Se você analisou, gostou e confiou nos fundamentos de uma empresa listada na B3, a bolsa brasileira, mas ainda não está pronto para entrar na renda variável, não tem problema. Muitas companhias de capital aberto também emitem títulos de renda fixa no mercado de crédito corporativo.
Isso significa que você pode investir em debêntures, CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários). Confira a lista de empresas da bolsa que também estão no mercado de renda fixa:
AES Tietê, Alliar, Aliansce Sonae, Alupar, BR Foods, Cemig, Cielo, Copel, CPFL, ISA Cteep, Dasa, Droga Raia, EDP, Eletrobras, Engie, Equatorial, Energisa, Fleury, Iguatemi, Klabin, Localiza, Lojas Americanas, Marfrig, Minerva, Movida, Multiplan, Natura, Petrobras, Riachuelo, Sabesp, Sulamerica, Taesa, Unipar, Vale, Via Varejo e Vivo.
Optar por esses títulos é uma maneira mais conservadora de buscar bons rendimentos, uma vez que o mercado de crédito paga remuneração atrelada a outros indicadores, como inflação.
Nesse sentido, é possível fazer uma carteira de renda fixa balanceada, com empresas de diversos setores e expostas a diferentes variáveis. Na hora de aplicar, vale a regra geral de analisar o risco de crédito do título, para garantir que ele está adequado ao seu perfil como investidor.
Crédito privado
Durante o pico da crise trazida pela pandemia do novo coronavírus, os títulos de crédito privado também sentiram: em abril, o IDA, índice de debêntures da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) tombou mais de 8% no acumulado anual.
No entanto, a recuperação foi relativamente rápida e deve apontar para um maior espaço para esses títulos no futuro, com a tendência de modernização no mercado de crédito brasileiro.
Ao contrário do Tesouro Direto, os títulos privados de renda fixa não possuem proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). No entanto, é possível verificar o rating, ou seja, o risco atrelado à empresa emissora, para entender a quais fatores a empresa está exposta.
Também é importante ressaltar que, geralmente, investir em crédito privado exige um maior capital inicial. No entanto, há fundos de investimento em direitos creditórios, contando com a assistência de um gestor profissional.