Você sabe o que é IPCA? Poucas vezes esta sigla esteve tão presente no noticiário. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o indicador utilizado pelo governo para fixar uma meta anual e medir a inflação.
Desde que o Banco Central passou a fixar anualmente uma meta para a inflação, em 1999, a política monetária do governo foi orientada para que a inflação ficasse o mais próximo possível do centro da meta estabelecida.
O índice acumulado nos últimos 12 meses (entre junho de 2020 e maio de 2021) já alcançou 8,06%, muito acima da meta para o ano. Por isso, o governo está sendo obrigado a elevar novamente as taxas de juros, para tirar dinheiro da economia, o que, pela teoria econômica, segura a inflação.
O que mais?
Além de índice utilizado para a meta de inflação brasileira, o IPCA indexa vários tipos de investimentos. Há aplicações de renda fixa que rendem o IPCA mais uma taxa de juros estabelecida por cada instituição financeira, que serve como um “prêmio” para o investidor.
Um exemplo: digamos que você escolha uma aplicação de renda fixa atrelada ao IPCA, com prazo de 360 dias (um ano), mais uma taxa de juros de 4% ao ano . Se o IPCA acumulado ao longo de 12 meses for 5%, na data de vencimento da aplicação você receberá o dinheiro corrigido pela inflação (5%), acrescido do juro de 4%. Ou seja: o rendimento bruto total terá sido de 9%, um ótimo resultado para uma aplicação conservadora, na qual não houve risco.
Que aplicações são essas?
As aplicações mais famosas indexadas ao IPCA são os Títulos do Tesouro Direto. Ao comprar esses títulos, na prática o investidor empresta dinheiro ao Governo Federal e, em troca, será remunerado por determinada taxa, que pode ser IPCA mais juros ou Taxa Selic, mais juros. Quanto mais tempo você deixar o dinheiro aplicado, maior será sua remuneração.
Sendo o fator tempo um ponto delicado neste modelo de aplicação, uma vez que seus vencimentos geralmente são de longo prazo, para 5, 10, 15 ou até 20 anos. E aí entram as vantagens dos títulos privados, com prazos de vencimento mais curtos que, dificilmente, passam de 5 anos, sendo que a remuneração, algumas vezes, supera em muito o Tesouro Direto.
Um dos tipos de títulos privados que podem oferecer remuneração indexada ao IPCA são os Certificados de Depósitos Bancários. Em vez de emprestar ao governo, você empresta a uma instituição financeira. Em troca, esta instituição vai remunerar seu dinheiro por determinado indexador, como o IPCA, acrescido de uma taxa de juros. Os CDBs pagam IR sobre o rendimento, quanto maior o prazo, menor o imposto. No Banco Bari há opções de CDBs com prazos de 2 ou 3 anos que remuneram o investidor com IPCA mais 5,2% ao ano.
Já nas Letras de Crédito Imobiliário, isentas de imposto de renda, o banco utilizará seu dinheiro para financiar um projeto imobiliário.
Esses dois títulos privados são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), até o limite de R$ 250 mil por CPF, no caso de bancos associados, como o Banco Bari.