Como investir em Tesouro Direto
Realizar investimentos freqüentes ainda não se tornou um hábito da maior parte da população brasileira, principalmente devido à falta de educação financeira no país. Apesar disso, existe um investimento que se tornou bastante popular entre aqueles que já investem: o Tesouro Direto.
Você sabe como este investimento funciona na prática? Conhece as opções de títulos disponíveis ou como escolhê-los? Então continue a leitura deste post e descubra tudo sobre você precisa saber sobre o Tesouro Direto, um dos investimentos mais conhecidos no Brasil.
O que é o Tesouro Direto?
Criado em 2002, o programa Tesouro Direto tem como principal objetivo viabilizar as negociações entre investidores e o Governo Federal. O Tesouro Direto permite que pessoas físicas – desde pequenos poupadores até investidores mais avançados – comprem títulos públicos sem burocracia. Por conta disso, este tipo de investimento ganhou espaço entre os investidores brasileiros nos últimos anos.
Como ele funciona?
Ele funciona como uma espécie de empréstimo: o investidor empresta determinada quantia ao governo enquanto o governo oferece uma rentabilidade por este empréstimo. Esta transação é feita através da emissão de títulos públicos do Tesouro ao investidor, que paga por estes ativos financeiros.
Como adquirir os títulos?
Comprar títulos do Tesouro Direto é uma tarefa bastante simples. O investidor pode adquirir estes ativos financeiros por conta própria – através de um cadastro no Tesouro Nacional, via internet, ou por meio de bancos e corretoras.
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, mais de 1,5 milhão de brasileiros investiam no Tesouro em julho de 2017.
Características do Tesouro Direto
Cada título do Tesouro Direto possui características peculiares, que variam de acordo com o tipo do título. Algumas características, no entanto, são idênticas para todos os títulos – independente da modalidade de cada um. Conheça algumas delas:
Custos
Os títulos do Tesouro Direto possuem uma taxa fixa e uma segunda taxa flexível, que pode ou não existir, dependendo do modo como os títulos são adquiridos.
O primeiro custo envolvido a este investimento é a Taxa de Custódia, que custa 0,3% ao ano sobre o valor total do investimento, e que é cobrado semestralmente pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
Acrescido a este custo fixo pode existir também a taxa do agente de custódia, cobrada pelas corretoras e instituições financeiras, caso você invista em títulos do Tesouro através delas. Se você optar por investir diretamente no Tesouro Direto – sem terceirizar esta compra, este custo não existirá.
Até 2012 existia também a Taxa de Negociação, que correspondia a 0,1% da compra dos títulos. Esta taxa, no entanto, foi extinta pelo Tesouro Nacional e pela BM&FBovespa (atual B3).
Tributação
Assim como em diversos outros investimentos, o Tesouro Direto está sujeito à cobrança de Imposto de Renda, que varia de acordo com o tempo da aplicação. Quanto maior o tempo da aplicação, menor a alíquota do Imposto de Renda.
Para aplicações de até seis meses, por exemplo, a alíquota do Imposto de Renda é de 22,5%. Já para quem investe entre seis meses e um ano, a cobrança de IR é 20%, enquanto títulos com prazo de um ano a dois anos incompletos possuem alíquota de 17,5%. Se o investidor adquirir um título com prazo superior a 2 anos, a cobrança de Imposto de Renda cai para 15%.
Aplicativo
Desde 2016 o Governo Federal oferece aos investidores um aplicativo oficial do Tesouro Direto, que permite a realização de investimentos, resgates, consultas e diversas outras facilidades através de um smartphone e acesso à internet, sem necessidade de intermediários. Neste caso, o investidor pode gerenciar seu próprio investimento, sem precisar de intermediários.
Como escolher o melhor título no Tesouro Direto?
Se você vai aplicar no Tesouro, no entanto, é importante se atentar à escolha dos títulos. Eles não devem ser escolhidos aleatoriamente. Confira algumas dicas que podem lhe ajudar a tomar a melhor decisão na hora da escolha:
1) Conheça os títulos
A primeira dica para escolher o título do Tesouro Direto é conhecer cada um dos títulos disponíveis. Existem opções de títulos prefixados – com rentabilidade e taxas definidas previamente, e pós-fixados – nos quais há variação ao longo do período do investimento.
Você encontrará Tesouro Direto indexado à taxa Selic, títulos indexados ao IPCA – atualizados de acordo com a inflação no momento do investimento, entre outras opções. Cada um destes títulos possuem características específicas, que estão disponíveis ao investidor através do site do Tesouro Nacional.
A melhor opção de título varia de acordo com o investidor, e pode também estar ligada a outros fatores, como o perfil do investidor, liquidez, prazo para resgate, entre outros fatores diversos. Isto nos leva à segunda dica para escolher o título do Tesouro Direto:
2) Conheça seu perfil de investidor
O Tesouro Direto é um investimento comumente escolhido por investidores mais conservadores, que procuram opções de investimentos mais seguras. Apesar disso, não é incomum encontrar investidores com perfis moderados ou até mais agressivos que possuem títulos do Tesouro Direto em suas carteiras de investimento.
Identificar seu perfil de investidor e seus objetivos quanto ao investimento, no entanto, pode lhe ajudar a definir o título mais adequado às suas metas, ao seu perfil e às suas necessidades. Se quiser fazer o teste agora é só clicar aqui
3) Faça contas
Na hora de investir – seja no Tesouro Direto ou em outro tipo de investimento, não deixe de fazer contas. Identifique a rentabilidade do investimento, as alíquotas de Imposto de Renda, os prazos para resgate do título e a liquidez do ativo financeiro.
Calcule quantas vezes for necessário para definir se o investimento compensa para você e se atender às suas necessidades e aos seus objetivos – sejam eles de curto, médio ou longo prazo. Estas contas podem ser decisivas na hora de escolher a melhor opção para investimentos, que estarão alinhados ao seu perfil e suas metas e lhe renderão boa rentabilidade.
Vale a pena investir no Tesouro Direto?
Investir nos títulos do Tesouro Direto pode ser uma opção interessante para aqueles investidores que não têm muito capital para investir, mas que procuram uma opção de investimento de médio e longo prazo com boa rentabilidade – superior ao rendimento da poupança, por exemplo.
Além disso, o Tesouro Direto é considerado um investimento relativamente seguro, já que os títulos são emitidos pelo Governo Federal, que possui garantias de pagamento e ferramentas para ressarcimento dos investidores em caso de necessidade – diminuindo bastante, portanto, o risco de calote.
No site do Tesouro Nacional você encontra mais informações sobre o Tesouro Direto, tabelas atualizadas dos títulos disponíveis para investimento e um guia completo, que ensina o investidor a comprar títulos do Tesouro com facilidade e segurança.
E você, investe ou já investiu em Títulos Públicos? Então deixe um comentário aqui no post e divida sua experiência conosco!