Veja uma forma fácil de descobrir
Você já parou para pensar sobre como anda o rendimento de seu fundo de investimento? Já imaginou o quanto de taxas e impostos você gasta com ele?
Muitas pessoas conhecem os fundos de investimentos por meio de seus próprios bancos. É normalmente aquela aplicação especial oferecida pelo seu gerente e que tem “a sua cara”.
Outras pessoas esbarram nos fundos ao explorarem as opções de investimento em suas corretoras de valores. Algumas corretoras são até um pouco agressivas na hora de oferecer esses produtos…
Ou, diante da queda dos juros, você pode ter procurado aplicações melhores que a renda fixa e considerou um fundo de investimentos como uma boa opção.
Seja como for, existem alguns princípios básicos para cuidar bem do seu dinheiro e acompanhar como andam o rendimento de suas aplicações financeiras é um deles.
Acima de tudo, como saber exatamente como está a performance de um fundo de investimento? É possível compará-la de maneira simples com outras aplicações?
Uma boa notícia: não é difícil! E há uma ferramenta grátis do App Renda Fixa que facilita esse acompanhamento. Mas antes de falarmos dela, vamos ver alguns princípios simples da comparação de fundos de investimento.
1 – Saiba qual é a estratégia adotada por seu fundo de investimento
Seu fundo é de renda fixa? Muito bom. Mas você sabe se ele investe em ativos menos arriscados (como títulos públicos, CDBs, LCIs e LCAs) ou mais arrojados (debêntures e cotas de outros fundos)?
No caso de um fundo de ações, você sabe qual é o tipo de papel que o seu fundo compra? Qual é o resultado que ele persegue? Qual é o seu índice de referência?
E se for um fundo multimercado? Você sabe qual é a estratégia adotada por sua gestão?
Para responder a todas essas perguntas, existe um documento obrigatório que todos os fundos precisam divulgar para o público: a lâmina de fundos.
Acima de tudo, esse documento funciona como o RG de um fundo de investimentos. Além disso, traz todas as informações sobre sua administração, estratégia e até a rentabilidade de meses anteriores.
Da mesma forma, a lâmina de um fundo precisa estar disponível no site da empresa responsável por sua gestão. E, também no site da corretora de valores que o comercializa.
2 – Saiba em quais ativos o fundo aplica o seu dinheiro
À primeira vista, encontrar a documentação de um fundo de investimentos pode parecer difícil.
Nesse momento, você pode recorrer ao órgão que fiscaliza esse mercado: a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os administradores responsáveis por um fundo de investimento precisam enviar periodicamente à CVM documentos que atestam a saúde desse fundo. Esse documentos ficam disponíveis para consulta e não é necessário ser um especialista para acessá-los.
Por lei, os gestores de fundos de investimentos são obrigados a divulgar exatamente quais ativos compõem esses fundos. A única questão é que eles têm uma folga para fazer isso e podem divulgar as carteiras com até três meses de atraso. Ou seja: a carteira divulgada de um fundo pode já ter mudado – e bastante!
Uma pista que pode ajudar os investidores a terem uma ideia de para onde seu dinheiro está indo são as cartas divulgadas aos cotistas por esses fundos. Elas podem ser mensais ou trimestrais e devem ser publicadas tanto no site da empresa quanto disponibilizadas à própria CVM.
3 – Fique atento às taxas de administração e de performance (se houver)
Uma prática muito comum adotada por fundos é cobrar a sua remuneração sobre o valor total aplicado pelo investidor. Na mesma linha, essa é a chamada taxa de administração, que varia conforme a estratégia adotada pelo fundo. Quanto mais complicada for essa estratégia, maior tende a ser a taxa de administração.
A taxa de administração é expressa em base anual: 1% ao ano, 2% ao ano, etc. No entanto, ela é recolhida diariamente pelo fundo. depois disso, quando o investidor vê quanto o seu fundo está rendendo, normalmente já visualiza o valor final, descontada a taxa de administração.
Além disso, o gestor também pode cobrar um bônus por sua atuação caso o fundo tenha uma performance excepcional. Esse bônus é chamado de taxa de performance.
