Ao entrar
no mercado financeiro, é comum se deparar com termos que não são familiares às
pessoas que não estão inseridas nesse contexto. Com isso, é possível surgirem
dúvidas e confusão na hora de elaborar e aplicar uma estratégia de
investimentos.
Por essa
razão, é interessante conhecer o que significa cada um dos principais conceitos
do mercado — como aqueles que envolvem a renda fixa. Assim, é mais fácil
realizar suas aplicações nessa classe de investimentos.
Quer
saber mais? Continue a leitura para descobrir o significado dos principais
termos da renda fixa!
Carência
A
carência é um período mínimo em que uma aplicação deve ser mantida, ou seja, o
tempo em que você não pode resgatar o dinheiro investido. Por exemplo, se um
título tem uma carência de 90 dias, não é possível realizar o resgate durante
esses 3 meses.
Vale
destacar que existem títulos com prazos menores e maiores de carência. Você
também encontrará alternativas que não têm essa condição para movimentar suas
aplicações.
Híbrido
O termo
título híbrido se refere ao tipo de rentabilidade dessa aplicação. Nesse caso,
os rendimentos são compostos por duas regras de remuneração. Uma delas é a taxa
fixa, também conhecida como prefixada, que costuma ser expressa em percentual
por ano — como 10% a.a. ou 12% a.a.
A outra
se refere ao ganho pós-fixado, que segue um índice de referência do mercado.
Nos títulos híbridos, o indicador frequentemente utilizado é o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no Brasil.
Juros compostos
Outro
termo muito visto na renda fixa são os juros compostos. Essa é a
remuneração do investidor na qual os juros incidem sobre o capital inicial e os
rendimentos já obtidos. Por exemplo, considere que você investiu R$ 10 mil a
10% a.a.
Em 12
meses, a sua remuneração será de R$ 11 mil. Já em 2 anos, em vez de os juros
continuarem a ser aplicados sobre R$ 10 mil, eles incidem sobre os R$11 mil.
Portanto, ao final de 24 meses, você terá R$ 12.100, em vez de R$12 mil. Então
as quantias se acumulam, acelerando a formação do patrimônio.
Liquidez
A
liquidez significa a facilidade e a velocidade com que uma alternativa de
investimento pode ser convertida em dinheiro. Nesse contexto, quanto maior a
liquidez, mais fácil e rápido um título pode ser resgatado ou vendido.
No caso
das aplicações de liquidez diária, por exemplo, você pode resgatá-las em até um
dia útil. Já as alternativas de baixa liquidez são aquelas em que você pode ter
dificuldade para obter o dinheiro novamente.
Essa
situação costuma acontecer pela existência de carência prolongada ou apenas no
vencimento. Com isso, é preciso recorrer ao mercado secundário — exigindo que
exista um investidor interessado em comprar o seu título.
Marcação a mercado
A
marcação a mercado é a atualização diária dos preços de mercado de determinados
investimentos, como os títulos de renda fixa. Ao conhecer essa informação, o
investidor pode saber o quanto o mercado está disposto a pagar pela sua
aplicação naquele momento, caso deseje vendê-la.
Dessa
maneira, quando um título sofre marcação a mercado, quer dizer que ele pode ter
um preço inferior ou superior ao esperado. Afinal, os emissores garantem a
rentabilidade combinada somente se o dinheiro se mantiver aplicado até o
vencimento.
Marcação na curva
A marcação
na curva é um método utilizado para acompanhar os ganhos diários proporcionais
em um investimento de renda fixa que será levado até o vencimento. Ela é
baseada na remuneração acordada no momento da aplicação e não apresenta perdas
diante das oscilações de preços ao longo do tempo.
Mercado secundário
O mercado
secundário é o ambiente no qual os investimentos são negociados entre os
investidores. Dessa forma, o dinheiro obtido na transação é destinado ao
investidor que vendeu o ativo, e não ao emissor, como ocorre no mercado
primário.
Embora as
transações do mercado secundário sejam mais comuns na renda
variável, é possível negociar títulos e fundos de renda fixa nesse ambiente. Nele, os
preços também são influenciados pela lei de oferta e demanda.
Prefixado
Assim
como o termo híbrido, o conceito de prefixado está relacionado à remuneração
combinada de um título. Nesse caso, ele se refere à taxa fixa de juros, que
costuma ser expressa em percentual anual.
Por conta
dessa maior previsibilidade, é possível calcular exatamente o quanto o
investidor poderá resgatar no vencimento da aplicação.
Pós-fixado
O termo
pós-fixado se refere à rentabilidade que acompanha um índice de referência do
mercado. Se em um título híbrido ela costuma seguir o IPCA, em uma aplicação pós-fixada ela tende a acompanhar a
taxa Selic e o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Rating
O rating
é uma classificação que indica o risco de crédito de entidades — como empresas,
países, bancos e produtos financeiros. Trata-se de uma nota que aponta a
capacidade de honrar compromissos financeiros e ajuda investidores a avaliar a
segurança das aplicações.
Tabela regressiva
A tabela
regressiva de tributação é utilizada em investimentos de renda fixa que sofrem
incidência de Imposto de Renda sobre a rentabilidade gerada.
Ela recebe esse nome porque a alíquota de cobrança varia conforme o tempo que o
dinheiro fica aplicado, reduzindo à medida que o prazo aumenta.
A tabela
é a seguinte:
●
até
180 dias de aplicação: 22,5% de recolhimento sobre os lucros;
●
de
181 a 360 dias: 20%;
●
de
361 a 720 dias: 17,5%;
●
acima
de 720 dias: 15%.
Taxa de juros
A taxa de
juros é a porcentagem do valor investido adicionada ao montante original em
determinado período. Ela serve como uma compensação pelo risco de emprestar
dinheiro ou como uma recompensa por investir capital.
Além
disso, as taxas de juros podem ser influenciadas por diversos fatores
econômicos, incluindo políticas monetárias, inflação, oferta e demanda de
crédito e perspectivas econômicas.
Valor nominal e real
O valor
nominal de um investimento é o rendimento bruto apresentado, não considerando a
inflação. Já a rentabilidade real considera a variação do índice de preços,
apresentando o ganho efetivo de poder de compra. É importante entender a
rentabilidade real para ter uma visão mais precisa dos resultados do
investimento.
Vencimento
O
vencimento na renda fixa é a data de término ou prazo final de um investimento
desse tipo. É o momento em que o investidor terá direito a receber o valor
aplicado, acrescido dos rendimentos acordados na contratação do título.
Neste
glossário resumido, você aprendeu o que significa cada um dos principais termos
da renda fixa. Ao compreender esses conceitos, fica mais fácil tomar decisões
informadas e estratégicas em sua jornada financeira.
Outro
termo muito comum na renda fixa é o lastro. Você sabe o que ele significa?
Aproveite e descubra o que é e como funciona esse conceito!