Na hora de tomar as decisões em relação aos seu portfólio, ter atenção ao seu grau de tolerância ao risco e também saber quais são os seus objetivos e horizonte temporal para aquele dinheiro são passos muito importantes. Para saber o quanto você tolera de risco no seu investimento, deverá responder a um questionário de suitability.
O suitability é um questionário que deve ser aplicado pelas instituições financeiras para conhecer o grau de tolerância ao risco dos investidores. Através de algumas perguntas é possível medir a disposição ao risco e analisar a adequação dos investimentos ao perfil, objetivos e conhecimento financeiro do cliente.
Basicamente existem três classificações de perfil do investidor: conservador, moderado e agressivo. Teoricamente quem é enquadrado no perfil conservador tem preferência por produtos com menor risco, esses investidores buscam ter controle e preservação do seu capital. Costuma-se aceitar menor rentabilidade em troca de maior segurança também.
Já investidores moderados estão dispostos a correr um pouco mais de risco em troca de uma maior rentabilidade, porém, sem abrir mão da segurança da carteira como um todo. Uma excelente estratégia para esse perfil é diversificar o portfólio de forma que a maior parte do seu dinheiro esteja em produtos com mais segurança.
Investidores arrojados toleram melhor os riscos, a preferência costuma ser por produtos com expectativa de maior rentabilidade mesmo que não apresentem muita segurança. Geralmente possuem maior conhecimento sobre produtos financeiros e lidam bem com as oscilações do mercado.
No artigo de hoje vamos falar sobre investimentos para quem possui perfil conservador, ou seja, aqueles que podem sentir algum desconforto com as oscilações do mercado. Para esse tipo de investidor fatores como a credibilidade dos gestores e a segurança dos produtos financeiros tem um grande peso.
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O CDB é um título emitido por bancos e caixas econômicas como forma de captação de recursos para financiar suas atividades. Em outras palavras, é como se o investidor estivesse emprestando dinheiro para o banco e recebendo uma taxa como remuneração desse empréstimo.
Existem títulos prefixados, pós-fixados e híbridos, nós títulos pré você conhece o valor que irá resgatar logo na compra do título, nos pós-fixados a remuneração será o % de uma taxa como o CDI, por exemplo, e nos híbridos terá uma parte pré-fixada e outra que varia através de um índice, como por exemplo, o IPCA.
Um ponto que pode dar segurança para o investidor conservador é que ao investir em um CDB ele terá a proteção do FGC que é o Fundo Garantidor de Crédito, assim, caso a instituição financeira venha a falir e não possa cumprir com o compromisso de pagar seus investidores, o fundo devolverá o dinheiro da aplicação. O teto do FGC é de R$ 250 mil por CPF ou banco emissor.
Tesouro Direto
Os títulos do Tesouro são considerados investimentos livres de risco, isso porque contam com a garantia do Tesouro Nacional. Existem hoje na plataforma cinco modalidades de títulos diferentes, entre eles prefixados, pós-fixados e híbridos (assim como os CDBs).
Todos os títulos têm prazo de vencimento, ou seja, uma data para resgatar a sua aplicação. Porém, o Tesouro possui o compromisso da recompra, caso precise vender seu título antes do prazo, o processo é bem simples é só acessar a área do investidor na plataforma do Tesouro a partir das 18h até às 5h nos dias úteis e nos finais de semana e feriados a qualquer momento e dar o comando de venda dos seus papéis.
Sua solicitação será processada no dia útil posterior (D+1), o dinheiro resgatado dos seus títulos irá para sua conta da corretora nesse prazo. Essa, por sua vez, irá repassar os recursos para sua conta do banco também após a solicitação dentro do prazo combinado.
No entanto, algo importante a ser entendido é que o preço e taxas dos títulos públicos apresentam variações ao longo do tempo isso por conta das condições do mercado e das expectativas quanto ao comportamento das taxas de juros. Por exemplo, uma redução na taxa de juros em relação à taxa de compra do título provoca um aumento no seu preço. Já um aumento na taxa de juros provoca uma redução no preço do título. Assim, caso o investidor venda seu título antes do prazo poderá resgatá-lo por um valor diferente do que foi combinado na compra.
LCI e LCA
As siglas significam Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio e ambos são títulos de dívida emitidos pelos bancos com lastro em crédito destinado para esses setores. A grande vantagem dessas aplicações é a isenção de impostos independente do tempo do investimento. Isso porque, por ser tratarem de setores estratégicos da economia do país, o governo isenta o investidor das taxas como forma de incentivar a aplicação nesses ativos.
Assim como o CDB, os títulos poderão ter sua rentabilidade definida de maneira prefixada (ou seja, eu sei hoje quanto renderá na data do vencimento), pós-fixada (a rentabilidade dependerá do indexador, assim, só saberei o valor a receber na data do resgate) ou híbrida com uma parte fixa na taxa e outra variável.
Outro ponto em comum com o CDB, a LCI e a LCA é a proteção do FGC em caso de falência da instituição financeira até o valor de R$ 250 mil por CPF ou conglomerado financeiro. Um ponto que diferencia as aplicações é em relação a rentabilidade, por isentarem os investidores do imposto de renda, as Letras de Crédito costumam render menos que os CDBs. Você pode comparar as taxas na nossa calculadora de taxas equivalentes e avaliar qual título vale mais a pena.
Concluindo
Um investidor com perfil mais conservador prioriza a preservação do seu capital e pode ser mais avesso ao risco. Ter atenção a aspectos como prazo de resgate, segurança e a credibilidade da instituição financeira na hora de investir pode fazer toda diferença. Investir em títulos que possuem garantia e também a possibilidade de uma taxa prefixada por ser uma boa estratégia para aqueles que não desejam correr riscos.
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