Na estreia do novo presidente do Banco Central, a decisão do comitê foi de manter, mais um vez, a SELIC em 14,25%.
A SELIC, taxa básica de juros do Banco Central, é definida como custo primário do dinheiro, pois todas as operações de juros se norteiam a partir dessa variável, considerada como taxa livre de risco.
Isso se dá devido ao fato de ser a taxa em que o Tesouro Nacional, em teoria a entidade mais segura do país, paga na captação de recursos. Basicamente, o governo precisa de dinheiro para sustentar suas atividades e por isso financia seus gastos através da dívida pública, pagando como juros a SELIC.
No entanto, a taxa SELIC de 14,25% a.a. é a taxa meta, visada como objetivo, enquanto a taxa de fato praticada é a SELIC-over (diária), que hoje está em 14,15% a.a.
Beleza, mas e aí? Para que serve a SELIC?
Bom, de utilidade direta, prática e tangível, a SELIC é a taxa que remunera um título do Tesouro Direto, o Tesouro SELIC (LFT), logicamente..
Mas não é só isso, como descrito acima, a SELIC serve para balizar todos os investimentos em renda fixa, então a alteração em seu valor reflete em outros investimentos, como CDB atrelado ao CDI, até os pré-fixados.
A utilidade principal dessa taxa, é agir como uma ferramenta de controle indireto da inflação, pois ao elevar seu valor todos os financiamentos começam a ficar mais caros e assim, tanto as empresas como os consumidores acabam por consumir menos produtos, dado o preço e a falta de crédito, que por fim obriga os produtores e varejistas a reduzirem os preços, baixando assim a inflação.
Esse instrumento é uma faca de dois gumes e não funciona diretamente no controle da inflação, pois está atrelada a outros fatores além da demanda por produtos, como inflação cambial, de custos e etc.
O sentido de ser uma faca de gumes se dá por uma redução no crescimento da empresas, porque assim como para os consumidores, o custo de financiamento fica mais caro e dessa forma as empresas investem menos, contratam menos, e finalmente, crescem menos.
Portanto, esse é o cenário que vivemos no Brasil hoje. A inflação está alta e por isso o Banco Central está mantendo a SELIC também alta para que surta efeito – e está funcionando, mas devagar – na queda do IPCA, principal índice de inflação. A partir do ponto que o IPCA estiver sinalizando e caminhar para o centro da meta de 4,5%, a SELIC também vai baixar, junto com as taxas dos outros investimentos em renda fixa, e espera-se (muito) que o Brasil volte a crescer.
Até lá, invista em renda fixa que, com as taxas atuais, é certamente é um o melhor investimento no Brasil. 🙂
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Equipe App Renda Fixa
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