Os Fundos de Investimento são modalidades de investimento que têm se tornado cada vez mais populares entre os investidores brasileiros. Trata-se de uma alternativa bastante interessante para muitos investidores, e que pode oferecer diversas vantagens em relação ao investimento individual.
Se você ainda não conhece os fundos de investimento ou sabe pouco sobre esta opção de aplicação, descubra no artigo de hoje tudo o que você precisa saber sobre os Fundos de Investimento.
Acompanhe o post de hoje e entenda como estes fundos funcionam!
O que são Fundos de Investimento?
O Fundo de Investimento é uma modalidade de investimento coletivo, tem o papel semelhante à administração de um condomínio. Nestes fundos, os recursos de um conjunto de investidores – cotistas – são reunidos em prol de um mesmo objetivo: obter rendimentos por meio de investimentos.
Diferente de um investimento direto – no qual o investidor compra ativos por conta própria, no fundo de investimento o investidor aporta recursos no fundo do qual participa, enquanto o gestor – profissional capacitado para fazer a gestão do investimento – compra os ativos para compor este fundo. Por conta desta dinâmica os Fundos de Investimento são considerados um investimento coletivo.
Todo o valor aplicado no Fundo de Investimento é convertido em cotas – distribuídas aos cotistas que fazem parte do fundo. A distribuição das cotas aos cotistas é proporcional ao aporte que cada um realizou no fundo.
Classificações dos Fundos
Existem diversos tipos de fundos no mercado nacional. Muitos destes fundos são registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como, por exemplo, os fundos de ações, fundos de renda fixa e fundos multimercados. Nestes casos, os fundos seguem regras previamente determinadas pela CVM.
Saiba mais sobre alguns deles:
Fundos de Investimento Referenciado DI (DI)
São fundos que preveem, em seus regulamentos, a compra de ativos vinculados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
Fundos de Investimento em Ações (FIA)
Têm como objetivo único investir em ações – previsto em regulamento. Os investimentos, portanto, serão feitos pelo gestor no mercado acionário.
Fundos de Investimento em Renda Fixa (FIRF)
São fundos que preveem apenas investimentos em títulos de renda fixa em seus regulamentos. Entre os títulos nos quais pode se investir estão os títulos públicos federais, debêntures, CDBs de instituições bancárias, entre outros.
Fundos de Investimento Multimercados (FIM)
Os regulamentos destes fundos preveem aplicações em ações e também em títulos de renda fixa – respeitando as proporções previstas nos regulamentos. Neste caso, o gestor acaba tendo maior liberdade parar gerenciar e compor o fundo.
Fundos de investimento estruturados
Há, no entanto, fundos que possuem regras específicas: são os fundos de investimento estruturados. Apesar de seguirem regras específicas, estes fundos devem, obrigatoriamente, cumprir instruções da CVM, que variam de acordo com o tipo do fundo.
Entre os principais fundos estruturados temos o Fundo de Investimento Imobiliário (FII), os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC e FIDC-NP), Fundos de Investimento em Participações (FIP), entre outros.
Riscos dos Fundos de Investimento
Por se tratar de um investimento, os Fundos de Investimento também oferecem riscos para o investidor – assim como o investimento direto.
Confira alguns dos principais riscos envolvendo o fundo de investimento:
Risco de Mercado
Neste caso, o investidor corre riscos em função da valorização ou desvalorização dos ativos que compõem o fundo no qual ele é cotista.
Risco de Liquidez
O risco de liquidez é mais um risco ao qual o investidor de fundos de investimento está exposto. Isso porque, no caso do investidor precisar converter determinado investimento em dinheiro em pouco tempo, existe a possibilidade de haver a falta de liquidez para se desfazer do investimento.
Quando isso acontece, muitos investidores acabam tendo que vender suas cotas por um valor inferior ao que seria considerado “justo” resultando, muitas vezes, na perda de dinheiro. Em outros casos, a negociação acaba nem sequer acontecendo, e o investidor acaba não conseguindo se desfazer do investimento.
Risco de Crédito
O risco crédito se dá por conta da possibilidade do emissor do título no qual o fundo investiu não honrar com seu compromisso e pagá-lo com suas respectivas rentabilidades na data de vencimento.
Esta situação pode ocorrer, por exemplo, em caso de falência da instituição bancária que emitiu o título ou em caso de dificuldades financeiras por parte das companhias emissoras de debêntures.
Risco de Alavancagem
O risco de alavancagem aparece quando os investidores se expõem ao realizar investimentos alavancados – ou seja, com valores superiores ao seu próprio capital. Fundos de investimento, por exemplo, podem optar pela alavancagem em determinadas situações.
Quando há a alavancagem o cotista, portanto, acaba correndo o risco desta alavancagem. Por outro lado, se o resultado é positivo, os ganhos também acabam sendo maiores – também alavancados.
Por conta destes riscos é correto dizer que os riscos que os fundos de investimento correm estão diretamente associados aos tipos de ativos nos quais o gestor – e o fundo – investem.
Custos para o investidor
Os custos para o investidor variam de acordo com o fundo. Apesar disso, existem três custos essenciais que compõem os fundos de investimento: taxa de administração, taxa de performance e Imposto de Renda.
Conheça cada um destes custos:
- Taxa de Administração: trata-se de uma taxa anual cobrada do cotista do fundo com o objetivo de remunerar o gestor do fundo e os demais agentes envolvidos na estrutura deste fundo de investimento.
- Taxa de Performance: é uma taxa cobrada por diversos fundos para remunerar o gestor do fundo caso o investimento ofereça uma rentabilidade acima daquela pré-definida anteriormente através de determinado indicador.
Em outras palavras, a taxa de performance nada mais é que um bônus ao gestor que conseguir oferecer aos cotistas um ganho superior ao do indicador previamente definido.
- Imposto de Renda: todos os ganhos que o cotista obtiver através dos fundos de investimento devem, obrigatoriamente, recolher Imposto de Renda.
O cálculo do imposto depende do período em que o investidor manteve seu dinheiro investido e do tipo de fundo onde o investidor alocou seu capital.
E você, já investiu em Fundos de Investimento? Como foi esta experiência? Compartilhe conosco suas impressões sobre este investimento e deixe um comentário aqui no post!