O que todo investidor deseja é, sem dúvidas, ter rentabilidade e fazer com que o dinheiro se multiplique. Mas, você já parou para pensar qual o risco que a sua carteira de investimentos está enfrentando?
Entender quais são as fraquezas da sua carteira fará com que você pense em soluções para blindar e mitigar os riscos.
Quando o assunto é ter rentabilidade expressiva, muitas vezes é necessário renunciar à segurança, que o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) proporciona, e partir para a diversificação em outros ativos.
Acima de tudo, é essencial entender que: Não existe investimento sem risco. Até mesmo a famosa caderneta de poupança possui. Pensando nisso, preparamos este artigo especificando o risco de mercado e, principalmente, formas para minimizar os efeitos.
Risco de mercado
Na categoria de risco de mercado podemos subdividi-lo em risco sistemático e não sistemático. Em geral estão ligados às perdas causadas pela volatilidade, ou seja, pelas oscilações dos investimentos.
No primeiro caso, as perdas são consequências da macroeconomia como, por exemplo, a taxa cambial e a taxa de juros. Bem como qualquer outro fator que possa alterar a conjuntura econômica como um todo. Na mesma linha, está a crise sanitária que o Brasil e o mundo estão enfrentando devido o COVID-19. Por ser um evento imprevisível, está associado ao risco sistemático.
Desta forma, o investidor que estava posicionado em ações, por exemplo, se prejudicou, pois por mais que tenha uma carteira diversificada, esta alteração econômica interferiu no conjunto de ações como um todo.
Por outro lado, as crises são boas oportunidades para a aquisição de ações de empresas com bons fundamentos, pois, o período de retração possui fim. Desta forma, inicia-se um novo ciclo de expansão. Vale lembrar que, antes de realizar aplicações em renda variável, é importante verificar se o seu perfil de investidor tolera a oscilação que esta categoria proporciona.
Já o risco não sistemático representa aspectos que não dependem das taxas e fatores da macroeconomia. E, sim, de especificidades que modificam o setor -podendo ser bancário, energético- ou até mesmo a empresa em específico.
Por isso, este risco não sistemático pode ser minimizado com a diversificação de ativos. Pois, se o setor que você investe for afetado, ainda haverá outros segmentos de mercado sem correlação para evitar prejuízos.
Os riscos dos PRÉ-FIXADOS
Os ativos de renda fixa são famosos pela percepção de baixo risco com retorno garantido. Porém, é importante ficar atento com os pré-fixados pois eles são impactados pelo risco de mercado.
Supondo que um investidor queira uma aplicação de médio prazo e aloca seus valores em um título público. Estes títulos são disponibilizados pelo Tesouro Direto. Neste exemplo, a taxa será pré-fixada de 10% a.a e vencimento de 2 anos.
Caso o investidor queira realizar o resgate antes de completar os dois anos ele poderá ter prejuízos. Pois, existe uma relação entre o preço do título e a taxa de juros do mercado e, ela é inversamente proporcional.
Ao se desfazer do título antes do prazo contratado, é importante estar atento pois, quanto maior a taxa de juros, menor será o valor do título no presente.
Outro risco relacionado aos pré-fixados é com relação à inflação.
Ainda neste exemplo, se a inflação no período for de 12% o investidor não obteve ganho real nesta aplicação. Pois, a inflação corrói nosso poder de compra. Desta forma, para ter rentabilidade real, é necessário que a aplicação vença a inflação.
Se protegendo do risco de mercado
O jeito mais simples e eficaz para se proteger desse risco é a diversificação da sua carteira. Além disso, se trata de uma estratégia muito usada na renda variável de forma que os ativos e os setores das empresas não estejam correlacionados.
Em outras palavras, a oscilação dos preços devem ter impactos diferentes para um mesmo acontecimento do mercado.
Desta forma, se o real se desvalorizar é provável que haja uma significativa desvalorização no setor de varejo, ao passo que os setores mais focados em exportação obtenham uma expressiva valorização. Por isso, vale a pena investir em conhecimento para entender o funcionamento de cada ativo.
No caso da renda fixa, reduzir o risco de mercado também é possível, em ativos que são pré-fixados. Pois, o investidor saberá exatamente qual será o valor a receber no final do prazo.
Uma alternativa é escolher ativos com curto prazo. Entretanto, a rentabilidade tende a ser menor devido a baixa exposição ao risco de mercado.
Pois, quanto maior o prazo, maior será a chance de valorização ou desvalorização do ativo devido às oscilações da taxa de juros futuro. Desta forma é de extrema importância que as estratégias de hedge (proteção) estejam ativas na sua carteira para minimizar as perdas.
Bons investimentos e até a próxima!