Técnicas para atravessar a crise sem estresse
Você sabe qual a data da próxima crise? Temos uma boa notícia, a resposta é que ninguém sabe! No entanto, o cenário econômico já demonstra os primeiros sinais de recessão.
O objetivo não é fazer alarde sobre a atual crise, gerada em função da COVID-19, mas sim mostrar formas para se proteger quando o cenário econômico mudar.
Acima de tudo, é importante proteger o capital com o objetivo de mitigar os riscos quando a crise vem.
Não venda as suas ações no impulso.
Crises no mercado financeiro geralmente chegam de surpresa, fazendo com que muitos investidores entrem em desespero e vendam as suas ações logo no primeiro momento.
Nosso cérebro, nesse cenário, emite um alerta de emergência para nossa proteção. Esse hormônio chamado adrenalina, faz com que em momentos de pressão muitas pessoas não conseguem pensar em soluções diferentes para o problema. E, desta forma, agem por impulso.
Ainda que pense você pense: “Mas, se eu vender as ações vou perder dinheiro!”. Na mesma linha, entra em desespero e se desfaz da posição. Este é um dos principais erros que acontecem na crise.
À primeira vista pode parecer o melhor a se fazer, porém, a realidade é que você só perde dinheiro quando encerra a posição. Quando decide manter as ações, significa que seus valores continuarão a oscilar na renda variável.
Logo, a chance de reversão da tendência de baixa pode te ajudar.
Por exemplo, suponha que você tenha R$1000,00 investido em uma empresa e com a recessão os mil reais caíram para R$400,00. O investidor que é desavisado e vende as ações na euforia do momento assume o prejuízo e vende as ações.
Se ao invés disso, o investidor aguardar os rumores finalizarem e a recessão demonstrar sinais de melhoria certamente irá retomar os valores. Historicamente, as econômicas sempre se recuperam de crises e recessões, pois fazem parte do ciclo.
Apesar de oscilar no curto prazo, quando observamos a tendência é possível notar o crescimento.
Importante: Fique atento se a empresa continua com bons fundamentos para que faça sentido permanecer na posição.
Estratégia de longo prazo contra a crise
No gráfico acima, foi possível perceber o aspecto citado de que no longo prazo as economias se recuperam.
Pensando nisso, investir focando no longo prazo é uma excelente opção para aqueles que possuem a meta de independência financeira. Além disso, montar uma carteira de investimentos focada no recebimento de dividendos pode potencializar o seu retorno de renda passiva.
Para aqueles que preferem resgatar os valores no curtíssimo prazo, a bolsa de valores pode não ser uma boa opção.
Isso porque as oscilações vão afetar o seu capital e, além disso, pode ocorrer de precisar resgatar e justamente neste momento a ação estiver em queda.
Por isso, os investimentos em renda fixa, para aqueles que desejam realizar o saque no curto prazo e com segurança, é a melhor opção, pois, não estará exposto à volatilidade do mercado.
Conforme o gráfico apresentado acima é possível perceber que para não perder dinheiro, em recessões e crises na bolsa de valores, é preciso ter tempo. Além disso, é possível aproveitar as oportunidades de queda para comprar ações de empresas com bons fundamentos com o preço descontado.
Gestão passiva
Outra alternativa que pode ser usada a seu favor é ter investimentos com gestão passiva. Porém, é preciso ter coragem! Não é fácil ver o seu capital oscilando e, portanto, é necessário escolher de forma adequada qual o indicador que deseja ver o seu capital acompanhando.
Para aqueles que querem manter o seu poder de compra, o ideal é ter fundos de investimentos ou ETF que acompanhem a trajetória da inflação.
Esta estratégia tem por objetivo delegar a gestão dos seus valores a um profissional do mercado financeiro que, por sua vez, tem a missão de fazer com que os valores acompanhem ou superem o índice que o investidor optar.
Por se tratar de um especialista este serviço possui taxa de administração e, muitas vezes, taxa de performance.
Por isso, é essencial verificar quais são as taxas antes de escolher o seu fundo de investimento ou ETF.
Reserva de emergência versus reserva de oportunidade.
No App Renda Fixa, sempre frisamos a importância da reserva de emergência. Ela será seu porto seguro em momentos de turbulência.
A formação desta reserva consiste em ter capital suficiente para manter o seu custo de vida por pelo menos 6 meses. Podendo variar de acordo com a sua área no mercado e o tempo necessário para a recolocação.
Para autônomos é recomendado 12 meses de reserva e ainda 6 meses de caixa para a empresa.
Ter uma reserva de emergência é crucial em momentos de crise no mercado. Na pandemia de 2020 a 2021 mais de 14,8 milhões de brasileiros perderam seus empregos, de acordo com o IBGE. No pior cenário, a empresa pode decretar falência e o colaborador não receber integralmente o seu FGTS .
Além disso, a reserva de emergência serve para quando o seu carro quebrar, morte de algum familiar ou qualquer imprevisto que te afete financeiramente.
Por outro lado, a reserva de oportunidade não possui valor fixo. Tem por finalidade ser um capital disponível para aplicações quando entender que existem boas taxas de investimentos, ou ainda, descontos imperdíveis de bens que gostaria de adquirir.
Em momentos de crise a reserva de oportunidade é uma ótima aliada para comprar ações e cotas de fundos imobiliários de boas companhias com preços abaixo do negociado quando o mercado está otimista.
Quando começar a investir?
Não sabemos quando a próxima crise ou recessão virá. Portanto, o ideal é começar ainda hoje a planejar minimamente sua reserva de emergência para então focar nas suas metas e objetivos de curto e médio prazo
Tenha em mente que o longo prazo será seu aliado, bem como uma carteira diversificada. O mais importante, quando o cenário econômico se modifica, é estar preparado para as crises pois, com ela vêm grandes aprendizados e oportunidades de crescimento de capital quando existe reserva de emergência e de oportunidade.
Bons investimentos e até a próxima!