Quando se fala em investimentos mais seguros, logo é possível pensar nos títulos do Tesouro Direto. Afinal, as aplicações são emitidas e garantidas pelo Governo Federal. Por isso, elas se tornaram alternativas muito populares, apresentando aumento significativo de investidores em 2022.
Mas, além da segurança, os títulos apresentam outras características que chamam a atenção — especialmente a sua acessibilidade. Isso porque existem aplicações que aceitam aportes mínimos com valores baixos, o que amplia o acesso da população a esses investimentos.
Ficou interessado no assunto? Então continue a leitura. Neste post, você entenderá o que é o Tesouro Direto, como ele funciona e como investir em seus títulos.
Confira!
O que é o Tesouro Direto e como ele funciona?
Criado em 2002, o Tesouro Direto é um programa que tem como principal objetivo viabilizar as negociações entre investidores e o Governo Federal. Desse modo, ele permite que pessoas físicas comprem títulos públicos sem burocracia.
Com esse capital, a administração pública pode pagar dívidas e financiar projetos. Portanto, a compra dos títulos funciona como uma espécie de empréstimo do investidor ao Governo que, por sua vez, oferece uma rentabilidade em troca.
Quais são os títulos do Tesouro Direto?
Além de saber o que é e como funciona o Tesouro Direto, é importante conhecer os títulos públicos
disponíveis nesse programa. Assim, você pode entender as principais características deles e como podem se encaixar em sua estratégia de investimentos.
Acompanhe!
Tesouro Prefixado
O Tesouro Prefixado oferece uma rentabilidade fixa. Então você consegue calcular o montante que resgatará no vencimento da aplicação. Além disso, o título apresenta liquidez diária, ou seja, você pode retirar o dinheiro a qualquer momento.
Mas cabe ressaltar que o resgate antecipado sofre a marcação a mercado, sendo realizado pelo preço praticado naquele momento. Então há riscos de ter prejuízos, caso o preço do título esteja abaixo do que você pagou. Para garantir a taxa fixa, é preciso levar o título até o vencimento.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título pós-fixado e recebe esse nome porque a sua rentabilidade acompanha a Selic, que é a taxa de juros básica da economia brasileira. Como a taxa varia, não é possível calcular exatamente o montante a ser resgatado no vencimento.
Contudo, o título tem rendimento diário. Logo, a oscilação da taxa ao longo do tempo não interfere nos rendimentos que já aconteceram. Consequentemente, mesmo que o resgate seja feito antecipadamente, a marcação a mercado não tem tantos impactos.
Tesouro IPCA
O Tesouro IPCA é um título híbrido, pois paga uma taxa fixa e outra que acompanha o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que é o indicador inflacionário do país. Com isso, a aplicação oferece rendimentos acima da inflação, protegendo o poder de compra do investidor.
No entanto, esse título sofre marcação a mercado no resgate antecipado. Portanto, é fundamental observar os valores praticados antes de decidir resgatar a aplicação antes do vencimento. Caso seja levado até o prazo final, a taxa combinada está garantida.
Tesouro RendA +
O Tesouro RendA + foi criado em janeiro de 2023 com objetivo de oferecer uma opção de renda complementar na aposentadoria. Desse modo, o investidor pode escolher entre as datas disponíveis para começar a receber uma renda extra por até 240 meses. A rentabilidade é híbrida, pois o título paga uma taxa de juros real fixa e outra atrelada à inflação, garantindo o poder de compra do investidor no futuro. O resgate antecipado é permitido a partir de 60 dias e, até mesmo, durante o pagamento da renda extra. Porém, a aplicação sofre marcação a mercado em caso de resgate antecipado.
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Quais são os custos para investir em títulos do Tesouro Direto?
Agora você conhece os tipos de títulos disponíveis no programa do Tesouro Direto. Mas quais são os custos dessas aplicações? Em relação às taxas, os títulos do Tesouro Direto apresentam a taxa de custódia, que incide sobre o valor total do investimento.
Ademais, pode existir a taxa do agente de custódia, cobrada pelas corretoras e instituições financeiras, caso você invista em títulos do Tesouro por meio delas. Vale destacar que existem diversas empresas que não cobram esse valor. Por fim, o Tesouro Direto está sujeito à cobrança de Imposto de Renda (IR), que varia conforme o tempo da aplicação. Desse modo, quanto mais tempo o dinheiro permanece investido, menor é a alíquota do IR. Entenda os prazos aplicados:
– até 180 dias: a alíquota do Imposto de Renda é de 22,5%;
– entre 181 e 360 dias: a cobrança de IR é 20%;
– entre 361 e 720 dias: a alíquota de 17,5%;
– superior a 721 dias: alíquota de 15%.
Vale a pena investir no Tesouro Direto?
Ao conhecer os títulos do Tesouro Direto, você consegue avaliar se vale a pena investir nessas aplicações? Para obter essa resposta, é preciso considerar alguns fatores. Um deles é o seu perfil de investidor, que mensura o seu nível de tolerância aos riscos.
Ele pode ser obtido por meio de um teste chamado suitability e ajuda você a entender se os títulos se alinham às suas características. Nesse sentido, os títulos do Tesouro Direto costumam ser escolhidos por investidores mais conservadores.
Esse perfil costuma procurar opções de investimentos mais seguras. Apesar disso, não é incomum encontrar investidores com perfis moderados ou até arrojados que possuem aplicações do Tesouro Direto em suas carteiras de investimento, construindo uma parcela mais segura do portfólio.
Além do perfil, é necessário definir os seus objetivos financeiros. Eles são as metas a serem alcançadas por meio do investimento. Isso porque cada título pode se encaixar melhor a necessidades e horizontes de tempo diferentes.
Por fim, considere a rentabilidade do investimento, as alíquotas de Imposto de Renda, os prazos para resgate do título e a liquidez do ativo financeiro. Afinal, esses fatores podem ser decisivos na hora de escolher a melhor opção para investir.
Como adquirir os títulos do Tesouro Direto?
Também vale a pena saber como comprar os títulos públicos. Na prática, o investidor pode adquirir essas aplicações de duas maneiras.
A primeira é por meio de um cadastro no programa, via internet. Desde 2016, o Governo Federal oferece aos investidores um aplicativo oficial do Tesouro Direto, que permite a realização de investimentos, resgates, consultas e diversas outras facilidades.
Além disso, no site do Tesouro Nacional você encontra mais informações sobre o Tesouro Direto, tabelas atualizadas dos títulos disponíveis para investimento e um guia completo. Seguindo as informações do site, você pode realizar aplicações com facilidade e segurança.
O outro modo de investir no Tesouro Direto é por meio de bancos e corretoras de valores. Nesse caso, você deve ter uma conta em uma instituição que disponibiliza esses títulos e fazer a compra via aplicativo ou site.
Neste post, você entendeu sobre o Tesouro Direto e como investir nos títulos públicos. Agora, basta colocar os conhecimentos adquiridos em prática para escolher os investimentos mais adequados para a sua carteira.
E você, investe ou já investiu em Títulos Públicos? Então deixe um comentário aqui no post e compartilhe sua experiência conosco!