A renda
fixa é uma classe de investimentos bastante conhecida entre os investidores.
Ela garante maior previsibilidade de rendimentos e pode ajudar a mitigar os
riscos do portfólio. Porém, o que nem todos sabem é que é possível fazer
investimentos internacionais com essas características.
Mas antes
de investir em renda fixa fora do país, é preciso entender
como as alternativas funcionam e quais vantagens elas podem trazer para a sua
carteira. Desse modo, você poderá fazer escolhas mais alinhadas ao seu perfil e
estratégia no mercado financeiro.
Pensando
nisso, você verá neste artigo como fazer investimentos internacionais em renda
fixa. Continue a leitura e confira!
O que são investimentos internacionais?
Os
investimentos internacionais estão relacionados a mercados estrangeiros.
Portanto, trata-se de uma classificação que envolve qualquer ativo exposto a
mercados fora do Brasil, mesmo que ele seja negociado em ambiente nacional.
Isso
porque os investimentos internacionais podem ser diretos ou indiretos. No
primeiro caso, o investidor realiza o aporte diretamente em outro país. Para
essa finalidade, é preciso abrir conta em uma instituição estrangeira e fazer
operações cambiais para envio de recursos.
Já o
investimento indireto pode ser feito sem precisar enviar recursos ao exterior.
O objetivo é analisar e investir em alternativas disponíveis no mercado
brasileiro que estejam expostas a ativos de fora do país.
Como funciona a renda fixa fora do país?
Independentemente
de serem aportes diretos ou não, os investimentos internacionais podem ser de
qualquer classe. No caso da renda fixa, o funcionamento é similar às alternativas
disponíveis no Brasil.
Ou seja,
a lógica de rentabilidade também funciona em um formato semelhante, sendo
conhecida previamente. Porém, há oscilação cambial — que não é tão previsível e
afeta os resultados obtidos.
Os
títulos de renda fixa internacional podem ser emitidos pelos Governos,
instituições ou empresas de outros países. Eles criam as aplicações para captar
recursos para financiar seus projetos e operações, assumindo o compromisso de
devolver o capital investido acrescido dos juros.
Quanto ao
pagamento, ele é realizado no vencimento do título e a rentabilidade dessas
aplicações pode ser prefixada ou pós-fixada. No primeiro caso, a taxa de juros
é definida previamente. No segundo, a remuneração acompanha um índice
financeiro.
Caso o
título permita o resgate apenas no vencimento, o investidor que quiser se
desfazer do investimento precisará negociá-lo no mercado secundário, com risco de perder
dinheiro.
Quais são as vantagens e riscos dos investimentos internacionais?
Após
saber como funciona a renda fixa fora do país, é hora de entender quais são as
vantagens e os riscos desses investimentos. O primeiro benefício é que eles
servem para diversificar a sua carteira.
Isso porque
os investimentos internacionais costumam apresentar correlação negativa ou
descorrelação com o mercado nacional. Assim, eles tendem a ter comportamentos
distintos daqueles vistos nos ativos brasileiros diante das mesmas condições de
mercado.
Dessa forma,
esses investimentos podem compensar eventuais perdas ao se valorizarem quando a
economia brasileira está em baixa, por exemplo. A medida ajuda a proteger seu
patrimônio e aumentar o potencial de retorno — principalmente se as taxas de
juros estiverem altas.
Outro
ponto positivo é a possibilidade de dolarizar parte do seu patrimônio. Se você
investir em renda fixa dos Estados Unidos, é possível se proteger de eventuais
aumentos do câmbio. Portanto, os ganhos com esses investimentos podem compensar
os impactos causados pelo aumento da moeda estrangeira.
Porém, é
preciso considerar os riscos dos investimentos internacionais antes de
incluí-los na sua carteira. Ao se expor às alternativas de outras economias,
você estará sujeito aos movimentos que podem ocorrer no mercado externo.
Por
exemplo, uma crise em outros países pode afetar o desempenho dos seus investimentos
no curto prazo. Ainda, ao investir em renda fixa
internacional de maneira indireta, existe o risco atrelado aos próprios ativos
negociados no Brasil.
Os
investimentos negociados na bolsa de valores brasileira (B3), por exemplo,
estão sujeitos às variações devido à lei da oferta e da procura. Logo, há a
mesma lógica para os investimentos internacionais, com o risco de você ter
perdas financeiras ao negociar esses ativos.
Como investir em renda fixa fora do país?
Se você
ficou interessado em investir em renda fixa fora do país, precisa conhecer as
alternativas disponíveis no mercado. Confira as principais possibilidades!
Bonds
Bonds são
aplicações de renda fixa emitidas por um Governo ou empresa. Por isso, eles se
assemelham aos títulos públicos ou às debêntures. Para o emissor, esse fenômeno
é vantajoso porque ele consegue obter recursos de maneira mais acessível do que
buscar crédito em financiamentos e empréstimos bancários.
Já os
investidores têm a oportunidade de rentabilizar o capital sem correr o risco
mais elevado da renda variável. Além disso, os bonds podem ter remuneração
prefixada ou pós-fixada.
Normalmente,
o retorno tende a ser maior para bonds com prazos de vencimentos mais longos,
ou seja, se você visa investir a longo prazo, é possível que esse investimento
faça sentido. Ademais, cada título tem suas regras em relação à liquidez,
podendo permitir resgates a qualquer momento ou apenas no vencimento.
ETFs
Os fundos
de índice (ETFs) também são possibilidades para quem deseja se expor à renda
fixa internacional. Esse fator ocorre porque eles replicam a carteira teórica
de um indicador de mercado, visando obter resultados equivalentes ao índice de
referência.
Nesse sentido,
existem indicadores compostos majoritariamente por investimentos de renda fixa
internacional. Para investir nessa alternativa, você deve adquirir as cotas
negociadas na B3.
BDRs
Os
brazilian depositary receipts (BDRs) são certificados com lastro em ativos
internacionais emitidos no Brasil e negociados na B3. É possível encontrar BDRs
lastreados em diversas alternativas, como ações, ETFs e bonds.
Assim, os
certificados de depósito de valores mobiliários também são uma forma de fazer
investimentos internacionais em títulos de renda fixa estrangeira de maneira
indireta.
Fundos internacionais
Já as
cotas dos fundos internacionais são negociadas nas plataformas de instituições
financeiras. Como qualquer modalidade, os recursos são movimentados por um
gestor profissional, que toma as decisões conforme a estratégia do veículo.
No caso
dos fundos internacionais, o foco está em investir no exterior, e essa
estratégia pode envolver investimentos em renda fixa de outros países.
Portanto, antes de optar por essa alternativa, é importante analisar os
objetivos do fundo.
Percebeu
como existem diversas possibilidades para investir em renda fixa fora do
Brasil? Com os investimentos internacionais, você pode aproveitar os benefícios
da diversificação e obter mais sucesso no mercado financeiro.
Achou as
informações relevantes? Então compartilhe este conteúdo com um amigo que ainda
não investe em renda fixa fora do país!