No
cenário financeiro, 2024 pode apresentar oportunidades e desafios na renda
fixa. Diante de um contexto econômico global em constante evolução e das
particularidades brasileiras, entender as nuances dessa classe de investimentos
se torna essencial.
Portanto,
neste artigo, você verá as perspectivas para os rendimentos da renda fixa em
2024, considerando fatores como inflação, taxas de juros e tendências do
mercado. Com essas informações, será possível tomar decisões de investimento
mais bem embasadas.
Continue
a leitura para entender melhor as perspectivas de rendimento da renda fixa em
2024!
Qual o panorama
econômico do Brasil em 2024?
Ao
explorar as perspectivas dos investimentos em renda fixa para 2024, é
necessário compreender o panorama econômico do Brasil. Afinal, ele é formado
por elementos fundamentais que moldam o mercado.
Entre
eles, há a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), e a taxa básica de juros da economia, a Selic. Além disso, é importante
entender como o mercado financeiro brasileiro se posiciona no contexto global.
Isso
porque as taxas de juros internacionais e suas implicações na renda fixa são
imprescindíveis para avaliar as oportunidades e riscos nessa classe de
investimento.
Então
entenda em detalhes as principais variáveis a considerar!
Inflação e taxa de juros
A
inflação deve desempenhar um papel crucial no cenário econômico brasileiro de
2024. O Relatório Focus, por exemplo, de 29 de
dezembro de 2023, projetou um IPCA em torno de 3,9%. Ao mesmo tempo, a
expectativa é de continuidade da queda da Selic, estimada em terminar 2024 a 9%
ao ano.
Mercado financeiro e
economia brasileira
Vale
lembrar que o mercado financeiro brasileiro não responde apenas a fatores
internos, como políticas governamentais e a saúde econômica do país.
Influências externas também têm um peso significativo nos rendimentos de
investimentos no Brasil.
Como
visto, as taxas de juros nos Estados Unidos afetam a economia global e a
atratividade dos investimentos em diferentes mercados. Por exemplo, para 2024,
a expectativa era de manutenção das taxas dos títulos públicos americanos entre
4,5% e 5,5% ao ano.
Os
índices podem ser considerados altos para uma aplicação considerada livre de
risco naquele país, podendo atrair investidores de fora. Essas movimentações
costumam influenciar os fluxos de capital para dentro ou fora do Brasil,
impactando a rentabilidade da renda fixa.
Esse
cenário global interconectado destaca a importância de uma análise de mercado
aprofundada das oportunidades e dos riscos da renda fixa em 2024, certo?
Quais as perspectivas de
rendimentos da renda fixa em 2024?
Após
entender o potencial panorama econômico de 2024, é primordial analisar as
perspectivas de rendimentos da renda fixa nesse contexto.
Confira
algumas alternativas que podem fazer sentido na composição de seu portfólio!
Títulos públicos
A
projeção de queda da Selic até 9% ao ano em 2024 pode sinalizar um
ambiente em que os títulos públicos, como o Tesouro Prefixado, representam uma
alternativa. Afinal, nesse cenário, eles tendem a sofrer um aumento no valor de
mercado em um ambiente de juros em queda.
Isso pode
ser vantajoso, em especial, em um contexto de inflação controlada, considerando
a estimativa do Relatório Focus de IPCA no patamar de 3,9%. Entretanto, a
diminuição da Selic costuma aumentar a oferta de crédito, o que pode elevar o
índice.
Nesse
ambiente, muitos investidores buscam títulos atrelados ao IPCA, como o Tesouro
IPCA+. Ele remunera uma taxa prefixada além da inflação. Essa característica
oferece uma proteção contra a desvalorização do real, em especial para
investidores com foco no médio e longo prazo.
Todavia,
uma mudança de cenário que eleve a Selic pode resultar em desvalorização dos
títulos com taxas prefixadas, devido à marcação a mercado. Contudo, quando os
investimentos são mantidos até o vencimento, o rendimento é aquele acordado no
momento da aplicação.
Já os
títulos pós-fixados, como o Tesouro Selic, tendem a se manter atrativos
mesmo diante da tendência de queda da taxa básica de juros. Isso porque a
projeção de 9% ao ano ainda representa uma taxa alta, comparada ao piso
histórico de 2% ao ano, atingido em 2020, por exemplo.
Assim, a
Selic relativamente elevada pode proporcionar uma alternativa para quem busca
investimentos seguros e rentáveis. Ademais, por ter menos exposição à marcação
a mercado, esses títulos costumam ser adequados para a composição da reserva de
emergência.
Títulos privados
Os
títulos privados são investimentos em dívidas de instituições ou empresas
privadas, ou seja, não governamentais. Por terem um risco maior que os títulos
públicos, essas alternativas tendem a oferecer rendimentos mais elevados. Eles
também podem ser prefixados, pós-fixados e híbridos.
Em geral,
títulos privados de emissão bancária contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Alguns
exemplos são as letras de crédito imobiliário (LCIs) e do agronegócio (LCAs),
que contam com isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoa física.
Já no
segmento não bancário, existem os certificados de recebíveis imobiliários (CRI)
e do agronegócio (CRAs), que possuem o mesmo benefício fiscal. Empresas
privadas ainda podem emitir debêntures. Algumas delas oferecem isenção de
IR para pessoas físicas, como as debêntures incentivadas.
No
entanto, é necessário lembrar que CRIs, CRAs e debêntures não possuem proteção
do FGC, ok? Portanto, eles envolvem um maior nível de risco.
Renda fixa internacional
O cenário
projetado também tende a aumentar a atenção dos investidores sobre o mercado
internacional em renda fixa, com ênfase nos títulos públicos dos Estados
Unidos. Afinal, eles oferecem rendimentos em dólar e representam uma
oportunidade para diversificar o portfólio em termos de moeda e geografia.
Vale a pena investir em
renda fixa em 2024?
Após
explorar essas alternativas de investimentos, é natural se questionar se vale a
pena aplicar em renda fixa em 2024. Para responder a essa dúvida, é preciso
pesar os benefícios e pontos de atenção, tanto no mercado local quanto no
internacional.
Conforme
você viu, os títulos atrelados ao IPCA oferecem proteção contra as flutuações
inflacionárias e uma rentabilidade atrativa, se mantidos até o vencimento. Já
os títulos prefixados costumam se beneficiar em cenários de queda da taxa
Selic, como o projetado para 2024.
Ainda
assim, muitos investidores podem considerar as aplicações pós-fixadas diante da
expectativa de uma taxa Selic relativamente alta. Vale considerar, no entanto,
que as projeções nem sempre se confirmam, o que demanda um olhar atento à
movimentação do cenário.
Como
visto, os investimentos em renda fixa têm potencial para gerar rendimentos
atrativos em 2024. Analisando o mercado com atenção e explorando as
alternativas disponíveis, você pode encontrar oportunidades que se alinhem aos
seus objetivos financeiros e perfil de risco.
Não se
esqueça de acompanhar seus rendimentos e se manter atualizado sobre as diversas
alternativas disponíveis. Para tanto, basta baixar o App Renda Fixa, disponível para Android e iOS!