Você sabia que a segunda maior causa de divórcios, no Brasil, é devido a problemas financeiros? Saber conversar sobre dinheiro com o seu parceiro(a) é fundamental para um relacionamento harmônico. Neste artigo, separamos dicas de finanças para casais, a fim de deixar o seu relacionamento saudável.
Atualmente, é comum entre algumas famílias brasileiras, enfrentar problemas financeiros. Isso porque, o país está atravessando uma das maiores crises sanitárias do mundo devido o Covid-19.
Por isso, em momentos de instabilidade socioeconômica é compreensível que afete a vida afetiva do casal.
Na mesma linha, as brigas de ordem financeira podem desgastar o casamento. Fazendo com que seja possível atingir o nível da maior causa de divórcios: Infidelidade conjugal.
Os desentendimentos e estresses devido a problemas financeiros podem ser facilmente solucionados alinhando as expectativas de cada parceiro.
Confira as dicas práticas para superar este momento:
A temida discussão de relacionamento (DR) sobre dinheiro
Acima de tudo, não deixe para conversar sobre as finanças quando o casal está brigando. No calor do momento, é possível que o argumento seja agressivo e não atinja o objetivo esperado.
O ideal é separar um momento em que seu parceiro(a) esteja em um dia tranquilo. De preferência no final de semana pois, o dia a dia da rotina de trabalho pode ser tão estressante, que este assunto à tona pode ser a gota d'água para o início de uma discussão.
Em primeiro lugar, tenha paciência e organize a sua linha de diálogo previamente. Iniciar a conversa apontando os erros do parceiro não irá consertar os problemas. Por isso, tenha em mente que existem itens que você também precisa melhorar.
Em segundo lugar, saiba escutar o que o outro tem a dizer. Da mesma maneira que você enxerga pontos que seu parceiro precisa corrigir, ele(a), certamente possui itens para que você também possa ajustar e evoluir.
Além disso, ao trazer à tona os itens pense sempre em uma solução. Apresente alternativas para que seu parceiro entenda que existem possibilidades além do que está praticando.
Por exemplo, se o seu parceiro gastar muito comprando comida fora, que tal ir ao mercado e preparar uma receita juntos? Se a sua parceira extrapola na compra de roupas, mostre os benefícios do minimalismo e pesquise por lojas do estilo dela que sejam mais acessíveis.
Perceba que cada um tem sua individualidade e que, acima de tudo, o respeito ao conversar é o principal para evitar brigas.
Alinhamento de objetivos e planejamento mensal
De maneira simples e prática: Você se vê com o seu parceiro daqui a um ano? Se sim, alinhe suas expectativas para o futuro e converse sobre seus objetivos pessoais.
Isso porque, cada pessoa tem suas vontades particulares e ter objetivos muito diferentes é um entrave para manter um relacionamento tranquilo.
Antes mesmo de iniciar um orçamento e planejamento mensal, é importante o casal verificar o seu custo de vida. Em outras palavras, será necessário anotar quais são os gastos fixos e variáveis.
Por exemplo, os gastos fixos são aqueles que independente do mês o pagamento será obrigatório. São eles: aluguel, mensalidade de colégio dos filhos, cursos, alimentação e internet
Para os gastos variáveis podemos elencar as contas de: água, energia elétrica, lazer, plano de celular e até mesmo vestuário.
Com isso, o casal terá um panorama geral das despesas mensais. O ideal é colocar na ponta do lápis as receitas do casal.
Não tenha medo de conversar sobre quanto cada um ganha. Esse tabu precisa ser quebrado quando se trata de uma vida a dois. Feito isso, anotem as fontes de renda de cada para verificar se é necessário gerar renda extra.
Outro ponto a ser alinhado é: Quem paga as faturas? Este item será particularidade de cada casal.
Vale a pena lembrar que dividir as contas em 50% para cada um pode não ser a decisão mais inteligente. Isso porque, se um dos parceiros recebe R$6.000,00 e o outro R$4.000,00 certamente a segunda pessoa será mais sobrecarregada.
O ideal é ter bom senso na divisão para que ninguém seja prejudicado. Afinal, a má organização nas finanças pode gerar brigas desnecessárias e desgaste do relacionamento.
Finanças para casais: Tenham uma reserva de emergência
Para se prevenir dos imprevistos o ideal é que o casal se esforce, primeiramente, em quitar os débitos e enfim montar uma reserva de emergência.
O valor do seu colchão financeiro irá depender do seu custo de vida e da sua área de atuação.A reserva de emergência será seu porto seguro quando os objetivos e rotina não forem conforme o esperado.
O montante ideal pode variar de 6 a 12 meses do seu custo de vida. Atualmente as corretoras não disponibilizam os investimentos para conta conjunta. Por isso, vocês podem separar a reserva de emergência em 50% para cada um ou, ainda, fixar em um único CPF.
Além disso, para aqueles que possuem filhos, ensinam desde pequenos sobre o valor do dinheiro. Vale a pena dedicar um valor simbólico como mesada para que seu filho entenda que é necessário o planejamento para comprar o que deseja.
Para os adolescentes maiores de 12 anos, já é possível ter uma conta poupança, para que seu filho entenda como funcionam os juros compostos. Feito isso, incentive seu filho a conhecer os produtos de renda fixa para rentabilizar o capital.
Além disso, a educação financeira ensina os princípios para evitar entrar em dívidas e, acima de tudo, ter controle sobre o seu dinheiro e os métodos para rentabilizar o patrimônio
Joguem no mesmo time!
Conversar sobre dinheiro também é uma demonstração de confiança. Em um país onde falar sobre finanças ainda é tabu, ter transparência sobre o assunto pode fazer com que o casal evolua.
Acima de tudo evite a infidelidade financeira. Fingir que não comprou determinado item ou ainda, omitir determinada decisão que impacta diretamente a vida do casal é crucial quando o assunto é ter um relacionamento saudável.
Além dos objetivos do casal é importante que cada parceiro também tenha suas metas individuais. Unir os esforços faz com que o casal possa atingir o planejamento a dois e, até mesmos os individuais, pois um pode dar a força e estimular o seu parceiro(a)
Em situações como essas, a parte que se sente traída tende a ficar com o pé atrás, o que pode afetar negativamente a relação de maneira grave.
Entretanto, uma relação pautada no diálogo e na transparência pode evitar que os problemas financeiros acabem destruindo a relação.
Em suma, em diálogos sobre o assunto: não perca a cabeça. Deixe que a razão prevaleça sobre a emoção. Além disso, evite situações de quebra de confiança e, acima de tudo, entenda que deve existir a reserva financeira para o casal e, principalmente, transparência quando o assunto são finanças para casais.
Bons investimentos e até a próxima!