Os produtos de renda fixa foram destaque na indústria de fundos em setembro, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Com captação captação líquida de R$ 21,3 bilhões em setembro, os fundos de renda fixa agora somam entrada líquida (aportes menos resgates) de R$ 18 bilhões no acumulado de 2020.
No entanto, quando falamos de rentabilidade, a classe não foi a líder. Apenas quatro das 16 subcategorias superaram o CDI, que oscilou 0,16% no mês passado. Isso porque títulos populares em renda fixa, como o Tesouro Direto, sofreram com as tensões em torno do risco fiscal brasileiro.
Com ameaças de quebra do teto de gastos para financiamento do novo programa social, Renda Cidadã, os investidores passaram a cobrar um prêmio maior pelos títulos emitidos, e o preço dos papéis caiu. No entanto, há diversos tipos de ativos nos fundos de renda fixa. Conheça alguns deles:
Tipos de fundo de renda fixa
Os fundos referenciados são atrelados a um determinado indicador. Um exemplo são os famosos fundos DI, por exemplo, que seguem o CDI. Esses produtos destinam seu patrimônio principalmente para os títulos públicos, com bastante liquidez e baixo risco associado. Já os fundos não referenciados não são ligados a nenhum índice — o que dá mais liberdade para os gestores.
Os fundos de crédito privado podem reunir uma cesta variada de dívidas corporativas, como debêntures, CDBs, LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), LCIs (Letras e Crédito Imobiliário). Para serem classificados dessa maneira, o produto deve ter 50% do patrimônio nesses tipos de títulos.
Por serem produtos mais sofisticados e com menor liquidez, exigem atenção especial do investidor: não protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), o rating das empresas emissoras pode dar uma ideia do risco de calote no investimento.
Por fim, os fundos de dívida externa, que foram o que melhor performaram em setembro, aplicam pelo menos 80% dos seus recursos nos débitos de um país no exterior.