Os Títulos de Renda Fixa são divididos em dois grandes grupos:
- Títulos Privados
- Títulos Públicos
Os Títulos Públicos são títulos de dívida do governo federal que são originados para captação do capital utilizado no sustento das operações da máquina pública.
Em paralelo, os Títulos Privados são títulos de dívida de bancos e financeiras, que por sua vez são repassados como empréstimos e financiamentos para pessoas físicas e/ou empresas que também necessitem de capital.
Tendo isso em vista, os títulos do Tesouro Direto são os títulos que apresentam o menor risco de crédito (praticamente zero), pois são garantidos pelo Tesouro Nacional e, por esse motivo, são até mais seguros que a poupança. Além disso, esses títulos apresentam liquidez diária, ou seja, podem ser resgatados todo dia útil e apresentam um valor de investimento mínimo baixo, de R$ 30 ou 1% do valor do título (P.U.), o que for maior.
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No caso dos títulos privados, o grau de risco varia de instituição para instituição. O que devemos olhar, quando pensamos em risco, é quem de fato é o emissor daquele título e não a corretora, pois, a partir do momento em que você investe em um título pela corretora, você estará transferindo seu dinheiro para a instituição financeira emissora e seu título ficará “guardado” em seu nome/CPF na CETIP, independente da corretora.
Assim, se o emissor do título em que de fato você aplicou for a falência, você perderá todo seu dinheiro. No entanto, para que não houvesse um colapso do mercado financeiro caso uma grande instituição quebrasse e ainda para dar mais segurança ao investidor, foi criado, em 1995, o Fundo Garantidor de Créditos – FGC, com o objetivo de prestar garantia de créditos contra instituições dele associadas. Atualmente, o FGC garante até R$ 250.000 por CPF, por instituição, sendo assim uma forma de assegurar o investidor contra uma possível perda. Ademais, existem agências especializadas em medir qual o grau de risco de cada instituição financeira, levando em consideração a possibilidade de calote.
Confira a seguir a escala de classificação de risco das 3 maiores agências especializadas: Fitch, S&P e Moody’s. No app é possível ver qual a nota de risco e qual a agência classificadora do emissor nas informações de cada título, caso a instituição financeira emissora esteja classificada.
Portanto, apesar do FGC garantir boa parte dos investimento hoje no Brasil, e este é um dos principais fatores do crescimento do mercado de renda fixa no país, sempre é muito importante saber quem de fato é o emissor do título e qual o seu risco.
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