Entrar no mundo dos investimentos é um caminho sem volta. Começar a entender o funcionamento do mercado e os tipos de investimentos é fundamental para uma boa performance ao investidor. Antes mesmo de pensar em rentabilidade é necessário investir em conhecimento.
Entender exatamente como funciona cada tipo de ativo fará com que o investidor tenha menor propensão ao erro. Em outras palavras, quanto maior a compreensão sobre a dinâmica de onde o seu dinheiro está sendo aplicado menores são as chances de entrar em cilada.
Além disso, entender como funciona as garantias da aplicação é um ponto importante para saber se, de fato, faz sentido com o seu perfil de investidor.
Conheça as garantias
Antes de aplicar seus valores verifique, em primeiro lugar, de que maneira o investimento te trará garantias. Em geral, os investimentos de renda fixa possuem o FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
Todos os meses, as instituições financeiras fazem aportes neste fundo garantidor que possui caráter privado. Desta forma, se alguma instituição financeira falir, ou seja, por má administração ou até mesmo dívidas vier a deixar de existir o fundo garantidor traz proteção ao investidor.
Isso porque, ele garante até R$250.000,00 por conglomerado financeiro e por CPF. Um conglomerado financeiro é quando determinada instituição financeira tem incorporada a ela outra instituição seja por fusão ou aquisição.
Acima de tudo, conhecer exatamente as garantias fará com que o investidor mitigue os riscos. Na mesma linha, existem aplicações que possuem garantias diferentes do FGC.
No caso dos ativos reais, a segurança pode estar no Estado, que é considerado o melhor pagador, e até mesmo em investimentos de incorporações imobiliárias podem ser oferecidos todo o patrimônio da construtora como forma de diminuir os riscos da aplicação.
Acima de tudo, o investidor deve estar atento sobre o funcionamento e se existe algum tipo de garantia para o investimento.
Entenda de que forma a empresa lucra
Quando se trata da renda variável é importante estar atento ao business como um todo. Não somente a área de atuação e os concorrentes. Mas, entender de fato como a empresa fatura.
Em primeiro lugar, as ações são frações da empresa. Por isso, o investidor precisa ter em mente que ao comprar uma cota ele está se tornando sócio. Com isso, está correndo os mesmos risco que o empreendedor nesta jornada.
O bom investidor, observa a empresa em si pois, ela está por trás das ações e é a única capaz de produzir retorno sobre o investimento. Infelizmente, muitos pessoas que iniciam sua jornada financeira enxergam a renda variável como uma oportunidade de curto prazo e, muitos, acabam com prejuízos na ansiedade de lucro rápido.
Na mesma linha, estes que procuram por lucros no curtíssimo prazo não são investidores, mas, sim especuladores. Os investidores que buscam por retornos expressivos precisam ter visão de longo prazo e estar ciente de que precisará alterar a estratégia conforme o cenário econômico.
Horizonte de tempo como parte da estratégia
Ter um objetivo claro e subdividi-lo em metas é uma forma de se manter motivado durante essa jornada nos investimentos. Ter em mente o prazo da aplicação é crucial quando se tem uma finalidade para os valores.
Por exemplo, se viajar para o exterior é o seu objetivo, o ideal é subdividir em metas, de forma que juntar valores para o passaporte seja o primeiro passo. Em segundo lugar, os valores para hospedagem sejam a segunda meta e assim sucessivamente.
Caso a aplicação seja feita na renda variável para atingir determinado objetivo, deve-se ter em mente que o retorno irá oscilar conforme o cenário econômico e o humor do mercado. Por isso, trata-se de uma aplicação mais arriscada destinada a investidores com perfil arrojado.
Entretanto, deixar parte do capital nesta modalidade é interessante não somente pelos ganhos expressivos, mas, também pela diversificação. O que o bom investidor sabe é que o retorno está diretamente ligado a expansão de múltiplo, e aumento consistente nos lucros.
Os pagamentos de proventos seja na forma de dividendos ou juros sob capital próprio, quando reinvestidos no longo prazo, servem como alavanca para pois, aumentam o montante total das aplicações.
Investir para o longo prazo é uma boa estratégia para ter retornos expressivos. Isso porque as empresas precisam de tempo para crescer e gerar proventos. Perceba que boas pagadoras de dividendos já estão na sua área de atuação há vários anos e possuem vantagens competitivas.
Como as ações sobem?
Existem diversos motivos para que uma ação suba. Uma delas é a expansão do múltiplo que está diretamente ligada ao humor e expectativa do mercado. Por isso, confiar apenas nos múltiplos não é uma boa estratégia, pois, ele é finito.
O investidor não pode depender das expectativas do mercado. Isso porque, ele tem claro seus objetivos e não aplica na especulação, e sim em empresas sólidas com bons fundamentos. Deixar de investir apenas acreditando em notícias das mídias também é um bom sinal pois muitas delas são patrocinadas e podem não estar de acordo com a realidade.
O mercado financeiro geralmente, com raras exceções, não eleva as expectativas por muito tempo. Quando essa especulação se expande de maneira exagerada, geralmente se trata de uma bolha no mercado.
Por exemplo, a bolha do alicate que fez com que vários investidores perdessem o seu capital, pois, se tratava de uma manipulação chamada de pump and dump.
Outra forma de verificar o rally das ações é o crescimento dos lucros. Este é de fato um motivo que faz com que as ações cresçam de forma sólida e consistente. Esta é a maneira mais sustentável para o investidor ter retorno.
Como dito anteriormente, esta estratégia esta a favor daqueles que aplicam para o longo prazo. Em segundo lugar, as empresas precisam de tempo para desenvolver as suas atividades e trazer lucros que serão repassados de forma proporcional aos acionistas das empresas.
O bom investidor fica sempre atento a forma de crescimento. Algumas empresas se desenvolvem e crescem via fusão e aquisição e esta é uma forma de crescimento inorgânica que deve estar no radar do investidor, pois ela é finita. Pelo fato da proibição de monopólios, o crescimento orgânico precisa estar aderido à empresa.
Tenha uma margem de segurança
Ao avaliar uma empresa, o investidor precisa ter em mente que ela pode estar errada e até mesmo incoerente com o cenário no futuro. Por exemplo, muitas projeções para 2020 se tornaram errôneas por conta da pandemia provocada pelo COVID-19.
Imprevistos acontecem no meio do caminho. Entretanto, é necessário adaptação ao contexto e modificar a estratégia pois não temos como prever os acontecimentos futuros.
Por outro lado, ao escolher uma empresa para investir precisamos ter em mente uma margem de segurança para evitar perdas do capital. Tentar adivinhar o valor justo da empresa é o grande desafio do mercado. Como resultado, algumas ações possuem mais volatilidade do que outras.
O valor justo nem sempre é certo. Este valor intrínseco precisa estar dentro de uma margem de segurança para a realização do investimento.
Quanto maior a incerteza de retorno, maior o risco da aplicação. Por outro lado, pode se ter um retorno atrativo por se tratar de um cenário não explorado por outras empresas. Ter uma margem de segurança é necessário para que o bom investidor possa realizar os seus aportes mensais.
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Bons investimentos e até a próxima !