Aprenda antes que seja tarde!
A teoria moderna da construção de carteiras defende que investidores racionais devem usar o princípio da diversificação para otimizar as suas carteiras de investimentos.
Em segundo lugar, após muito tempo focados na renda fixa, devido ao histórico de altas taxas de juros praticadas no país, os brasileiros começam a entender a necessidade de buscar novas alternativas para alocarem seus recursos.
Além disso, o mercado acionário foi o primeiro alvo. Entretanto, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos, a falta de crescimento econômico e a instabilidade política têm provocado forte volatilidade e elevaram os riscos.
Na mesma linha, o conflito comercial entre China e EUA parece longe de acabar, impacta os mercados acionários do mundo todo. Fazendo com que os investidores busquem ativos menos arriscados.
Conflitos entre Estados Unidos e China
Após a China deixar o dólar romper a barreira psicológica de 7 yuans, pela primeira vez desde 2008, os Estados Unidos também cogitam desvalorizar a sua moeda. Desta forma, o quadro de instabilidade tende a se agravar levando o mercado financeiro ao caos.
Assim, será preciso ter muito estômago para manter o patrimônio alocado em ações no momento. É a velha máxima: descorrelacione ou morra do coração.
Para se ter uma ideia, o Ibovespa chegou no início de agosto a perder os 100 mil pontos. Com queda acima de 2,5% em apenas um dia e atingiu o menor patamar desde junho deste ano.
Acima de tudo, diante da forte volatilidade, a opção pelo mercado acionário, que era tido como uma saída para a diversificação do portfólio por conta do baixo patamar da taxa de juros, começa a ser revista e os investidores partem para os ativos reais.
Precatórios e ativos reais
Por exemplo, aqueles que se encontram fora do mercado financeiro, como imóveis, recebíveis ou precatórios (títulos públicos judiciais, dívidas reconhecidas, líquidas e certas de governos municipais, estaduais e federal que podem remunerar o investidor entre 20 e 40% ao ano).
Tais ativos contam com duas especificações atrativas: baixa volatilidade e rentabilidade bem mais elevada que as tradicionais aplicações de renda fixa.
Até pouco tempo, entretanto, este tipo de investimento não era acessível para as pessoas físicas, pois sua originação é bastante complexa e cara.
A tecnologia mudou isso ao permitir o acesso dos pequenos aplicadores aos mais diversos tipos de mercados. Antes dominados somente pelas grandes instituições.
Diversificação
Os robôs de investimentos, que contam com capacidade de processar informações numa dimensão sobre-humana, diminuíram exponencialmente os custos de transação.
Entretanto, no caso de precatórios, por exemplo, os robôs vasculham os tribunais de justiça, diários oficiais e processos judiciais. Em outras palavras, tudo isso em busca de seus titulares de uma forma muito mais rápida e segura.
Mas, o mesmo processo serve para adquirir crédito, energia ou imóveis que sejam do interesse dos investidores. Pois, os ativos reais se caracterizam por serem heterogêneos. Ao contrário dos outros ativos financeiros, como Certificados de Depósito Bancário (CDB) ou a poupança, que são verdadeiras commodities.
Precificação correta
Além disso, a tecnologia também possibilita que os processos se tornem mais eficientes e mais baratos, fazendo exatamente o mesmo trabalho de um banco ou grande fundo na pesquisa, análise e avaliação desses ativos.
Com a originação e diligência facilitadas e a precificação correta, a tendência é de que investimentos em ativos reais ganhem cada vez mais espaço no mercado brasileiro ainda mais diante das opções tradicionais do mercado financeiro.
Aquelas que não têm risco, encontram-se com uma rentabilidade muito baixa e, praticamente, apenas repõem a inflação ou a perda de valor do dinheiro. Já as ações tornaram-se um terreno arisco e difícil de trilhar diante da volatilidade. Entretanto, algo que gera desconforto ainda maior naqueles que não têm costume de investir neste mercado.
Este artigo foi produzido especialmente para o APP Renda Fixa por Arthur Farache, advogado e CEO da Hurst Capital, primeira plataforma brasileira que permite às pessoas físicas investirem em ativos reais.