Com a variedade de investimentos existentes no mercado está cada vez mais simples começar a investir. O que antes era privilégio para pequenos grupos de pessoas, hoje, se tornou uma realidade acessível. Entretanto, para fazer uma boa escolha é necessário entender como funciona a remuneração de prefixados e pós-fixados.
Decidir qual será o melhor ativo para a sua carteira de investimentos, pode se tornar uma dor de cabeça, se não houver o conhecimento sobre as formas de remuneração.
Sobretudo, para investidores iniciantes é essencial ter uma base sólida de conhecimento para não cair em ciladas. Isso porque, existem muitas pessoas que se apresentam como “guru das finanças” prometendo retorno fácil e com porcentagens que não condizem com a realidade.
Como resultado, o investidor que não se preparou perde não somente o dinheiro investido. Mas, também, a confiança de fazer novas aplicações em investimentos que são seguros. Assim, ficará cada vez mais distante de atingir as metas que estabeleceu.
Por isso, entender o que são os prefixados e pós-fixados é o primeiro passo para começar a fazer parte do mundo dos investimentos.
Onde encontrar prefixados e pós-fixados?
A maioria dos investimentos prefixado e pós-fixado fazem parte da modalidade de renda fixa. A principal vantagem é que o investidor consegue simular os ganhos dos juros compostos. Por isso, é considerada uma modalidade de baixo risco e é ideal para todos os tipos de perfis de investidores.
No App Renda fixa, existem diversas calculadoras para facilitar na hora da decisão. Será possível visualizar em segundos, quanto o seu dinheiro irá render, de acordo com o prazo selecionado. Além disso, será levado em consideração se o ativo é prefixado ou pós-fixado.
O que são os investimentos prefixados?
Este tipo de remuneração estabelece uma taxa para o investidor no momento da aplicação. Como o próprio nome sugere, a taxa será previamente combinada no instante em que o investidor executar a ordem de compra do título.
Como resultado, é possível prever exatamente qual será o valor bruto conquistado no final do prazo da aplicação. Já o valor líquido também pode ser previamente calculado. Pois na renda fixa a tributação segue uma tabela específica de acordo com o prazo da aplicação.
Por exemplo, supondo que uma investidora optou por um CDB (Certificado de Depósito Bancário) com uma taxa de 12,50% ao ano. Em 2021, decidiu aplicar R$1.000,00 pelo prazo de 540 dias, que corresponde a 1 ano e meio, e após este período recebeu R$1.191,10 de valor bruto.
Em outras palavras, antes mesmo de chegar no ano de 2023, a investidora sabia exatamente qual o prêmio receberia pela aplicação.
A vantagem na taxa prefixada, é justamente a previsibilidade de retorno, pois independe de como o cenário econômico estará. Tende a ser ideal para investidores que preferem não se expor a incertezas da economia e até mesmo para compor a parte defensiva da carteira de ativos.
Além disso, pode ser utilizado de forma estratégica. Escolher a modalidade prefixada de renda fixa pode ser ideal quando as projeções econômicas apontarem para redução na taxa de juros. No momento, a taxa SELIC, que representa a taxa de juros citada está no menor patamar histórico na casa de 2% no ano de 2021.
Desta forma, se os juros caírem ainda mais, o investidor não terá a rentabilidade afetada pela mudança. Pois, já determinou a taxa no ato da aplicação.
Pós-fixados
Na renda fixa existe o retorno através das taxas pós-fixadas. Agora que você já entendeu como funciona os prefixados será mais intuitivo e simples de entender o funcionamento do pós-fixado.
O retorno das aplicações dependerá do cenário econômico. Isso porque a taxa estará atrelada a um indexador. Como resultado, o investidor saberá o retorno no final da aplicação.
Acima de tudo, é possível especular qual será o retorno em períodos mais curtos.
O investimento pode ser indexado à inflação. Ou seja, o retorno da aplicação será capaz de manter o poder de compra do investidor no final do prazo. O IPCA (Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo) é usado para medir a inflação e é frequentemente utilizado como indexador dos pós-fixados.
Outro indexador famoso na renda fixa é o CDI. O Certificado de Depósito Bancário é frequentemente utilizado nos pós-fixados e acompanha os valores da taxa SELIC.
Em suma, o retorno da aplicação dependerá do indexador que está atrelado à aplicação. Supondo que o CDI caiu de 4% para 3% ao ano. Embora muitas pessoas pensem que perderão 1% dos valores aplicados, isto não acontece. Após esta mudança o investidor passa a ser remunerado em 3%. Ou seja, ele deixa de ganhar 1% que estava previsto, porém, não perde o que já foi conquistado anteriormente.
Tendo em vista o histórico do país, o ideal é adquirir pós-fixados curtos, pois são mais previsíveis.
Em 2015, a taxa SELIC chegou ao patamar de 15% ao ano e, o CDI que acompanha esta taxa ficou no mesmo patamar. Quem adquiriu títulos com prazo de 5 anos, no último período recebeu 2% ao ano em agosto de 2020. Por isso, é importante ficar alerta com os prazos do pós-fixado.
Aplicar em pós-fixados é uma boa opção quando as projeções econômicas indicam alta na taxa de juros. Além disso, pode servir como estratégia para manter o poder de compra, em longos períodos, quando atrelado ao IPCA que replica a inflação.
Prefixado e pós-fixado: Qual o melhor?
A decisão para investir entre um prefixado e pós-fixado vai depender do objetivo do investidor. Não existe um investimento genérico, cada pessoa tem uma aplicação específica para o momento de vida que vive.
No entanto, é possível decidir através das metas e prazos de aplicação. Se o objetivo é a aposentadoria e independência financeira é imprescindível que a carteira sempre ganhe da inflação. Assim, o investidor terá o poder de compra garantido com o passar dos anos.
Certamente, ativos atrelados ao IPCA serão eficazes. Para encontrá-los o investidor pode optar por títulos públicos que são disponibilizados pelo Tesouro Nacional através do Tesouro Direto. Em segundo lugar, pode-se optar pela renda fixa privada que possui a segurança do Fundo Garantidor de Créditos.
Neste sentido, o investidor protegerá os valores das oscilações da economia e terá garantido o seu poder de compra.
Para simular a rentabilidade do Tesouro IPCA, basta acessar a calculadora do APP Renda Fixa. Nela será possível adicionar até mesmos os valores dos aportes mensais. Além disso, terá uma visão geral dos valores que irá receber no caso de um resgate antes do prazo.
Em contrapartida, se o objetivo é visando o curto e médio prazo, pode ser mais interessante os prefixados. Isso porque, é possível prever qual será o valor conquistado no final da aplicação.
Na mesma linha, é importante observar a inflação. Pois, se a porcentagem for maior do que a taxa prometida, no momento da aplicação, a sua rentabilidade real é zero.
Portanto, a escolha é sempre baseada nas suas metas pessoais. Feito isso, é interessante ter em mente o prazo da aplicação para, enfim, observar o cenário econômico e decidir se optará por um investimento prefixado ou pós-fixado.
Compartilhe conosco a sua experiência, você já investiu em investimento prefixado e pós-fixado?
Bons investimentos e até a próxima!