Em segundo lugar, a taxa de performance geralmente está relacionada a um indicador do mercado, como o Índice Bovespa (principal referência do mercado brasileiro de ações) ou o CDI, referência para aplicações mais conservadoras. Essa taxa é mais comum em fundos de ações ou multimercado.
Um fundo de investimento precisa deixar claro quando a taxa de performance será cobrada e em quais termos. Há fundos, por exemplo, que cobram um bônus de 20% sobre a rentabilidade que for maior que a do Ibovespa. Assim, a taxa de performance só é cobrada sobre o rendimento que ultrapassar o resultado desse índice.
Fique atento ao quanto as taxas de seu fundo comprometem a sua rentabilidade. Algumas podem ser tão altas que praticamente zeram os ganhos do investidor.
4 – Entenda como o seu fundo é tributado
A tributação dos fundos de investimento geralmente respeita a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR). Assim, o imposto sobre os rendimentos será descontado de acordo com o tempo da aplicação, como mostra a tabela abaixo:
Tempo de aplicação | Alíquota de IR |
Até seis meses (180 dias) | 22,5% |
Entre seis meses e um ano (181 a 360 dias) | 20% |
Entre um e dois anos (361 a 720 dias) | 17,5% |
Acima de 2 anos (721 dias) | 15% |
No entanto, alguns fundos têm um regime de tributação diferenciado dependendo dos ativos que compõem a sua carteira.
Geralmente, um fundo de investimento já expressa em sua denominação a que tipo de tributação ele está submetido.
Existem os fundos de curto prazo (cujo vencimento dos ativos na carteira é inferior a 360 dias). Nesses casos, a alíquota mínima de IR será de 20%, independente do prazo da aplicação.
Vale lembrar que para esses dois tipos de fundo (curto prazo e longo prazo), o IR é cobrado todo semestre de forma antecipada por meio de um mecanismo chamado come-cotas.
No último dia útil dos meses de maio e novembro, o fundo recolhe automaticamente 15% de IR sobre o rendimento do fundo. Para isso, o fundo precisa vender parte das cotas dos investidores, o que impacta a rentabilidade no longo prazo.
Já os fundos de ações (FIAs) possuem uma alíquota única de IR de 15%. Para que essa regra seja válida, é necessário que a carteira do fundo seja composta por pelo menos 69% de ações. O mesmo vale para os ETFs.
Os fundos imobiliários (FIIs), por sua vez, possuem uma alíquota única de IR de 20%, que será aplicada somente quando o investidor vender as cotas de seu fundo. Ou seja, o IR não incide sobre os proventos pagos por esses fundos.
Comparando fundos de investimento
Agora que você já conhece os princípios que diferenciam os fundos de investimento, já consegue fazer uma análise mais qualificada da performance desses fundos.
Assim, depois de saber qual é o seu perfil de investidor, por exemplo, e definir seus objetivos financeiros, vale escolher quais fundos com as mesmas características oferecem a melhor rentabilidade.
E para facilitar essa busca, você usar a ferramenta de Comparação de Fundos de Investimento do App Renda Fixa. Nela, é possível buscar informações dos mais de 14 mil fundos de investimento hoje disponíveis no mercado.
Além disso, também é possível comparar facilmente a rentabilidade histórica desses fundos com o Ibovespa e o CDI na mesma tela.
Vamos ver um exemplo? Imagine que, no passado, você tenha usado parte do seu FGTS para investir em ações da mineradora Vale. Agora, você quer comparar como está o rendimento desses fundos.
Aqui, eu usei fundos geridos por bancos diferentes com a mesma finalidade: aplicar o saldo do FGTS dos cotistas em ações da mineradora.
Repare que esses fundos têm uma trajetória bastante parecida, mas um deles sempre rende um pouco mais do que o outro.
Aqui, você pode ver claramente o efeito das taxas cobradas por esses fundos em sua rentabilidade. No caso do segundo, a rentabilidade é menor porque as taxas são maiores.
Agora é a sua vez: use a ferramenta de comparação de fundos para explorar mais opções. Aproveite para observGestar também o desempenho dos fundos que você escolher em relação ao Ibovespa e ao CDI.
Ah, e não deixe de compartilhar a sua experiência aqui nos comentários! Até a próxima!
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