Ao entrar
no mundo dos investimentos, um dos aspectos mais importantes a considerar é a
rentabilidade. Afinal, é comum as pessoas terem interesse em estimar quanto o
dinheiro investido poderá render ao longo do tempo.
No
entanto, é essencial entender que nem sempre o rendimento conquistado reflete o
ganho efetivo de um investimento. Por essa razão, é preciso saber diferenciar a
rentabilidade nominal e a real para tomar decisões mais acertadas.
Pensando
nisso, continue a leitura para entender como a rentabilidade nominal se difere
da real e aprenda a calcular cada uma delas!
O que é rentabilidade nominal e como ela é calculada?
A rentabilidade nominal é o valor bruto do
rendimento obtido em um determinado período. Ela é expressa em percentual e
pode ser encontrada em títulos de renda fixa, fundos de investimento e outras
alternativas.
Também é
possível calcular a rentabilidade nominal a partir dos resultados obtidos com
investimentos de outras classes. Para fazer o cálculo, você precisa aplicar a
seguinte fórmula:
Rentabilidade
nominal = (Valor final / Valor inicial) – 1
Ao
multiplicar o resultado por 100, você encontrará a porcentagem correspondente.
Para ter uma compreensão melhor do cálculo, considere um exemplo.
Suponha
que você tenha investido R$ 100 mil e, ao final de um ano, obteve um rendimento
de R$ 10 mil. Nesse caso, o valor final do investimento seria de R$ 110 mil (R$
100 mil + R$ 10 mil). Aplicando a fórmula, é possível obter:
●
(110.000
/ 100.000) – 1
●
1,1
– 1 = 0,1
●
0,1
●
0,1
x 100 = 10%
●
Rentabilidade
nominal = 10%
Isso
significa que o rendimento bruto obtido foi equivalente a 10% do valor
inicialmente investido. No entanto, é importante ressaltar que a rentabilidade
nominal considera apenas a oscilação do capital, não utilizando outras
informações relevantes.
O que é a rentabilidade real e como ela é calculada?
Como você
viu, para ter maior precisão na hora de visualizar os rendimentos de um
investimento é necessário calcular a rentabilidade real. Isso porque ela é o
retorno ajustado pela inflação, que é o aumento generalizado dos
preços de bens e serviços, medido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo).
Desse
modo, a inflação causa a desvalorização do dinheiro no tempo, gerando uma
redução do poder de compra. Logo, ao subtrair os efeitos dessa taxa dos
rendimentos de um investimento, é possível entender os ganhos efetivos.
A
rentabilidade real pode ser positiva ou negativa. A primeira acontece quando o
retorno real de um investimento é maior do que zero. Isso significa que o
dinheiro teve um retorno efetivo, preservando ou aumentando o seu poder de
compra.
Por outro
lado, a rentabilidade real negativa ocorre quando o retorno real do
investimento é menor que zero. Nesse caso, o investidor teve perdas, o que
significa que o dinheiro não rendeu o suficiente para acompanhar ou superar o
aumento do custo de vida.
Isso
resulta em uma redução do poder de compra e diminuição do patrimônio, ainda que
o investimento possa ter apresentado uma rentabilidade nominal positiva.
A fórmula
para o cálculo é a seguinte:
Rentabilidade real =
[(1 + Rentabilidade nominal) / (1 + Taxa de inflação)] – 1
Para
entender melhor, vale utilizar o exemplo anterior. Portanto, imagine que a
rentabilidade nominal de um investimento foi de 10% ao ano e a taxa de inflação
no mesmo período foi de 12%. Aplicando a fórmula é possível obter:
●
[(1
+ 0,10) / (1 + 0,12)] – 1 = -0,0182
●
-0,0182
x 100= -1,82
Isso
indica que o investimento teve uma rentabilidade real de -1,82%. Nesse caso,
como o resultado foi negativo, o poder de compra do investimento foi reduzido,
indicando uma perda no patrimônio.
Quais são as diferenças entre esses dois tipos de rentabilidade?
Conhecendo
a rentabilidade nominal e o retorno real, é fácil perceber uma diferença
relevante entre elas: o efeito da inflação sobre o retorno do investimento.
Assim, a rentabilidade nominal representa o ganho absoluto que o investimento
obteve, sem considerar o poder de compra.
Por outro
lado, a rentabilidade real se refere ao ganho ajustado pela variação dos preços
ao longo do período de investimento. Dessa forma, por meio da rentabilidade
real, é possível verificar se um investimento está proporcionando um retorno
efetivo.
Ao
avaliar uma alternativa do mercado financeiro, é válido considerar tanto a
rentabilidade nominal quanto a rentabilidade real, pois a última reflete a
verdadeira capacidade de gerar riqueza. Porém, esse não é o único aspecto que
você deve analisar na sua tomada de decisão.
Como a rentabilidade nominal e real devem ser usadas nos investimentos?
Agora que
você já sabe a diferença entre rentabilidade nominal e real, é importante
aprender a usar essas ferramentas no investimento. Na prática, elas são
utilizadas para a análise e tomada de decisão sobre a sua carteira.
A
rentabilidade nominal fornece uma visão inicial do retorno bruto de um
investimento, sendo útil para comparar diferentes alternativas e avaliar seus
desempenhos. Já a rentabilidade real ajuda a entender se o investimento está
superando a inflação — mantendo ou aumentando o poder de compra do investidor.
No
contexto da proteção dos investimentos, a rentabilidade real desempenha um
papel relevante. Ao subtrair a inflação do rendimento, há a chance de
identificar alternativas que podem oferecer uma proteção efetiva contra a perda
de valor causada pelo aumento dos preços.
Assim,
investimentos com retorno real positivo têm maior probabilidade de preservar o
poder de compra do investidor a longo prazo. Portanto, ao tomar decisões de
investimento, é recomendável avaliar as duas medidas de rentabilidade para
verificar os ganhos e perdas dos investimentos.
Vale a
pena destacar que uma estratégia que pode ser interessante para garantir uma
rentabilidade real positiva é considerar alternativas com rendimentos atrelados
ao IPCA somados a uma taxa fixa. Nesse cenário, o percentual fixo poderá
garantir ganhos reais, protegendo o patrimônio do investidor.
Neste
post, você descobriu a diferença entre rentabilidade nominal e real e como
aplicá-las em sua estratégia de investimentos. Com essas informações, é
possível ter uma visão mais detalhada sobre os rendimentos e fazer escolhas
mais acertadas para a sua carteira.
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a importância de calcular e comparar esses resultados!