Ao tratar
de investimentos, em especial, que fazem parte da renda variável, é comum ouvir
sobre a importância de reinvestir proventos, como dividendos. Isso porque esse
tipo de estratégia permite potencializar ganhos e acumular mais patrimônio ao
longo do tempo.
Contudo,
adotar essa estratégia também pode fazer sentido na renda fixa. Mas é válido observar que cada
classe possui características específicas. Por esse motivo, se você investe ou
pretende investir em aplicações mais seguras e estáveis, vale a pena saber
sobre suas particularidades.
Pensando
no tema, confira neste artigo os principais pontos sobre investimentos de renda
fixa e se de fato compensa reinvestir os ganhos dessa classe!
Quais são os principais investimentos de renda fixa?
O ponto
de partida para compreender melhor a renda fixa é conhecer os investimentos que
fazem parte dessa classe. Existem diversas alternativas disponíveis, por
exemplo:
●
Títulos
do Tesouro Direto;
●
CDBs
(certificados de depósito bancário);
●
LCIs
(letras de crédito imobiliário);
●
LCAs (letras de crédito do agronegócio);
●
Debêntures.
Embora
sejam diferentes, esses e outros investimentos de renda fixa possuem alguns
aspectos em comum. O principal deles é que todos funcionam como uma forma de
empréstimo.
Ao
investir em qualquer uma dessas aplicações, o seu dinheiro é emprestado ao
emissor, que pode ser o Governo, uma instituição financeira ou uma empresa. Em
troca, o seu capital é rentabilizado por uma taxa de juros específica.
Além
desse traço em comum, vale ressaltar que esses e outros investimentos de renda
fixa possuem uma data de vencimento definida. Assim, você pode fazer aportes
pensando em diferentes metas — de curto, médio e longo prazo.
Por outro
lado, as aplicações podem ter diferenças em relação à cobrança de IR (Imposto
de Renda). Enquanto os títulos do Tesouro e os CDBs são tributados conforme a tabela regressiva, por exemplo, as LCIs e LCAs
são isentas para pessoas físicas. Já as debêntures têm alternativas tributadas
ou isentas (quando são incentivadas).
Afinal, vale a pena reinvestir os ganhos de renda fixa?
Agora que
você já conhece melhor os investimentos de renda fixa e suas características,
vale a pena entender se realmente compensa reinvestir os ganhos obtidos com
essas aplicações.
Ao
reinvestir rendimentos recebidos, é possível potencializar a ação dos juros compostos sobre o seu dinheiro e, dessa
forma, construir um patrimônio mais sólido com o passar do tempo.
Na
prática, os juros compostos são uma forma de cálculo na qual os rendimentos
gerados não se baseiam apenas no montante inicial investido, mas também nos
ganhos acumulados. Veja a seguir um exemplo que ajuda a compreender essa
situação!
Entendendo os juros compostos
Imagine
que você tenha investido R$ 1.000 em uma LCI prefixada, cuja taxa de juros
anual é de 7% e a data de vencimento é para daqui a três anos. Ao final do
primeiro ano, você terá R$ 1.070 — R$ 1.000 do aporte inicial, mais R$ 70 dos
juros.
Esse
resultado, vale ressaltar, é igual tanto nos juros simples quanto nos juros
compostos. Porém, a partir do segundo ano, a situação começa a mudar.
Nos juros
simples, o dinheiro investido sempre renderá 7% ao ano
sobre os R$ 1.000 aplicados, resultando em R$ 1.070, R$ 1.140 e R$ 1.210, ao
final do terceiro ano. Já nos juros compostos, o cálculo é diferente.
Isso
acontece porque o rendimento não será apenas sobre R$ 1.000, mas sim R$ 1.070.
Como consequência, o resultado será de R$ 1.144,90 no segundo ano e de R$
1.225,04 no terceiro, pois a taxa será aplicada sobre R$ 1.144,90.
Então,
como você pode ver, as quantias passam a ser maiores, crescendo ano após ano, e
quanto mais capital você aplicar (e reinvestir), mais o seu dinheiro poderá
aumentar. Afinal, os juros serão calculados sobre o montante acumulado,
incluindo os rendimentos dos períodos anteriores.
Portanto,
note que ao reinvestir os seus ganhos no resgate ou vencimento, você pode fazer
com que o seu dinheiro cresça de maneira exponencial ao longo do tempo. Dessa
maneira, é possível realizar diferentes tipos de metas e construir um patrimônio sólido.
Ainda,
vale mencionar que a escolha por reinvestir os ganhos é particular e deve
considerar suas necessidades e objetivos financeiros. Dependendo dos seus
planos, essa estratégia pode não ser a ideal.
Por que reinvestir ganhos pode não ser necessário?
Reinvestir
os ganhos de renda fixa, conforme você acompanhou, é uma estratégia que costuma
ser interessante para potencializar o crescimento patrimonial e para a
realização de objetivos. No entanto, dependendo das suas metas, talvez você não
precise utilizá-la.
Por
exemplo, suponha que você tenha um plano de curto prazo, para daqui a 12 meses e você
encontrou um investimento com uma rentabilidade atraente que permitirá
realizá-lo. Nesse caso, apenas os seus aportes podem ser suficientes.
Portanto,
veja que a decisão de reinvestir ou não seus ganhos depende de diferentes
fatores, principalmente dos seus objetivos. Em geral, essa estratégia tende a
ser mais atrativa para metas de médio e longo prazos, pois se trata de períodos
em que o efeito dos juros compostos é maior.
Como escolher investimentos de renda fixa ideais para a sua
carteira?
Com base
nas explicações anteriores, você já compreende melhor se e quando vale a pena
reinvestir os ganhos obtidos na renda fixa. Porém, você sabe como escolher
investimentos dessa classe para o seu portfólio?
Para esse
propósito, além de considerar as suas metas financeiras, é essencial analisar
alguns pontos específicos. Conheça os principais:
●
o
emissor da aplicação;
●
o
cenário econômico do momento;
●
a
data de vencimento do título;
●
a
rentabilidade do investimento;
●
a liquidez da aplicação.
Além
desses aspectos, é fundamental avaliar e comparar as diferentes possibilidades
disponíveis no mercado. Assim, você poderá encontrar as opções mais adequadas
para a sua carteira.
Nesse
contexto, o App Renda Fixa, pode ser
de grande utilidade. Afinal, ele permite pesquisar e comparar diversas
alternativas disponíveis no mercado financeiro de forma simples e rápida.
Reinvestir
os ganhos de renda fixa é uma estratégia que pode fazer sentido para muitos
investidores, pois permite potencializar o retorno e viabiliza uma construção
de patrimônio mais sólida. Contudo, a decisão por adotá-la ou não depende dos
seus objetivos e necessidades.
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