sabia que há
alternativas isentas do imposto?
Em
algumas situações, como na poupança, o investidor não terá cobrança de IOF,
sendo isento também do Imposto de Renda. Alternativas de investimento para
fomentar o agronegócio também entram na lista de isenção desse tributo, como as
letras de crédito do agronegócio (LCAs).
Ações,
fundos de ações e fundos imobiliários (FIIs), entre outras alternativas de renda variável, são isentos de IOF. Por isso,
é preciso conhecer os prazos e as condições de cada investimento para tomar
decisões mais embasadas e evitar surpresas.
Veja mais
alternativas sobre as quais o IOF não incide:
●
debêntures;
●
letras
financeiras (LF);
●
certificados
de direitos creditórios do agronegócio (CDCA);
●
certificados
de recebíveis imobiliários e do agronegócio (CRIs e CRAs) ;
●
fundos
de investimento em participações (FIP);
●
fundos
de investimento em empresas emergentes (FIEE);
●
fundos
que investem em cotas de FIPs (FIC-FIP).
Há um
ponto de atenção que deve ser considerado pelo investidor: os fundos de
investimento com carência terão a cobrança do IOF se o resgate for feito antes
do prazo. Aliás, essa incidência ocorre mesmo que a retirada seja realizada
depois de 30 dias. Portanto, é preciso avaliar a redução dos ganhos antes de
tomar uma decisão.
Ademais,
vale ressaltar que as isenções de imposto são aplicáveis dentro das condições
estabelecidas pelas regulamentações fiscais em vigor. Logo, sempre consulte
informações sobre o setor e esteja ciente de que a legislação pode sofrer
alterações ao longo do tempo.
Conclusão
O impacto
do IOF na rentabilidade dos investimentos é significativo em retiradas de
curtíssimo prazo. Por outro lado, em resgates a partir de 30 dias, o Imposto
sobre Operações Financeiras não terá peso no ganho das suas aplicações.
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