Confira o guia para criptomoedas!
Uma opção para investir com uma possível recessão à vista, são as famosas criptomoedas. Venha conosco, conhecer essa modalidade e saber todas as vantagens e riscos dessas moedas virtuais.
Com as injeções bilionárias de dinheiro na economia devido a pandemia do COVID-19, fica a dúvida nos investidores com relação à inflação, taxa de juros, entre outras variáveis. E as criptomoedas, por serem descentralizadas, passam a ser novas possibilidades para assegurar o patrimônio.
O que são as criptomoedas?
Criptomoedas são moedas 100% digitais e descentralizadas. Ou seja, não possui um órgão regulador específico que garanta a validade das transações. E é por isso que muitos dizem por aí que ela tem um caráter peer-to-peer.
Por exemplo, para comprovar que a Maria transferiu uma quantia x para o João, o BANCO emite o extrato bancário, que perante a sociedade, é um documento comprobatório.
Entretanto, em um sistema descentralizado de moedas, que é o caso das criptomoedas, os responsáveis por garantir essa validade são os próprios operadores, sendo uma espécie de “testemunhas” de que essa operação foi válida.
Mas, ela possui as mesmas funções que uma moeda tradicional como o dólar ou o real. Desta forma, é possível SIM operar compras e vendas com ela, quando forem aceitas pela outra parte. Dentre essas funções, são:
Reserva de valor. Em outras palavras, o poder de compra de mercadorias que ela possui conforme o passar do tempo, funcionando como uma espécie de medidor de riqueza:
Unidade de compra: instrumento que precifica a mercadoria;
Meio de troca: intermediário entre essas mercadorias trocadas.
Criação da moeda e circulação
Foi criada por alguém que ninguém sabe exatamente quem é, e atribuem a criação da moeda a um pseudônimo chamado “Satoshi Nakamoto”, e não é possível definir se é uma única pessoa ou um grupo de pessoas. Isso tudo em meados de 2007/2008, o Bitcoin, que foi a primeira criptomoeda criada, não obteve a expressão que possui hoje, até porque nesse período de surgimento.
Isso tudo foi possível porque o bitcoin não necessita de nenhum banco ou instituição governamental para permanecer em circulação, pois as suas operações são registradas virtualmente através de um sistema chamado Blockchain.
Esse sistema coleta e armazena os dados em blocos, onde cada bloco é associado à um problema matemático a ser resolvido. Cada bloco desse contém uma quantidade de informações que vai se relacionar com outro bloco e assim sucessivamente, formando uma cadeia de blocos, por isso o nome – BLOCKCHAIN.
Para comprovar que cada bloco desse é único, existem os hashs, que são algoritmos responsáveis por definir essas informações nele contido.
Como funciona a regulação desses blocos?
É através da mineração! Depois que uma máquina capaz de minerar consegue resolver aquele problema matemático, que é de extrema dificuldade, mencionado anteriormente, ela confirma todos os problemas anteriores, o que garante mais ainda a segurança dessas operações.
Então dá pra perceber que o problema da criptomoeda não é a segurança, é praticamente impossível fraudar um sistema como esse, até o momento.
E é por esse motivo que hoje em dia se diz que as criptomoedas são o futuro! E também pelo movimento de transformação digital do dinheiro.
Lembrando que o primeiro bloco foi criado lá atrás pelo pseudônimo “Satoshi Nakamoto” e foi replicado através da mineração. A quantidade dessa moeda, portanto, deriva da primeira e assim sucessivamente.
Liquidez da criptomoedas
Todas as operações são digitais, entretanto elas representam aqueles valores “físicos” ali existentes no órgão regulador. Pelo fato de possuir um sistema próprio operacional de registros e não poder ser impresso exacerbadamente (tal como é feito hoje em dia), ele acaba tendo particularidades entre si, que o diferenciam das operações que a gente realiza pelo celular:
Por exemplo, existe uma quantidade máxima de BTC em circulação e isso não pode ser alterado. Isso tudo é garantido por sistemas matemáticos e criptografias que não permitem novas emissões de bitcoin, mas ela pode ser minerada, cada vez mais dividida, aumentando a quantidade de frações das criptomoedas.
Por outro lado, o bitcoin acaba sendo um dinheiro que nenhum órgão específico pode controlar, e que respeita a lei da OFERTA X DEMANDA, onde conforme aumenta a procura o preço sobe e se cai a procura o preço também cai.
Outro fator que influencia demais a oscilação das criptomoedas é justamente a quantidade de instituições que a aceitam como meio de pagamento.
