Por: Banco Bari
O surgimento de novos bancos digitais, apresentando alta rentabilidade e isenções de tarifas, tem despertado o interesse de muitos consumidores, que por sua vez ainda sentem insegurança em mudar de instituição financeira. Mas afinal, os novos bancos digitais são seguros para você depositar nele suas economias?
A resposta é: depende de uma série de fatores. Além de verificar as funcionalidades do seu banco digital e o pacote de benefícios oferecido, é preciso prestar atenção a alguns detalhes.
Três perguntas são fundamentais para definir a escolha da instituição financeira na qual você vai confiar para depositar seus recursos:
- É um banco sólido e que opera de acordo com as normas do mercado financeiro brasileiro?
- Oferece recursos tecnológicos que possibilitam realizar transações, investimentos ou qualquer outro serviço de maneira simples e ágil?
- Disponibiliza canais de atendimento para resolução de problemas ou retirada de dúvidas de forma eficaz?
- Que tipo de pacotes de tarifas cobra dos correntistas?
Os correntistas que têm investimentos ou outros produtos, como seguros e previdência nos bancos tradicionais, costumam ser isentos de tarifas. Mas, na maior parte das vezes, isso não ocorre com os pequenos investidores ou com aqueles que estão começando a construir um patrimônio. E as tarifas podem pesar, levando parte importante das economias.
O surgimento dos bancos digitais tornou a concorrência mais acirrada. Hoje há opções de instituições financeiras aptas a cuidar bem dos seus recursos, com tarifa zero e com recursos tecnológicos seguros, que vão facilitar seu dia a dia. Basta pesquisar e comparar!
Mas além desses pontos, é bom verificar se a instituição financeira está registrada no Banco Central, qual seu Índice de Basileia e conhecer, também, os limites de garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), como explicaremos a seguir:
Registro no Banco Central
É importante saber que, para operar no Brasil como instituição financeira, é necessário ter um registro no Banco Central (Bacen), autarquia do Governo Federal responsável por autorizar e supervisionar as instituições bancárias brasileiras.
No site do Bacen é possível não apenas conferir se o banco está autorizado a funcionar, mas também como foi registrado, pois existem diversas categorias: Banco Comercial, Banco de Investimentos, Banco Múltiplo etc.
Para fazer esta consulta, é simples: basta acessar https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/encontreinstituicao e digitar o nome da instituição financeira. Na mesma página, é possível também conhecer as demonstrações financeiras dos bancos que operam regularmente no país, seu corpo de executivos, entre muitas outras informações.
Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Para dar garantia ao sistema bancário brasileiro foi criado, em 1995, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), seguindo uma tendência internacional. Este fundo surgiu a partir de uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) ao autorizar o próprio sistema financeiro brasileiro, formado por instituições públicas e privadas, criar um fundo comum que pudesse servir como proteção para os correntistas do sistema bancário e investidores.
Na prática, este fundo garante a todo correntista ou investidor em determinados tipos de aplicações uma espécie de seguro de até R$ 250 mil por CPF na mesma instituição financeira.
Estão cobertos pelo FGC: valores em conta corrente, caderneta de poupança e aplicações de renda fixa como Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).
Não estão cobertos pelo FGC: fundos de investimento, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Debêntures, entre outros.
Mas o FGC hoje faz muito mais do que agir como garantidor de crédito em um momento em que alguma instituição financeira pode ter problemas de solvência. Os profissionais que atuam no FGC são preparados para atuar de forma preventiva em todo o sistema bancário e financeiro.
O Índice de Basileia
Criado em 1988 na cidade de Basileia, Suíça, é um dos indicadores mais importantes para sinalizar se a instituição é sólida , apresentando segurança para correntistas e investidores. Ele se aplica não apenas a bancos, mas também corretoras e financeiras, sendo um indicador internacional.
De forma simplista, o Índice de Basileia mostra o grau de endividamento do banco a partir de uma média de referência. Assim, instituições que tenham um percentual próximo do considerado sustentável apresentam maior segurança.
A fórmula do índice é a divisão do Patrimônio de Referência (capital principal, mais capital complementar da instituição financeira) pelos ativos ponderados pelo risco. O resultado é um percentual. Mas você não precisa se preocupar em entender a fórmula ou em fazer o cálculo, pois o Bacen não apenas faz isso para os correntistas e investidores como divulga periodicamente em seu site tanto o percentual mínimo exigido como o índice atribuído a cada banco.
Atualmente o Índice de Basileia mínimo exigido no Brasil é de 11%, já acima do padrão internacional, que é de 8%. Na prática, quanto mais alto o percentual do banco, melhores as condições da instituição em relação à liquidez e sustentabilidade do negócio.
As instituições com Basileia menor, que tendem a apresentar maior risco, costumam oferecer taxas maiores para suas emissões em renda fixa, como CDBs. Na outra ponta, instituições com Basileia alta, em geral, oferecem taxas menores para esses papéis, uma vez que o risco do investidor também é menor. Ou seja: é preciso avaliar sempre a equação entre risco e oportunidade de retorno.
Os bancos, corretoras e financeiras brasileiras são obrigadas a reportar o Índice de Basileia em suas demonstrações financeiras trimestrais (no caso das que têm ações negociadas em bolsa de valores) ou semestrais. E essas demonstrações estão disponíveis no website das próprias instituições ou no Bacen (Link: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/encontreinstituicao).
O Banco Bari é uma instituição financeira reconhecida pelo Bacen e associada ao Fundo Garantidor de Crédito, fazendo parte de um grupo financeiro que opera o ciclo completo de originação e securitização de crédito há mais de 25 anos. Conheça o Banco Bari clicando aqui.