O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos principais produtos de renda fixa disponíveis no mercado nacional, e um dos títulos queridinhos de boa parte dos investidores – principalmente por oferecer rentabilidade superior à da caderneta de poupança.
O CDB pode ser pós ou prefixado, e sua rentabilidade varia de acordo com o banco que oferece o produto, com o tempo do aporte e a quantidade investida e o tipo de certificado escolhido pelo investidor. Mas você sabia que, independente destas características, é possível turbinar a rentabilidade do Certificado de Depósito Bancário?
Quer saber como? Então continue a leitura do artigo de hoje, entenda um pouco mais sobre o CDB e saiba como melhorar a rentabilidade do seu investimento!
O que é o CDB?
O Certificado de Depósito Bancário – CDB é um título de renda fixa emitido pelas instituições financeiras brasileiras, que garante ao portador a devolução do valor pago pelo título – como uma espécie de empréstimo ao banco – acrescido de juros ao final de determinado período. Desta forma, no vencimento do título, o investidor recebe o valor investido na aplicação e os rendimentos do período.
É como se você emprestasse parte do seu capital ao banco – em uma situação inversa do que costuma ocorrer, e a instituição financeira lhe devolve este “empréstimo” mais juros. O dinheiro captado pelo banco através dos CDBs são utilizados para viabilizar empréstimos aos clientes do banco, das mais diversas maneiras.
Como o CDB funciona?
Os CDBs costumam ser oferecidos pelos bancos diretamente aos correntistas. Por conta desta comodidade e facilidade que o cliente tem de aplicar em CDB diretamente pelo Internet Banking e receber seus rendimentos em conta, esta modalidade acaba sendo bastante popular entre os investidores – principalmente entre os pequenos poupadores.
Você não precisa, necessariamente, comprar um CDB no banco onde possui conta – apesar desta ser uma opção bastante escolhida pelos investidores. É possível pesquisar as instituições financeiras que oferecem os melhores rendimentos e taxas e escolher aquela que valer mais a pena para o investidor.
A definição dos rendimentos de um Certificado de Depósito Bancário é definida no ato da contratação do título, e varia de acordo com o prazo de vencimento do CDB, com o valor total aplicado e com o tipo do título – se prefixado ou pós-fixado. Cada banco emissor, no entanto, tem a liberdade de oferecer os rendimentos que julgar conveniente aos clientes nesta modalidade de investimento.
Este investimento possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege o investidor em uma soma total de até R$ 1 milhão investidos em um período de 4 anos – limitada a R$ 250 mil por instituição por CPF. Desta forma, caso a instituição bancária emissora do seu CDB quebre, o fundo lhe garantirá o valor investido dentro dos limites estabelecidos.
Tipos de CDB
A rentabilidade dos CDBs varia de acordo com o tipo de certificado escolhido e, por isso, é importante se atentar na hora escolha. Conheça os tipos de CDBs disponíveis para o investidor:
CDB Pós-Fixado
– Atrelado ao CDI:
O Certificado de Depósito Bancário pós-fixado e atrelado ao CDI é o tipo mais comum entre os investidores. Neste caso, o investidor recebe um percentual da variação do CDI no período do título.
Imagine que você encontre um CDB que ofereça aos investidores 100% do CDI por ano. Se o CDI no período for de 10%, por exemplo, a rentabilidade bruta do seu investimento será de 10% no ano. Caso você tenha investido R$ 1.000 nesta situação hipotética, você teria R$ 1.100 ao final de um ano.
– Indexado à inflação:
Os CDBs indexados à inflação são vinculados a um determinado índice – com o IPCA, por exemplo, e o rendimento é composto pela variação do índice acrescido de juros prefixados. Neste caso, o investimento acaba tendo um ganho real no período ao mesmo tempo que recebe a correção pela inflação neste mesmo espaço de tempo.
CDB Prefixado
Os Certificados prefixados são aqueles nos quais a taxa de juros incidente sobre o título é definida no momento da aplicação. Isso quer dizer que o investidor saberá exatamente o valor que terá direito a resgatar no vencimento do título.
Imagine que um banco lhe oferece um CDB com rendimento de 9% ao ano. Neste caso, se você resgatar o título após um ano, resgatará o valor de R$ 1.090,00 – sem descontar os impostos.
Como melhorar a rentabilidade do seu CDB?
Muitos investidores ainda não sabem, mas é sim possível melhorar a rentabilidade do CDB. Existem, basicamente, duas formas principais de turbinar os rendimentos provenientes deste produto de renda fixa. Conheça cada uma delas:
Investindo em bancos menores
Devido à garantia que o FGC oferece em relação às aplicações em CDB dentro dos limites estabelecidos pelo fundo, o investidor acaba tendo certas vantagens no que se refere à rentabilidade do investimento.
Isso porque, nesta situação, investir em bancos maiores (que costumam oferecer rentabilidades mais baixas) ou em instituições menores (que tendem a oferecer taxas mais atrativas ao investidor), representa o mesmo risco que, graças ao FGC, é praticamente nulo.
Desta maneira, o investidor consegue turbinar a rentabilidade do seu CDB realizando aportes em bancos menores, que possuem rentabilidades atrativas e oportunidades, inclusive, para quem não possui grandes somas para investimentos.
É importante ressaltar, no entanto, a importância de investir dentro dos limites previstos pelo FGC. Para estarem cobertos pelo fundo, os investidores podem aportar até R$ 250 mil em cada instituição financeira, respeitando o limite global de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos.
Na hora de escolher o melhor CDB para investimento, portanto, vale a pena ficar atento às oportunidades que aparecem em bancos menores, evitando aplicar no primeiro banco que lhe fizer uma oferta ou na instituição bancária que você mais utiliza no dia a dia. Pesquise, analise e encontre opções de investimentos que possam lhe trazer melhores resultados.
Abrir mão da liquidez
Uma outra maneira de melhorar a rentabilidade do seu CDB é abrir mão da liquidez do investimento. Isso significa optar por CDBs com prazo de resgate mais longos – como 1 ou 2 anos, por exemplo, que costumam oferecer taxas mais atrativas na comparação com títulos de resgate imediato.
Para que esta escolha seja feita de maneira sólida e consciente, no entanto, é preciso que o investidor tenha bem definido em mente o seu planejamento financeiro para curto, médio e longo prazo. Muitas vezes o investidor que não possui objetivos financeiros definidos acaba optando por CDBs com prazos mais elásticos e, consequentemente, sofrendo com a falta da liquidez em momentos de necessidade justamente por conta da falta de planejamento e organização de suas finanças.
Para evitar cair nesta cilada, defina suas metas pessoais e identifique quais investimentos serão aportados para realizá-las no curto, no médio e no longo prazo. Além disso, é importante ter uma reserva de emergência que lhe ofereça uma certa tranqüilidade financeira em caso de necessidade – evitando, portanto, que a falta de liquidez de um CDB, por exemplo, lhe traga dores de cabeça futuras.
Conclusão
Se você investe ou deseja investir em CDBs e quer melhorar a rentabilidade do seu investimento procure se atentar às oportunidades oferecidas por bancos menores e aos investimentos com prazos mais longos, que tendem a entregar uma rentabilidade mais interessante para o investidor.
Independente da sua escolha, não se esqueça de planejar-se financeiramente antes da realização de qualquer aporte. Um bom planejamento financeiro é e sempre será uma peça fundamental para a conquista de boas rentabilidades e a escolha dos melhores investimentos para cada investidor.
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