Investir
em alternativas de renda fixa pode trazer diversas vantagens, como segurança e
previsibilidade em relação aos rendimentos. Contudo, escolher entre as opções
pode não ser uma tarefa fácil. Uma dúvida comum diz respeito aos fundos
DI: eles são melhores que os CDBs?
Entender
como funcionam as alternativas, suas diferenças e vantagens é muito importante
para a tomada de decisão. Dessa maneira, será possível escolher um investimento
adequado para seus objetivos financeiros.
Quer
saber mais sobre os fundos DI e os CDBs, aprendendo como escolher entre eles?
Então continue a leitura deste conteúdo!
O que é CDB?
A sigla
CDB significa certificado de depósito bancário. Ele é um título de renda fixa
emitido por instituições financeiras com o objetivo de captar recursos para
suas atividades.
Para
compreender como funciona esse investimento, vale a pena saber mais sobre as características
dos títulos de renda fixa. Eles funcionam como certificados de dívida. Desse
modo, ao investir em uma aplicação, você está emprestando dinheiro para o
emissor.
Como todo
empréstimo, há uma relação entre credor (o investidor) e devedor (o emissor do
título). Portanto, ao realizar o investimento, o emissor fica obrigado a
devolver o valor investido somado à rentabilidade combinada — que será a
remuneração do investidor.
Conheça
outras características do CDB:
Rentabilidade
A renda
fixa tem uma rentabilidade previsível. Isso significa que você saberá qual é a
lógica do cálculo dos seus ganhos. Eles podem se dar de três maneiras:
prefixada: a rentabilidade é calculada
conforme um percentual fixo anual. Por exemplo: 11% ao ano;
pós-fixada: a rentabilidade segue um índice financeiro previamente escolhido. Por
exemplo: 100% do CDI
(Certificado de Depósitos Interbancários);
híbrida: a rentabilidade combina
características de pós-fixada e prefixada. Dessa forma, ela segue um índice
financeiro somado a uma taxa prefixada. Por exemplo: IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo) + 5% ao ano.
Por serem títulos de renda fixa,
os CDBs possuem todas essas características. Cada emissor determina as regras
de rentabilidade, então é possível encontrar alternativas prefixadas,
pós-fixadas ou híbridas no mercado financeiro.
Resgate
Cada título emitido possui uma data de vencimento —
momento em que o investidor recebe de volta os valores investidos somados à
rentabilidade. Em alguns casos, também é possível fazer o resgate antecipado,
mas a rentabilidade pode variar diante dos impactos da marcação a mercado,
existindo riscos de perdas.
Garantia
Ademais,
vale a pena saber que os CDBs contam com a cobertura do Fundo Garantidor de
Créditos (FGC). Essa garantia visa proteger o investidor de problemas
financeiros que podem ocorrer com o emissor — como a falência.
O FGC
cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e instituição financeira. Logo, se você
investir até essa quantia em CDBs de diferentes emissores, terá garantia de
pagamento pelo FGC. Mas há um limite global: ele é de até R$ 1 milhão e se
renova a cada 4 anos.
Tributação
Por fim,
você deve conhecer os impostos que incidem sobre a rentabilidade dos CDBs. O
primeiro é o Imposto de Renda (IR). A alíquota é progressiva conforme o tempo
de investimento. Assim, ela começa em 22,5% para investimentos de até 180 dias
e chega a 15% para aportes acima de 720 dias.
Também é
aplicado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos de até
30 dias. Aqui, a alíquota vai de 96% até 0%. Logo, para resgates depois de um
mês não é mais preciso pagar o IOF.
O que são fundos DI?
Depois de
entender os CDBs, você pode conhecer os fundos DI. Também é possível chamá-los
de fundos de renda fixa referenciados DI.
Confira a
seguir suas principais informações:
Funcionamento
Os fundos
DI são veículos de investimento cujos recursos são alocados por um gestor
profissional. Como o nome do fundo indica, o gestor monta uma carteira com
títulos de renda fixa e tem o objetivo de seguir a rentabilidade do CDI.
Cotas
Para
participar do fundo, os investidores interessados devem comprar cotas. Elas são
ativos que representam uma fração ideal do patrimônio do fundo. Dessa maneira,
seu preço varia conforme as movimentações do patrimônio — logo, ele pode
aumentar com os rendimentos dos títulos.
Essas
cotas são negociadas por meio de plataformas de investimentos de bancos ou
corretoras de valores. Então elas são lançadas e resgatadas sempre que houver
uma compra ou uma venda pelos investidores.
Rentabilidade e liquidez
Na
prática, os ganhos dos fundos DI seguem de perto a taxa DI, que é bastante
similar à Selic — a taxa básica de juros brasileira. Desse modo, a
rentabilidade é considerada pós-fixada, atrelada ao CDI.
Ademais,
há liquidez diária. Isso significa que o cotista pode resgatar suas cotas a
qualquer dia, sem necessidade de esperar o prazo de vencimento dos títulos que
fazem parte do portfólio.
Tributação
Por serem
alternativas de renda fixa, os fundos DI possuem uma tributação idêntica àquela
que você conheceu nos CDBs. Ou seja, também incide o IR com a tabela regressiva
e o IOF para resgates anteriores a 30 dias.
A principal
diferença é o come-cotas. No fundo, a tributação referente ao IR é provisionada
automaticamente e de forma antecipada pelo fundo. Isso acontece duas vezes por
ano, em maio e novembro, descontando das cotas dos investidores o valor da
menor alíquota.
Então, no
resgate das cotas, o investidor só deve pagar IR se houver diferença entre o
total do come-cotas e a alíquota aplicada ao caso.
Como entender qual investimento faz mais sentido para você?
Como você
viu, os CDBs são títulos de renda fixa com diversas rentabilidades e regras de
acordo com o emissor. Já os fundos DI são veículos financeiros que buscam uma
rentabilidade próxima ao CDI. Então como escolher entre eles?
Para
isso, você deve considerar os seus objetivos financeiros. Como ambas são
alternativas de renda fixa, elas podem ser mais adequadas para quem busca
investimentos relativamente seguros e com lógica de rentabilidade previsível,
evitando perdas financeiras.
Os fundos
DI possuem liquidez diária, portanto, costumam fazer sentido para quem busca um
investimento que pode ser resgatado a qualquer momento. Já alguns CDBs podem
não garantir a rentabilidade se forem resgatados antes do prazo de vencimento.
Dessa
forma, a ideia é que você defina o que pretende com o investimento e confira as
características das duas alternativas. Logo, é possível verificar qual é mais
adequada para suas necessidades.
E
lembre-se: não é necessário escolher entre as duas alternativas. Você pode ter
CDBs e fundos DI na sua carteira, destinando seus recursos para conquistar
diferentes objetivos que se alinhem a eles.
Agora
você já sabe o que são os fundos DI, os CDBs e suas principais características!
Lembre-se de sempre considerar seu perfil e objetivos para escolher entre eles,
montando uma carteira que faça sentido para as suas necessidades e estratégias.
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