Vale à pena ter uma?
Em todas as etapas da vida ter segurança financeira é fundamental, porém, especialmente quando chegamos à terceira idade, quando os gastos são maiores e a disposição para o trabalho menor, essa necessidade aumenta. Para exemplificar, uma pessoa idosa possui mais necessidades do que um adulto e adolescentes. É por isso que é fundamental planejar a vida no longo prazo, podendo ser com uma previdência privada, enquanto podemos tomar decisões em relação a nossa renda e termos um maior controle em relação aos nossos gastos.
Além disso, é muito forte em nós a ideia de ter um prazer imediato. Poupar com um objetivo de um prazo muito distante pode não nos trazer felicidade no momento presente, mas é preciso entender que poupar hoje irá maximizar nosso bem-estar amanhã.
Em segundo lugar, existem uma série de medidas que podemos tomar hoje para garantirmos um futuro mais seguro em termos financeiros. Além disso, poupar e alocar esse dinheiro em algum investimento de longo prazo são algumas delas. Uma das opções.
O que é Previdência Privada?
A previdência privada é uma modalidade de investimento. Ou seja, você receberá o valor aplicado acrescido da rentabilidade que irá variar de acordo com o mercado e o indexador que você escolheu na contratação do plano. Portanto, fique de olho no indexador que pode ser, por exemplo, o IPCA, CDI, SELIC ou IBOV. Em outras palavras, vamos supor que você já tenha decidido fazer um plano de previdência privada, o que é importante agora saber?
Em primeiro lugar. existem dois tipos de plano: o PGBL e o VGBL.
PGBL
O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é indicado para quem faz a declaração do Imposto de Renda completa. Quem escolhe o PGBL pode descontar até 12% da sua renda bruta na hora de declarar seu IR. No momento do resgate, porém, será calculada a incidência do IR sobre o valor total investido (montante + rendimento).
VGBL
O VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é a opção mais indicada para quem não declara ou faz a declaração simplificada do IR. O VGBL não oferece a opção de 12% de desconto no IR, porém, a tributação na hora do resgate será sobre os rendimentos e não sobre o valor total.
Simule sua Previdência Privada
Imposto de Renda
Existem duas tabelas de tributação que irão variar de acordo com o tempo da aplicação: a Tabela Regressiva e a Tabela Progressiva
A diferença entre as tabelas é que no REGIME PROGRESSIVO as alíquotas do Imposto de Renda irão variar conforme o valor que será resgatado. Então, quanto maior for o valor do resgate, maior será o valor do imposto a ser pago, proporcionalmente. Essa opção é a melhor para quem possui objetivos de curto e médio prazo.
(sugestão: seria interessante comparar dois cenários – o da pessoa que paga a previdência até o final e recebe o “salário” mensalmente da pessoa que desiste do plano, resgata de forma antecipada e paga o IR sobre todo o montante.
Além disso, já no REGIME REGRESSIVO as alíquotas dependem do tempo de acumulação das contribuições no Plano de Previdência. Assim, quanto maior o período que o dinheiro ficar aplicado no plano menos você irá pagar de IR. A alíquota máxima é de 35% para investimentos que são mantidos pelo prazo de ao menos dois anos. Na mesma linha, a partir desse tempo, esse percentual começa a diminuir 5% a cada dois anos até chegar à alíquota mínima de 10%.
As tabelas funcionam da seguinte forma:
Tabela Progressiva
A partir do exercício de 2017, ano-calendário de 2016
Base de cálculo (R$) | Alíquota (%) | Parcela a deduzir do IRPF (R$) |
Até 22.847,76 | – | – |
De 22.847,77 até 33.919,80 | 7,5 | 1.713,58 |
De 33.919,81 até 45.012,60 | 15 | 4.257,57 |
De 45.012,61 até 55.976,16 | 22,5 | 7.633,51 |
Acima de 55.976,16 | 27,5 | 10.432,32 |
Tabela Regressiva
Período da aplicação | Tributação IR |
Até 2 anos | 35% |
De 2 a 4 anos | 30% |
De 4 a 6 anos | 25% |
De 6 a 8 anos | 20% |
De 8 a 10 anos | 15% |
Acima de 10 anos | 10% |
Desta forma, é importante também entender seu perfil e objetivos, isso não só para a previdência, mas para todas as decisões de investimentos. Na mesma linha, o dinheiro alocado na previdência deve ser um montante a parte do seu orçamento. Resgatar antes do prazo pode ser um péssimo negócio, uma vez que a tributação e as taxas são altas e podem comprometer seu tempo de acúmulo.
Já tenho um plano de previdência, mas não estou satisfeito. O que posso fazer?
Ademais, existe a possibilidade de ser feita a portabilidade do plano de previdência privada para outro plano ou seguradora, sem que seja preciso resgatar seus recursos e pagar imposto de renda. Na mesma linha, a portabilidade é extremamente vantajosa para os investidores. Pois, estamos falando de uma aplicação de longo prazo na qual a migração é isenta de tributos. Entretanto, o fato é que nesse horizonte temporal uma porção de coisas pode acontecer, inclusive, a sua percepção a respeito do plano contratado, já que ele pode não atender mais suas necessidades nem corresponder às suas expectativas. Assim, você pode alterar o regime de tributação e até mesmo a instituição contratante do plano. No entanto, existem algumas regras a respeito da portabilidade que é importante saber caso você tenha tomado a decisão de fazer a troca.
O que pode ser feito?
- Mudanças entre produtos da mesma modalidade. Só pode passar de PGBL para PGBL ou de VGBL para VGBL.
- Para as movimentações (resgate ou portabilidade) deve ser respeitado o intervalo de 60 dias.
- Trocar a tabela de cobrança de imposto de renda da progressiva para regressiva, porém, o contrário não é válido, uma vez optado pela regressiva, deve-se permanecer com ela.
Conclusão
Em suma, é fundamental ter em mente que a previdência privada é uma modalidade de investimento para quem tem objetivos com prazos bem mais longos. Ou seja, na mesma linha, para quem deseja comprar uma casa dentro de 10 anos, existem alternativas mais vantajosas e que atendem suas necessidades de melhor forma. Assim, esperamos que você tenha entendido um pouco mais sobre esse investimento, lembrando que qualquer dúvida é só entrar em contato.
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Bons investimentos e até a próxima!!
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