O fato de que esse dinheiro é muito mais usual do que o dinheiro tradicional, faz com que a busca por esse tipo de moeda/investimento cresça cada vez mais! E por isso, quanto maior a busca, maior o preço certo? Por isso ele é tão caro atualmente.
Num cenário de recessão global, uma vez em que você possui uma quantidade de criptomoedas, não haveria como a moeda perder tanto valor pois não estaria sob custódia de um órgão centralizador, assim como acontece nas moedas tradicionais.
Principais vantagens
Segurança e controle
Com as criptomoedas, não é possível adicionar taxas extras as transações sem autorização do comprador, pois são os próprios usuários que controlam as transações.
Diferente dos bancos tradicionais, que muitas vezes desconhecemos a origem de algumas taxas incidentes nos pagamentos.
Além disso, as informações pessoais dos compradores são ocultas, assim protegem contra roubo de identidade ou dados pessoais.
Transparência
As transações feitas por essa modalidade, ficam disponíveis na Blockchain para qualquer usuário verificá-las a qualquer momento. Como mencionado acima, as identidades são ocultadas, portanto não é possível identificar os dados pessoais.
Facilidade no pagamento
A criação das criptomoedas teve o principal intuito de oferecer uma maior liberdade nos pagamentos.
As transferências de valores dessas moedas podem ser feitas de qualquer lugar do mundo, a qualquer momento, isso facilita pois não há nenhuma autoridade central para controlar. Também não há nenhuma limitação de valores nas transações.
Principais desvantagens
Volatilidade nos preços
O valor das criptomoedas, e principalmente do Bitcoin, possuem alta volatilidade. Dependendo da notícia, pode fazê-lo subir 30/40% em único dia, e também pode levar seu valor a níveis negativos rapidamente.
Por conta desse risco volátil, investidores que estão iniciando no mundo dos investimentos precisam tomar muito cuidado para evitarem perdas de capital sem conhecimento necessário dos riscos incidentes.
Regularidade
Essas moedas nasceram com o objetivo de serem descentralizadas e fugir de possíveis controles governamentais, por conta desse detalhe, existem muitas dúvidas em relação a regulamentação da moeda.
Até o momento, cada país está agindo de uma maneira. Ainda são poucos os países que reconhecem o ativo como moeda, alguns deles são: Alemanha, México, Japão, Suíça e Malta. A grande maioria não definiu nenhuma regulamentação em relação a cripto.
Reembolso
Uma das principais desvantagens das criptomoedas é com relação a padronização de possíveis estornos dos valores em casos de fraudes.
Como o sistema é descentralizado, não há uma entidade capaz de julgar se está ocorrendo algum delito/fraude na transação, isso impossibilita algumas garantias como acontece em outros sistemas de pagamentos online.
Como é a aceitação da moeda no comércio brasileiro
Mesmo com a expansão com relação ao mercado de criptomoedas no Brasil, onde desde 2017 o conhecimento sobre essa modalidade atrai ainda mais investidores, pequena parte da população utiliza as criptomoedas como meio de pagamento.
No comércio ou e-commerces brasileiros, o mercado de criptomoedas ainda não é tão conhecido como em outros países. A maioria dos estabelecimentos ainda não possuem esse método de pagamento, mas para os comerciantes que desejarem obter uma vantagem competitiva, devem considerar essa nova modalidade.
É importante dizer que já existem processadores de pagamento de criptomoedas, incluindo serviços como carteira, integrações em lojas, e até mesmo depósitos bancários diretos para evitar a volatilidade dos preços.
Para finalizar, é importante dizer que só neste primeiro semestre de 2020 o Bitcoin, que representa cerca de 75% do mercado de criptomoedas, chegou a ter valorização de quase 30%.
Um dos motivos, foi pelo fato das pessoas buscarem por outros ativos alternativos, além dos tradicionais.
Para especialistas, as criptomoedas, especialmente o bitcoin, terão menos volatilidades quando assumirem o papel de moedas, e com a popularização dessas unidades em meios de pagamentos, trará uma estabilidade maior nos preços.
Agora a pergunta que não quer calar, e você, já investe seu capital nas criptomoedas? Como você anda diversificando o portfólio nesse cenário de taxa selic cada vez menor?
A busca por ativos alternativos aumenta, cada vez que os ativos mais seguros deixam a desejar na rentabilidade.
Lembre-se que quanto menos risco, menor a rentabilidade esperada, e vice-versa.
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