Compreender
os riscos envolvidos em um investimento é fundamental para se preparar e se
planejar estrategicamente. Nesse sentido, entender o risco de liquidez é um
conhecimento essencial para aqueles que desejam obter melhores resultados no
mercado financeiro.
A escolha
entre alternativas de alta ou baixa liquidez deve considerar aspectos como o
perfil do investidor, seus objetivos financeiros e estratégias. Dessa forma,
quem investe precisa ter as informações necessárias para tomar uma decisão mais
alinhada com suas necessidades e metas.
Se você
quer aprimorar seus conhecimentos sobre o assunto, confira neste artigo o que é
risco de liquidez e como gerenciá-lo em seu portfólio!
O que é o risco de
liquidez nos investimentos?
Para
começar, você precisa entender o conceito de liquidez. Ele representa a facilidade e
rapidez com que um ativo financeiro pode ser convertido em dinheiro. Ou seja,
quando a liquidez é alta, o processo de acesso aos recursos é rápido. Já quando
a liquidez é baixa, a conversão do investimento em dinheiro tende a demorar
mais.
Quando se
fala em risco de liquidez, o conceito faz referência à possibilidade de
enfrentar dificuldades ao resgatar ou vender um investimento no momento
desejado e pelo montante planejado.
Esse
risco pode estar presente em diversos tipos de ativos, desde títulos de renda
fixa até ações e imóveis. Para os investidores, é importante avaliar o
vencimento e as condições de liquidez de cada investimento para garantir que
estejam alinhados aos seus objetivos e necessidades.
Como identificar os
riscos de liquidez?
Ao
avaliar os riscos de liquidez, é essencial analisar algumas características
específicas de cada ativo para identificá-los. Por mais que o conceito seja
único, a sua aplicação tem distinções a depender da classe ou tipo de
investimento.
Veja mais
informações considerando as diferentes oportunidades do mercado financeiro!
Risco de liquidez nos títulos de renda fixa
Por
exemplo, ao avaliar o risco de liquidez na renda fixa, é comum observar se o
título tem liquidez diária, permitindo o resgate a qualquer momento, ou se
apresenta carência.
Ela
representa um período durante o qual não é possível fazer o resgate. Em alguns
casos, a carência pode acabar antes do vencimento, garantindo um período de
liquidez diária ao investidor, por exemplo. Em outros, a carência termina no
vencimento.
Nesse
cenário, um título de liquidez diária tem baixo risco de liquidez, enquanto aquele
que tem resgate apenas no vencimento tem liquidez mais baixa e um risco maior.
Nos casos
em que não há liquidez diária, é possível negociar a aplicação no mercado
secundário, mas isso expõe o investidor aos efeitos da marcação a mercado,
podendo gerar perdas. Ainda, é preciso encontrar investidores interessados no
título para conseguir se desfazer dele antes do vencimento — também gerando
risco de liquidez.
Risco de liquidez na bolsa de valores
Já em
investimentos na bolsa de valores, o risco de liquidez tem mais relação com a
oferta e demanda. Lembre-se de que, nessa classe, não há prazo de resgate,
sendo que os ativos e derivativos são negociados entre os interessados via home
broker.
Aqui,
para entender o risco de liquidez, é comum pesquisar o volume de negociação do
ativo. Se ele é maior, há uma alta liquidez. Caso contrário, o indicador será
baixo.
Risco de liquidez em fundos negociados em plataforma
Por fim,
é preciso identificar a liquidez nos fundos de investimento negociados em
plataforma. Nesse caso, as regras variam a cada fundo: alguns permitem resgate
a qualquer momento, enquanto outros possuem períodos de carência.
Também é
preciso observar o prazo de cotização e liquidação — que formam o prazo de
resgate. O primeiro se refere ao tempo para converter a cota em dinheiro. Já o
segundo envolve o período exigido para o fundo realizar o depósito dos recursos
na conta do investidor.
Para
identificar essa característica em um fundo, basta verificar o prazo
representado como “D+X”. Um fundo com prazo D+1 garante o resgate no dia útil
após a solicitação. Já um fundo D+30 completaria o processo em 30 dias úteis.
Como o risco de liquidez
pode afetar os seus investimentos?
O risco
de liquidez pode ter um impacto significativo nos investimentos, afetando
diretamente a capacidade de o investidor acessar seu dinheiro quando
necessário. Esse entendimento é facilitado ao se pensar no exemplo de imóveis.
O
vendedor precisa disponibilizar o bem, encontrar um comprador e esperar todo o
processo burocrático da transação para receber o dinheiro referente à
negociação. A probabilidade de encontrar uma pessoa ou empresa disposta a
comprar rapidamente e à vista não costuma ser grande.
Logo,
investimentos imobiliários são considerados de baixa liquidez, porque reaver o
dinheiro aplicado pode levar tempo considerável ao investidor. Muitas vezes,
inclusive, isso pode fazer com que seja preciso baixar o preço — aumentando o
risco de mercado.
Títulos
de renda fixa, por outro lado, podem apresentar alta ou baixa liquidez,
dependendo da carência. As aplicações do Tesouro Direto, por exemplo, garantem liquidez
diária — exceto nas aplicações RendA+ e Educa+, que apresentam uma carência de
60 dias — logo, têm baixo risco de liquidez.
Quando o
investimento só pode ser resgatado no vencimento ou nas situações que podem
envolver dificuldade de venda, o risco de liquidez é alto. Portanto, é
essencial que os investidores considerem essas questões ao compor a sua carteira de investimentos, considerando cada
objetivo.
Como gerenciar e
proteger sua carteira do risco de liquidez?
Agora que
você conhece diferentes informações relacionadas a esse risco, é hora de
entender como administrá-lo em seu portfólio. Uma das principais formas de
mitigar o risco de liquidez é diversificar os investimentos.
Ao
distribuir os recursos em diferentes alternativas, você reduz a exposição a
eventuais dificuldades de resgate de um único investimento. Além disso, vale a
pena manter uma reserva de emergência em uma aplicação de liquidez diária para
lidar com imprevistos e despesas inesperadas.
Ademais,
antes de investir, é fundamental entender as condições de resgate ou venda de
cada ativo para direcionar as suas decisões. Então avalie se as condições de
liquidez atendem às suas necessidades financeiras e objetivos de investimento.
Para
complementar o gerenciamento de riscos, lembre-se de que estabelecer um
planejamento financeiro sólido ajuda a evitar situações de necessidade urgente
de resgate. Assim, você consegue manter os seus investimentos por prazos mais
adequados à sua estratégia e evita perdas que podem surgir em resgates
antecipados ou venda em períodos de baixa.
Conhecendo
o risco de liquidez, você terá mais tranquilidade para otimizar sua estratégia
e proteger seus investimentos. Lembre-se de que essa gestão deve estar alinhada
com seus objetivos e perfil de investidor a fim de encontrar o equilíbrio entre
resgate facilitado e rentabilidade esperada.
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