Publicação: Istoé
Mercados balançam com turbulência internacional. Saiba o que pode acontecer com o dólar.
A importância da Turquia para a economia brasileira é bastante limitada. O país ocupa uma discreta trigésima posição entre os parceiros comerciais, com uma corrente de comércio de US$ 1,87 bilhão no acumulado de janeiro a julho deste ano. A relevância para o mercado financeiro não é muito maior. Há poucos investimentos brasileiros por lá e investidores turcos são igualmente raros por aqui.
Fernanda Fonseca, economista do APP Renda Fixa, plataforma digital de busca e comparação de investimentos, avalia que o movimento foi ampliado pela percepção de fragilidade da economia brasileira. “Os investidores internacionais estão cada vez mais propensos a retirar recursos dos países emergentes, e o Brasil não é uma exceção”, diz ela. No entanto, segundo Silveira, da Nova Futura, mesmo que a taxa de câmbio ultrapasse o nível psicologicamente importante de R$ 4,00, isso terá uma importância relativa menor. “O câmbio superou R$ 4,00 pela primeira vez em 2002, com o crescimento do então candidato Lula nas pesquisas eleitorais, e antes da divulgação da Carta aos Brasileiros”, diz ele. “Mas é bom lembrar que, corrigindo essa taxa pela inflação, aquele dólar estaria perto de R$ 7,00.”