Decidir quais os melhores produtos para composição do portfólio de investimentos não é uma tarefa tão simples – sobretudo para os investidores iniciantes. Apesar disso, escolher entre as aplicações financeiras de renda fixa não é um bicho de sete cabeças.
A principal dúvida que acomete os investidores de renda fixa – sejam eles os iniciantes ou os mais experientes – é sobre quando escolher investimentos pós ou prefixados, e como utilizar os juros a favor da acumulação de patrimônio e da liberdade e independência financeira ao longo dos anos. É sobre este assunto que falarei no artigo de hoje.
Continue a leitura do texto e descubra como fazer uma boa escolha entre os investimentos pós e prefixados para compor uma carteira de investimentos sólida e de acordo com seus objetivos!
Os investimentos em renda fixa
Os investimentos em renda fixa são os prediletos dos investidores brasileiros. Nesta modalidade de investimento, o investidor opta por escolher produtos pós ou prefixados e recebe, ao final da aplicação, o valor investido acrescido de uma taxa adicional – uma remuneração pelo investimento.
Uma das principais vantagens da renda fixa é permitir ao investidor projetar seus ganhos com seus investimentos – seguindo regras preestabelecidas para cálculo da rentabilidade. Por este motivo, a renda fixa tende a ser um investimento de menor risco – e, por isso, ideal para qualquer perfil de investidor.
Apesar disso, é preciso ter em mente que até mesmo na renda fixa existem diferentes maneiras de remuneração, que variam de acordo com a modalidade escolhida: pós ou prefixada. O investidor deve conhecer as principais vantagens e desvantagens das modalidades e o formato de remuneração – a fim de escolher o produto que melhor atende às suas necessidades.
Como funcionam os investimentos prefixados?
Os investimentos em renda fixa prefixados são aqueles que estabelecem uma remuneração já no momento da aplicação. Sendo assim, o investidor consegue prever a rentabilidade que será conquistada no vencimento do investimento.
Esta modalidade de investimento tende a ser vantajosa para investidores que não desejam estar expostos às incertezas nos rendimentos ou eventuais oscilações econômicas. Em geral, os investimentos prefixados tendem a ser a escolha de investidores que fazem aportes para curto e médio prazo.
Escolher produtos prefixados na renda fixa também pode valer a pena quando as projeções do mercado apontam para uma estabilização ou recuo das taxas de juros durante o período da aplicação. Se os juros caem, por exemplo, o investidor será remunerado pela taxa previamente fixada – não tendo sua rentabilidade impactada por esta mudança.
Por outro lado, se durante o investimento prefixado as taxas de juros avançam, o investidor pode acabar perdendo em rentabilidade.
Como funcionam os investimentos pós-fixados?
Já no caso dos investimentos pós-fixados, as aplicações realizadas tendem a se adaptar às condições do mercado. Desta maneira, o investidor só consegue identificar a rentabilidade do investimento no vencimento da aplicação.
É possível, por exemplo, escolher investimentos pós-fixados que estejam indexados à inflação (IPCA), à taxa Selic ou ao CDI. Em todos os casos, a rentabilidade vai sendo moldada ao longo do tempo, de acordo com o indexador do investimento.
Os investimentos pós-fixados costumam ser indicados para investidores que não têm a necessidade de conhecer o valor final exato dos rendimentos dos seus investimentos, e que buscam realizar aportes que acompanhem as oscilações da economia e do mercado – como a inflação e a Selic.
Além disso, investir seu dinheiro em pós-fixados pode ser uma boa escolha quando as projeções apontam para uma alta nas taxas de juros durante o período de investimentos, ou quando o objetivo do investidor é realizar aportes visando um prazo maior de tempo – como a aposentadoria.
Pós ou prefixado: como escolher?
A escolha entre um investimento em renda fixa pós ou prefixado depende, de maneira geral, dos objetivos do investidor em relação às suas aplicações. Não existe, portanto, uma receita definitiva para escolher por esta ou outra aplicação.
Se a meta é realizar investimentos nos títulos do Tesouro visando a aposentadoria, por exemplo, um investimento pós-fixado indexado à inflação, por exemplo, pode fazer mais sentido que aplicar em um título prefixado. Isso porque, desta maneira, o investidor se protege das oscilações do mercado e mantém o poder de compra do seu dinheiro investido ao longo dos anos.
Se o objetivo é fazer uma aplicação visando um objetivo de curto ou médio prazo – como, por exemplo, a compra de um carro novo em dois anos, pode fazer mais sentido escolher um produto de renda fixa prefixado – principalmente se as projeções do mercado apontam, por exemplo, para uma queda na taxa de juros nos anos que se seguirão.
Se a perspectiva do mercado aponta para um crescimento nas taxas de juros e inflação, por outro lado, pode ser o momento de optar pelos produtos pós-fixados. Perceba, portanto, que a escolha deve ser pautada, em primeiro lugar, nos seus objetivos com esses investimentos, sempre considerando o cenário de taxas de juros e inflação e o vencimento da aplicação.
Independente da sua escolha, não se esqueça de sempre buscar informações sobre os investimentos sobre os quais você tem interesse e suas características, não deixando jamais de considerar seus objetivos financeiros enquanto investidor – que lhe darão um norte para uma escolha mais assertiva e alinhada às suas metas pessoais.
E você, prefere fazer aplicações em investimentos pós ou prefixados? Deixe seu comentário e compartilhe conosco suas experiências e opiniões!
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