Antes de tudo, você sabe como funcionam os derivativos? Eles são contratos cujo valor vem de uma referência, ou seja, são derivados do desempenho de um ativo. Apesar de frequentemente relacionados à renda variável, eles também valem para renda fixa.
Um exemplo são os swaps de crédito, também chamados de CDS, credit default swap. Eles permitem que os investidores troquem títulos, caso eles estejam preocupados com o risco de inadimplência. Isso pode acontecer com títulos municipais, bonds de governos emergentes ou dívidas de empresas.
Mais do que um swap, o CDS se tornou um indicador. É a partir dele que os preços dos títulos de crédito são conferidos em investimentos internacionais. O mesmo funciona na hora de avaliar o risco atrelado a um país: os Estados Unidos são conhecidos por apresentar o menor índice, visto como seguro por investidores de todo o mundo.
Também há os swaps ligados a juros, com taxas pós-fixadas ou pré-fixadas. Assim, essas ferramentas de derivativos são usadas como estratégias contra a volatilidade, à medida que permitem gerir riscos e diminuir eventuais perdas.
Segundo a ISDA (International Swaps and Derivatives Association), 90% das maiores companhias do mundo usam swaps para gerenciar seus riscos de crédito. Atualmente, Londres, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, são os principais locais para essas transações: concentram 70% delas.
Já no Brasil, os swaps ainda não são tão populares, principalmente por conta da burocracia envolvida. Para começar, todas as operações devem ser registradas na Cetip (Câmara de Custódia e Liquidação de Títulos Privados). Além disso, apenas instituições autorizadas pelo Banco Central podem negociar diversas classes de derivativos.
Este artigo foi produzido especialmente para o APP Renda Fixa por Space Money.