Quem busca aplicações financeiras que possam gerar boa rentabilidade costuma ter uma dúvida bem comum: é melhor aplicar o dinheiro em um fundo de investimentos ou formar uma carteira de investimentos personalizada, sob medida para as suas necessidades?
A resposta é: depende. E realmente depende de vários fatores, entre eles o perfil do investidor, seu conhecimento do mercado de capitais e habilidade para administrar o próprio dinheiro.
O que são fundos de investimento?
Para explicar o que são os fundos de investimento vamos usar o exemplo de um condomínio, no qual cada proprietário tem direito a uma determinada fração do terreno e da área construída, de acordo com sua unidade.
Os fundos de investimento são constituídos dentro do mesmo conceito, sendo que os investidores têm direito a cotas, de acordo com o que investiram no fundo. O patrimônio do fundo corresponde à soma do valor dos ativos nos quais os recursos foram investidos mais o rendimento.
Enquanto o condomínio tem um síndico, que é responsável por gerir contratos, despesas, funcionários e arrecadar as cotas mensais dos condôminos, nos fundos de investimento o síndico é o gestor.
A responsabilidade do gestor é escolher os ativos que devem fazer parte do fundo, definindo a melhor hora de comprá-los ou vendê-los, sempre com o objetivo de proporcionar a melhor rentabilidade aos cotistas.
A gestão do fundo é remunerada. E é para cobrir os custos de gestão profissional, administração e custódia dos ativos em uma instituição financeira que os cotistas pagam a chamada taxa de administração, que corresponde a um percentual anual sobre o valor investido mais a rentabilidade.
E como são constituídos os fundos de renda fixa?
Há vários tipos de fundos de investimento no Brasil. Mas vamos focar aqui nos de renda fixa, voltados para os investidores mais conservadores.
Cada fundo de renda fixa tem seu regulamento, que determina, entre outros itens, o perfil dos ativos que devem constituir a carteira. E esses ativos estão atrelados a determinado grau de risco.
Existem fundos de renda fixa com perfil conservador, moderado ou agressivo, formados por títulos públicos federais e títulos privados, como debêntures, Letras de Crédito Imobiliário ou do Agronegócio (LCIs ou LCAs), Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras Financeiras, entre outros.
O que determina o grau de risco é o perfil dos títulos escolhidos para compor a carteira e, também, o percentual da carteira que pode ser aplicado pelo gestor em ativos de maior risco, como derivativos.
Posso formar uma carteira personalizada?
Alguns investidores que já começam a conhecer melhor as aplicações financeiras optam por formar uma carteira personalizada de investimentos.
E é possível fazer isso de forma bem conservadora, escolhendo títulos de renda fixa públicos e privados. Para os investidores mais disciplinados, pode ser uma boa opção.
A maior vantagem desse tipo de estratégia é criar uma carteira sob medida para as suas necessidades. E há dois fatores fundamentais para decidir em que títulos aplicar: objetivo e prazo.
Para formar uma carteira personalizada, o primeiro passo é separar em parcelas o total de recursos que você tem para investir e projetar os aportes mensais que pretende fazer para cada objetivo.
A partir daí, estabeleça um prazo para alcançar esses objetivos que podem ser de curto prazo, como uma viagem de férias, ou longo prazo, como dinheiro extra para a aposentadoria.
O terceiro passo é buscar investimentos de renda fixa cujos prazos combinem com os definidos para seus objetivos, lembrando sempre: quanto maior o prazo, maior costuma ser a rentabilidade da aplicação.
Existem diferenças tributárias?
Sim, existem. Os fundos de renda fixa pagam Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) caso a aplicação seja feita por um prazo inferior a 30 dias e Imposto de Renda (IR) na Fonte sobre o rendimento, que varia conforme o prazo da aplicação.
A alíquota do IR vai de 22,5% sobre o rendimento, para aplicações com prazo de até 180 dias, a 15%, com aplicações com prazo acima de 720 dias.
A aplicação dos Títulos Públicos Federais e da maior parte dos títulos privados obedece à mesma tabela de tributação dos fundos. Mas há um detalhe importante: os chamados títulos incentivados são isentos de imposto.
E que títulos são isentos de Imposto de Renda?
Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs). E aí pode estar uma vantagem em formar a própria carteira, pois, ainda que o fundo de renda fixa se abasteça de títulos incentivados isentos de IR, o Imposto de Renda será calculado sobre rentabilidade total do fundo, sem levar eventual isenção dos títulos que compõem a carteira.
Já em uma carteira personalizada, o investidor pode aproveitar a rentabilidade integral proporcionada por títulos isentos de impostos.
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