FII na prática!
Os fundos imobiliários são uma excelente forma para diversificar a carteira de investimentos. Entretanto, por se tratar de renda variável é necessário alguns cuidados antes de investir.
Também conhecidos como FIIs (Fundos de investimentos Imobiliários), são aliados na hora de montar um portfólio. Isso porque, muitos distribuem os proventos que são isentos de Imposto de Renda. Para aqueles que desejam viver de renda, esta é uma maneira de ter renda recorrente de forma passiva.
Além disso, existem diversos tipos de fundos de investimentos imobiliários.
Desta forma, encontrar o tipo de ativo que se adequa melhor ao seu perfil de investidor e, sobretudo, que se encaixe nas suas metas se torna mais simples e prático.
Neste artigo, você conhecerá os tipos de fundos imobiliários e como funciona cada um deles. Além disso, é possível aplicar em todas as categorias COM MENOS DE R$100,00. Por isso, busque mais conhecimento neste ativo para diversificar sua carteira.
Fundo de Tijolo
Este tipo de fundo imobiliário é o mais simples de entender para começar a investir. Na prática, são imóveis físicos que não se encontram em fase de construção.
As obras concluídas podem ser destinadas a apartamentos, rede de condomínios entre outros. O tipo de fundo leva este nome porque, de fato, o “tijolo” trás à tona a referência de um ativo físico.
Em primeiro lugar, a vantagem nesta categoria é que o investidor não precisa comprar um imóvel para ser sócio ou dono de um. Com este fundo, o investidor não terá dor de cabeça com inquilinos e até mesmo contratos burocráticos.
A procura por esta categoria é alta. Pois, os imóveis estão prontos para ser alugados e gerar valorização ao longo do tempo. Acima de tudo, os proventos mensais, também conhecidos como “aluguéis” são ideias para ter uma renda passiva.
Desenvolvimento imobiliário
Para aqueles que possuem mais apetite ao risco, a modalidade de desenvolvimento imobiliário é uma opção.
Ao contrário dos fundos de tijolos, como o próprio nome sugere, o de desenvolvimento imobiliário não possui obras 100% concluídas.
O investidor ao adquirir uma cota do fundo imobiliário de desenvolvimento está, consequentemente, comprando o risco junto com o fundo e empreendedores. Isso porque, as obras geralmente estão na fase inicial, e quando finalizadas são vendidas.
Como resultado, o potencial de ganho é maior desde que haja boa administração, localização favorável e demanda para o empreendimento.
Os riscos envolvidos é a obra ser paralisada caso a prefeitura não conceda a licença ambiental além de outras autorizações como, por exemplo, o habite-se. Na mesma linha, o embargo das obras e caso a obra seja mais cara do que foi previsto o cotista pode ter prejuízos.
Pois, as cotas são negociadas na bolsa de valores. Como resultado, o mercado tende a antecipar os movimentos. Se houver sinais de que a obra não será finalizada, ou qualquer outra intercorrência com relação a prazos, as cotas serão afetadas.
Renda de aluguéis: A hora e a vez da renda passiva
Esta modalidade é ideal para os investidores que possuem perfil moderado e até mesmo para os conservadores que desejam ter uma pequena exposição dos FIIS.
Os fundos imobiliários de renda empreendimentos 100% construídos que conseguem seus lucros através do aluguel. Portanto, possuem renda previsível, pois as empresas alugam estes imóveis através de contratos com duração de anos.
Mas, fique atento se você for um investidor iniciante, para não adquirir cotas de fundo imobiliário de mono inquilino. Este é um risco alto! Pois, caso o único inquilino faça a rescisão do contrato, o fundo irá despencar as cotas.
O benefício deste tipo de fundo é justamente a recorrência de ganhos provenientes de aluguéis. Na maioria das vezes, este aluguel é reajustado anualmente pelo IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) calculado pela Fundação Getúlio Vargas.
Confira quais as modalidades dos fundos imobiliários de renda para investir:
Shoppings Centers
Os fundos de shoppings possuem uma característica marcante pois são CÍCLICOS. No período de final de ano a receita é maior em função do aumento do consumo fomentado pelo 13º salário e compras de final de ano e início das aulas escolares em janeiro.
Acima de tudo, este tipo de fundo vem de encontro a situação econômica do país e desempenho do varejo.
Desta forma, a renda passa a ser recorrente pelo fato das lojas efetuarem o pagamento todos os meses.
Devido a pandemia do COVID-19, os fundos imobiliários de shoppings foram fortemente afetados. Por isso, vale a pena analisar quais os shoppings estão no fundo imobiliário, além disso verificar a localidade de cada um. Assim, terá um panorama geral da recuperação desse ativo.
Galpões logísticos e industriais: Tendência para 2021
Os galpões logísticos servem para armazenar o estoque de produtos das lojas de varejo e e-commerce. Em função do aumento de compras online, esta modalidade se destacou.
Por outro lado, os galpões industriais servem para alocar os insumos, matérias primas e maquinário de indústrias.
Em resumo, são bem parecidos com os de shoppings. Porém, sem a gama de diversificação proporcionada pelas lojas.
Fundos imobiliários de papéis
O fundo imobiliário de papel investe em renda fixa. Especialmente em CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e LCI (Letras de Crédito Imobiliário) que servirão como o lastro da operação.
São opções viáveis para perfis moderados e conservador que já possuem a reserva de emergência e desejam diversificar.
Na prática, o investidor está adquirindo o direito de receber os juros da operação concedidos a partir da construção ou até mesmo aquisição de imóveis. O gestor, por sua vez, pode comprar e vender fazendo uma gestão ativa para o fundo.
Além disso, o gestor pode comprar vários papéis de recebíveis para diversificar este fundo. Esta modalidade possui boas perspectivas em função da pandemia, mas, não há porque deixar de fora as demais modalidades
FOFs – Funds of Funds
Agora que você já possui o conhecimento dos tipos de fundos, será fácil entender do que se trata os FOFs. Na prática, são fundos que aplicam em outros fundos.
Em outras palavras, o gestor pode aplicar em fundos de tijolos, desenvolvimento e papéis na mesma carteira. Como resultado, existe a diversificação dentro desta modalidade.
Ademais, o gestor, identifica os fundos imobiliários que em sua percepção estão com as cotas abaixo do que está precificada e investe. Esta modalidade ainda é recente no Brasil, entretanto, pode ser uma boa porta de entrada para investidores iniciantes devido a diversificação proporcionada.
Os FOFs são uma maneira de equilibrar o risco e conquistar valorização de mercado.
Bons investimentos e até a próxima!!