A porta de entrada para o mundo dos investimentos pode ser não muito convidativa para muitas pessoas. São tantos termos financeiros que os potenciais investidores acabam desistindo de aplicar melhor suas reservas financeiras. No entanto, para não escolher o investimento de forma errada e não cair em armadilhas, é importante se fazer algumas perguntas. São elas que irão definir qual investimento é mais adequado para você, uma vez que o que é bom para uma pessoa pode ser péssimo para você. Ao longo deste artigo, serão respondidas as seguintes perguntas:
- Por quanto tempo vou deixar meu dinheiro investido?
- Qual é o valor que tenho disponível para investir?
- Preciso de liquidez diária ou só no vencimento?
- Qual é o meu perfil de investidor?
Vamos começar? Tenha uma ótima leitura!
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Por quanto tempo vou deixar meu dinheiro investido?
Aqui você deve definir qual é o prazo do investimento que você pretende fazer. Para isso, é importante que você tenha traçado seus objetivos, desde uma viagem de férias até um curso extracurricular. Como, normalmente, existe mais de um objetivo a ser alcançado, é importante separá-los em curto (até 1 ano), médio (entre 1 e 5 anos) e longo prazo (acima de 5 anos). Exemplo:
Objetivos de curto prazo | Prazo para atingir o objetivo |
Viagem de férias em família | 6 meses |
Troca de carro | 1 ano |
Objetivos de médio prazo | Prazo para atingir o objetivo |
Curso no exterior | 2 anos |
Tirar um ano sabático | 4 anos |
Objetivos de longo prazo | Prazo para atingir o objetivo |
Compra da casa própria | 10 anos |
Aposentadoria | 30 anos |
No meio do caminho podem surgir novos objetivos, como a reforma do seu imóvel ou intercâmbio para os filhos, que devem ser devidamente incluídos em suas anotações. Com tudo mapeado, será possível se organizar e aplicar seu dinheiro em investimentos de forma que o prazo de vencimento seja o mesmo do prazo em que você pretende alcançar seus objetivos.
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Qual é o valor que tenho disponível para investir?
Um dos motivos para o sucesso da poupança é que não há um valor mínimo de investimento. Qualquer um, independente da classe social a qual pertence, consegue investir. A notícia boa é que foi o tempo em que colocar o dinheiro em aplicações que não sejam a poupança demandasse uma quantia muito alta.
De qualquer forma, é interessante ter em mente tanto o valor que você pretende investir inicialmente quanto o valor dos aportes mensais (se houverem). Isso porque títulos de renda fixa como CDB, RDB, LCI, LCA e LC têm um valor mínimo para compra do ativo, que varia de instituição para instituição. Da mesma forma que existem bancos que colocam CDB com valor mínimo de 1.000 reais, também há bancos que oferecem CDBs com valor mínimo de 100 reais ou menos.
Lembrando que, no caso de títulos de renda fixa, o valor do aporte mensal deve respeitar o valor mínimo para compra do ativo. Se um investidor compra um LCI com taxa de 94% do CDI e valor mínimo de 5.000 reais, no mês seguinte o investidor terá que desembolsar os mesmos 5.000 reais para comprar o ativo, desde que o título permaneça disponível na instituição. Nos fundos de investimento funciona um pouco diferente, já que o valor do aporte é, normalmente, menor do que o valor inicial exigido.
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Preciso de liquidez diária ou só no vencimento?
Liquidez nada mais é do que a capacidade de um título – ou de qualquer outro ativo adquirido – se transformar em dinheiro, sem grandes perdas no seu valor de mercado. Quando uma instituição oferece um título com liquidez diária, significa que o resgate pode acontecer todos os dias úteis nos horários especificados pela instituição. Esse mecanismo de resgate a qualquer momento é muito similar a poupança.
Há também títulos, que são maioria no mercado, que possuem liquidez apenas no vencimento. Isso quer dizer que o resgate só poderá acontecer na data de vencimento do título, a menos que o emissor recompre seu título ou você consiga negociá-lo no mercado secundário (transferência do título para outra pessoa). Nesses dois casos, a chance de a rentabilidade ser bem inferior àquela que você contratou é muito alta. Por toda essa dificuldade de conseguir o dinheiro de volta antes do prazo do vencimento, é importante ter certeza que você só irá precisar do dinheiro no dia do vencimento.
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Qual é o meu perfil de investidor?
Todo investidor precisar saber qual é o seu perfil de investidor para entender qual é o seu nível de tolerância ao risco. Para isso, basta responder a algumas perguntas do Questionário de Suitability da sua própria instituição financeira.
Toda pessoa tem um certo grau de tolerância ao risco, que pode ser alto ou baixo. Para medir esse grau, as perguntas do Questionário de Suitability tentam identificar informações do investidor como idade, conhecimento de produtos financeiros, valor do patrimônio, renda mensal, período do investimento, entre outros.
Ao se cadastrar em uma corretora ou distribuidora de valores, é bem provável que peçam para você preencher esse questionário, uma vez que as recomendações dos produtos devem ser feitas de acordo com o seu perfil de investidor.
O perfil de investidor pode ser dividido em três: conservador, moderado e agressivo. Para saber em qual deles você se encaixa, o app Renda Fixa disponibiliza gratuitamente uma ferramenta para você. Acesse o site https://www.apprendafixa.com.br/app/perfil/suitability e preencha o questionário. Ao final, suas respostas serão computadas e o seu perfil será mostrado. Como a sua tolerância ao risco muda ao longo do tempo, é interessante preencher o questionário em outras ocasiões.
Espero que você tenha gostado do artigo. Ficou com alguma dúvida? Quer sugerir algum tema para a gente falar aqui no blog? Comente aqui embaixo que iremos responder o mais rápido possível! Abração.
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