Entenda como funciona o ETF FIXA11
A renda fixa para muitos investidores é, de fato, o pontapé inicial para conhecer outras modalidades de investimentos. Pensando em aproximar cada vez mais os brasileiros da renda variável, foi lançado ao mercado o FIXA11.
Para investir na bolsa de valores, acima de tudo, é necessário ter conta ativa em uma corretora de valores. Esta, por sua vez, será a ponte entre você e o investimento.
É importante se certificar quais os custos de corretagem para operar em renda variável. Desta forma, é possível prever qual será o ganho líquido após os custos operacionais.
Para aqueles que ainda não se sentem à vontade com a renda variável, mas, desejam aplicar para conhecer este mercado, o FIXA11 pode ser uma boa opção. Isso porque é um ativo que tem como lastro a renda fixa.
Como funciona o FIXA11?
Apesar de ser lastreado em renda fixa, este ativo possui características diferentes. Em primeiro lugar, não possui o Fundo garantidor de Créditos (FGC).
Isso porque, o FIXA11 é um ETF (Exchange Trade Fund). Com isso, o patrimônio líquido é dividido em cotas que irão ser compradas através de homebroker na renda variável e sofrerá oscilações nos preços.
A diferença de um ETF e de uma ação de companha aberta é que no ETF existe um gestor profissional. Este tem por obrigação fazer um acompanhamento do ETF e realizar as compras e as vendas que julgar necessárias.
Como resultado, existirá taxa de administração para que o gestor, e toda a estrutura do ETF, possa ser mantida.
Nos Estados Unidos os ETF já são distribuídos desde 1993. Por outro lado, no Brasil, o primeiro ETF do mercado foi apenas em 2004 e o primeiro ETF de renda fixa é o FIXA11 lançado no final de 2018.
Neste sentido, é possível perceber que o mercado financeiro brasileiro ainda tem muito espaço para se desenvolver. Assim, começar na renda variável, faz sentido apenas se estiver dentro do seu perfil de investidor, tendo em vista o espaço para a evolução que ainda está por vir.
O FIXA11 acompanha diversos índices de renda fixa. Baseando-se em papéis futuros de DI.
Em outras palavras, o FIXA11 tenta replicar e refletir as negociações futuras do mercado financeiro com relação a taxa de juros. Além disso pode sofrer oscilações conforme o humor do mercado se altera.
Características do FIXA11
Este ETF tem como principal característica o risco país. Pois, possui como parte do portfólio operações compromissadas e renda fixa pública pós-fixada.
A renda fixa pública são os títulos oferecidos pelo tesouro nacional a partir da plataforma do Tesouro Direto. Com isso, o estado passa ser a garantia dos papéis. Desta forma, o risco país é o principal fator de atenção.
Na mesma linha, é valido lembrar que a garantia do estado é superior ao Fundo Garantidor de Créditos pois, o FGC possui recursos escassos.
Em segundo lugar os papéis do FIXA11 refletem a expectativa do DI futuro de três anos. Contudo, também é possível comparar esta previsão da Selic com os próprios títulos de renda fixa. Observando, acima de tudo, os pós-fixados.
Vantagens
Para que você possa avaliar se este ETF se encaixa no seu perfil de investidor, separamos vantagens e desvantagens sobre este ativo.
1.Taxa de Administração
Para todas as aplicações é necessário saber exatamente os custos operacionais para não ser pego de surpresa na hora do resgate.
Nos ETFs existe taxa de administração pois, o gestor do fundo faz o gerenciamento dos ativos comprando e vendendo de acordo com os movimentos do mercado. No FIXA11 a taxa é de apenas 0,3% que é considerada baixa. Mas, não é uma regra, existem taxas de ETF que chegar a 1%.
2. Preço de aquisição
No Tesouro Direto o valor mínimo de aplicação é em torno de R$30,00 para títulos com prazo de vencimento para 40 anos. Para as aplicações de curto prazo existem títulos com valor mínimo de R$40,00.
Estes valores já são baixos. Mas, o FIXA11 consegue tem um custo ainda menor. Atualmente, em 2021, está sendo negociado a R$12,93.
Além disso, tem um conglomerado de títulos dentro do ETF, fazendo com que, seja uma forma de diversificação na renda fixa.
3. Imposto de renda
Na renda fixa a tributação segue a tabela regressiva que começa com alíquota de 22,5% de e chega a 15% após dois anos de aplicação. Já no ETF FIXA11 a alíquota é fixa em 15% a qualquer momento de resgate.
Em segundo lugar, em ambos os casos o imposto de renda incide apenas sobre o rendimento da aplicação. A vantagem de ter 15% de alíquota sem ter que esperar 2 anos é justamente poder mais flexibilidade nos resgates.
3. Portfolio ampliado
Para aqueles que já possuem experiência na renda fixa, esta é uma oportunidade de diversificar o capital na mesma modalidade, porém, com um gestor profissional fazendo a gestão.
Além disso, neste ETF o investidor terá acesso a mais produtos do que aplicando diretamente em um CDB ou até mesmo um título público.
Contudo, é imprescindível conhecer as desvantagens antes de fazer qualquer aplicação. Desta forma o investidor pode se prevenir para não entrar em ciladas.
Desvantagens do FIXA11
1. Liquidez
A liquidez de um investimento significa a velocidade com que o investidor pode ter acesso ao seu capital aplicado. No caso do FIXA11 a liquidez é baixa.
Pois, o ETF foi lançado em 2018 e ainda não foi amplamente difundido. Por isso, é possível que o investidor não consiga fazer a venda no mesmo instante. Pode demorar algumas horas, dependendo do volume de negociações.
2. Volatilidade
Apesar de ter como lastro a renda fixa este ETF tem como característica ser negociado na bolsa de valores. Portanto, o investidor deve estar preparado para a volatilidade.
No curtíssimo prazo a oscilação tende a ser maior devido as notícias e até mesmo às Fake News que são divulgadas. Por isso, o investidor deve ter ciência que seu capital irá variar mediante a fatos impactantes no mercado.
3. Perfil de investidor
Por se tratar de renda variável não é indicado para todos os perfis de investidores. Essa é uma desvantagem pois limita a disseminação do ativo para que existam mais negociações e, consequentemente, a aumentar a liquidez do ativo.
Para ter o FIXA11 em carteira é essencial que já exista previamente a reserva de emergência e diversificação em ativos de renda fixa. Para perfis moderados e arrojados este ativo é boa alternativa para iniciar na renda a variável.
Conclusão
Em suma, o FIXA11 lançado no final de 2018 pode ser utilizado como forma de diversificação com papéis de renda fixa, porém, negociado na renda variável através do ETF. Apesar do baixo custo de aquisição, é necessário ter ciência dos custos operacionais e do risco país.
Em segundo lugar, o investidor pode acompanhar a cotação em tempo real através do home broker da corretora de valores.
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Bons investimentos e até a próxima!!